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Ovarense DV controla o CAB Madeira e sobe mais um lugar na liga

Escrito por em 19/12/2017

11ª jornada no campeonato e ainda um gosto amargo a assentar no paladar da Ovarense DV. Os vareiros ainda procuravam séries superiores a uma vitória na Liga Placard para, assim, cimentarem a evolução positiva que vinham revelando até à altura.

Depois da vitória no Barreiro, a Ovarense desde cedo pressionou o CAB Madeira na Arena Dolce Vita ao entrar com tudo logo no primeiro período. Quem sofreu com isso foi o fiel tiro exterior do CAB, perdendo a fidelidade habitual, e a sua defesa descompensada, andando sempre à procura de acertar as marcações na forte movimentação dos adversários.

O resultado final de 91-71 foi uma consequência do controlo da ODV, quer ao nível defensivo quer ao nível ofensivo, chegando esta então à segunda vitória consecutiva e subindo à oitava posição no campeonato.

Antes da análise do jogo, cabe revelar os 5 que iniciaram esta partida.

Do lado da Ovarense, Nuno Manarte colocou em campo o cinco habitual composto por Will Perry, Kyle Anderson, João Grosso, Jermel Kennedy e Cristóvão Cordeiro. Quanto a João Silva, técnico madeirense, mesmo com alguns jogadores a procurar a melhor forma após lesão, decidiu alinhar com Mário Fernandes, Fábio Lima, Khalen Cumberlander, Arvydas Gydra e Frederick Gentry.

A Ovarense DV entrou fortíssima no primeiro período e com a determinação necessária de quem queria continuar na senda das vitórias. Com uma boa e rápida movimentação da bola, quer em transições de fora para dentro, quer de dentro para fora, rapidamente colocou em cheque a defensiva de um CAB que não conseguia acertar as marcações dado ritmo frenético com que a Ovarense atacava.

Do outro lado do campo, os vareiros estavam bem avisados para o poderio dos atiradores do CAB Madeira e cedo pressionaram na 1ª linha defensiva, conseguindo limitar ao máximo o ataque madeirense e aproveitando para, em transições rápidas, conquistar 14 pontos em contra-ataque. Desde cedo, João Silva viu-se obrigado a colocar Tommie Eddie em campo para tentar mudar um pouco a filosofia do seu jogo. Mas isso não teve grandes consequências. O parcial de 30-14 no final do período era extremamente revelador das diferenças de ritmo de ambas as equipas.

No segundo período, os madeirenses recompuseram-se um pouco e começaram a acertar melhor nas marcações, transportando essa energia positiva para o outro lado do campo. A meio do período, depois de dois triplos consecutivos e mais alguns pontos, o CAB ainda chegou a ameaçar a liderança dos caseiros ao posicionar-se a 5 pontos de distância. No entanto, após desconto de Nuno Manarte, a Ovarense voltou a acelerar o ritmo, a provocar alguns erros no ataque dos forasteiros e a capitalizar rapidamente no marcador, regressando a uma margem confortável.

Ao intervalo, depois do melhor período em todo o jogo do CAB Madeira, o parcial foi encurtado para um 47-37, que ainda assim dava algum conforto à formação vareira.

Já ao descanso se podia observar uma tendência de toda a partida. O jogo interior da Ovarense estava vivo e recomendava-se (63,2% de eficácia) e tinha aberto caminho para o acerto exterior que depois se refletiu na alta eficácia global (61,3%).

No segundo tempo, o padrão foi sempre muito claro, um pouco a reboque do que foi a primeira parte. A espaços, os madeirenses ainda procuraram reagir, alicerçados sobretudo nos fogachos do lançamento exterior ou na imponência do jogo interior de Tommie Eddie. Todavia, a Ovarense guardava sempre uma «mudança acima» para meter nos momentos oportunos.

O CAB ainda conseguiu, em determinado momento, estar a 7 pontos da Ovarense, mas os vareiros geriram sempre bem as emoções, jogando com o menor índice físico de alguns jogadores importantes do outro lado e explorando a lentidão dos postes madeirenses.

Com o resultado praticamente sempre em controlo, é natural que as distâncias tenham ampliando de período para período. No terceiro, as contas saldaram-se num 66-53; e, depois, terminaram num 91-71, quando o CAB já não tinha pernas para conter os ovarenses.

As estatísticas finais são reveladoras da grande mossa que o jogo interior (72% de eficácia) da Ovarense fez sobre a defensiva dos insulares, quando o resto, apesar da supremacia dos vareiros, era foi equilibrado. Já o CAB, ainda assim, pode retirar aspetos positivos do jogo, apesar de poucos, como é o caso de ter conseguido o dobro dos pontos a partir de elementos saídos do banco.

E já que se fala em individualidades, do lado dos donos da casa, no meio de muito bons contributos, destacaram-se claramente João Grosso (26 pontos, 3 ressaltos, 72,7% de eficácia) e Jermel Kennedy (22 pontos, 6 ressaltos e 2 roubos de bola), bem secundados por Kyle Anderson (16 pontos, 3 ressaltos e 4 assistências). Já do lado dos madeirenses, destaque para Tommie Eddie (25 pontos, 8 ressaltos e 3 triplos), saído do banco. Menção ainda para Fábio Lima (16 pontos, 5 ressaltos e 2 roubos de bola), e Khalen Cumberlander (14 pontos, 4 ressaltos e 2 roubos de bola).

Helder Ferreira foi o repórter da AVfm no local. Ouça as entrevistas aos técnicos:

Nuno Manarte – Treinador da AD Ovarense

 

João Silva – Treinador do CAB Madeira

 

Já na próxima sexta-feira, a Ovarense DV irá receber o Terceira Basket Clube, para o seu décimo segundo jogo, quando a equipa insular está apenas um lugar acima na tabela classificativa. Uma terceira vitória consecutiva colocaria a Ovarense bem perto da formação açoriana no campeonato.

Veja a fotogaleria:

 


Fotos: António Silva
Texto: Helder Ferreira
Áudio: Jaime Valente

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