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Alma Lusitana

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Joãozinho dá nega à Ovarense no empate tardio em terras de Paiva

Escrito por em 31/01/2018

Em pleno inverno, com uma tarde perfeita para a prática do futebol, estava montado o palco para um encontro bem disputado entre duas equipas da última metade da tabela do Campeonato Safina, no Estádio Municipal da Boavista: a AD Ovarense, 17ª do campeonato, e o SC Paivense, 11º classificado.

A Ovarense até teve uma primeira parte de sonho. Com as oportunidades a serem divididas, os vareiros conseguiram chegar à vantagem nos momentos iniciais e ampliar no tempo extra da primeira parte. Mas, com muitos «contratempos» no segundo tempo, Joãozinho acabou por aplicar a lição simples de que um jogo tem 90 minutos para se jogar.

O empate a duas bolas soube a pouco para ambos os lados, mas sobretudo para os vareiros que sentiram que tiveram dois pássaros na mão e que só sobraram as penas.

Antes de sabermos como decorreu o jogo, passemos às constituições de ambos os plantéis…

Artur Marques, técnico da Ovarense, continua a cumprir castigo dando lugar no banco ao seu adjunto Jean Ferreira. Este alinhou em campo com Samuel Biscaia na baliza; Parreira, Pereira, Jonas e David Rocha no eixo defensivo; Femi, João Paulo e Filipe Lírio no miolo; e Fred, Tigas e Mário Jardel mais à frente, no ataque.

Quanto a António Correia, timoneiro do Paivense, decidiu compor o onze inicial com Rui Rodrigues na baliza; Domingos, Maicon, Paulão e Vasco na defesa; Hugo Soares, Sandro e Joãozinho no meio campo; e Chico, Ginho e Marcelo Rodrigues, ao centro, no ataque.

A ADO não poderia ter desejado melhor início de partida quando, aos 6’, marcou o golo inaugural por intermédio de Femi, a partir de um pontapé de canto. A bola foi colocada no coração de área e o centro campista apareceu de rompante, em zona central, a «fuzilar» de cabeça. O guardião Rui Rodrigues, àquela distância, pouco poderia fazer.

Depois de assentar o seu jogo, apoiado pelo jogo das alas, o Paivense acabou por ter duas excelentes oportunidades, praticamente seguidas.

À passagem dos 17’, de um pontapé de canto na direita, surge o cabeceamento de um jogador paivense e Samuel Biscaia teve de atirar-se para ir buscar o esférico bem juntinho ao poste direito. Mas o perigo não terminou por aí: a bola, depois de defendida, sobrou para os pés de Paulão que rematou para o poste contrário e viu David Rocha a bloquear o remate na vez do seu guardião.

Os anfitriões não estavam satisfeitos e, logo no minuto seguinte, após precipitação de Biscaia, iriam estar novamente perto da igualdade. Numa bola bombeada para o lado direito do ataque, o extremo Ginho tentou o chapéu de fora da área vendo a saída extemporânea do guarda-redes. A bola embateu nas malhas superiores da baliza.

Depois destes momentos, o jogo entrou numa fase de maior confronto a nível do meio campo. Ainda assim, aos 37’, João Paulo conseguiu aparecer à entrada da área a encher o pé e a fazer a bola passar rente à trave.

Mas era para o fim do primeiro tempo que estaria reservado o segundo momento de felicidade dos ovarenses. Corria já o minuto 46’ quando a bola foi metida para o lado direito do ataque, após desatenção defensiva dos caseiros, e Fred arrancou para colocar o passe rasteiro para o outro lado onde, aparecendo isolado, Tigas rematou rasteiro e fora do alcance de Rui Rodrigues. Estava feito o 2-0 no momento ideal e a ADO saía para o intervalo confiante de que poderia regressar às vitórias.

No regresso dos balneários, o SCP, que se tinha sido obrigado a duas alterações forçadas por lesão no decorrer do primeiro tempo, baralhou algumas posições em campo. Aproveitando alguma apatia dos visitantes, começou a pressionar cada vez mais forte junto da área adversária.

Nuns primeiros 25 minutos da segunda parte de poucas ou nenhumas oportunidades, o grande apontamento do jogo foi mesmo a expulsão de David Rocha por acumulação de amarelos. O lateral, que já tinho um amarelo da 1ª parte, após cometer uma falta no lado esquerdo, pontapeou a bola para longe e o árbitro Ilídio Matos não hesitou na exibição do cartão. O juiz da partida poderá ter estado precitipado ao não optar por um mero aviso a um jogador já admoestado com a cartolina amarela.

O Paivense, apesar do grande caudal ofensivo, chegaria ao seu primeiro golo apenas no minuto 74, na primeira grande oportunidade da segunda parte. No enfiamento de uma bola parada, o esférico chegou ao lado direito do ataque para ser cruzado, com conta, peso e medida para o centro, bem perto da linha da pequena área. Aí apareceu a cabeça de Joãzinho a decidir. O médio paivense surgiu isolado e pratagonizou um tento muito semelhante ao golo de Femi.

Com a redução da desvantagem e a jogar com mais uma unidade, o SC Paivense encostou as linhas todas no meio campo ofensivo. No entanto, foi já para lá do tempo regulamentar, aos 93’ (e depois de um primeiro aviso de Quim Pedro que enviou a bola à face exterior do poste), que Joãozinho aplicaria o «balde de água fria» da igualdade. Um livre no lado direito onde a bola sobrevoou vários atletas dentro da área e, depois de ainda desviar num jogador da Ovarense, foi embater nas canelas do médio que a viu entrar junto ao poste esquerdo. Samuel Biscaia ainda bem se atirou para aquele lado, mas nada podia fazer para impedir um remate que o apanhou de surpresa.

Terminava pouco depois o jogo e a Ovarense podia queixar-se da sua sorte depois de uma primeira parte bem conseguida e que se traduziu em dois golos. Todavia, a segunda parte foi muito «condicionada», algo que contribuiu para a divisão dos pontos.

Por último, uma palavra para a actuação do trio de arbitragem, liderado por Ilídio Matos, que teve uma actuação muito fraca em campo. O juiz foi demasiado rápido na exibição dos amarelos – que o diga David Rocha – e abriu precedentes fazendo com que perdesse o controlo do jogo no capítulo disciplinar. Esteve mal também, sobretudo a desfavor dos vareiros, na análise de alguns lances de fora-de-jogo que podiam ter sido importantes no resultado final.

A terceira equipa foi mesmo a que se exibiu pior dentro do campo. O Paivense pelo jogo mais clarividente. Nem muito menos merecia a Ovarense pelo espírito guerreiro e de entre-ajuda que exibiu nesta partida.

Helder Ferreira foi o repórter da Rádio AVfm no local. Ouça as declarações dos técnicos:

  • Declarações AD Ovarense | Artur Marques:

 

  • Declarações SC Paivense | António Correia:

 

Na próxima jornada começa a segunda volta e a AD Ovarense desloca-se ao terreno do São João de Ver, terceiro classificado e a 3 pontos do líder. Este é um jogo que promete ser o primeiro de uma fase muito complicada para a formação alvinegra comandada por Artur Marques.

 


Foto:  Helder Ferreira
Texto:  Helder Ferreira
Áudio: Jaime Valente


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