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Ovarense DV engrena no terceiro período e vence SC Lusitânia com margem para erro

Escrito por em 15/02/2018

Depois de uma derrota angustiante frente à UDO (sobretudo pelos momentos finais do jogo e não pelo poderio do adversário) a Ovarense recebia o SC Lusitânia, 10º classificado, para o seu décimo oitavo jogo da Liga Placard e em busca de se reconectar com o caminho das vitórias.

Em fim-de-semana carnavalesco, os adeptos apareceram em bom número na Arena Dolce Vita para apoiar a formação vareira e esta, apesar de uma primeira parte menos inspirada ofensivamente, deu boa conta de si na reentrada para um 3º período forte, que ditou uma margem confortável para dirigir (com alguma dificuldade) no último período.

O resultado final seria um 73-65, levou os insulares à sua 12ª derrota e conduziu os vareiros à sua nona vitória, aproximando-os cada vez mais do seu objectivo (sexto lugar da liga).

Comecemos então por conhecer os 5 iniciais de ambas as equipas…

Nuno Manarte, timoneiro vareiro, promoveu uma ligeira alteração no seu cinco inicial, deixando José Miranda no banco e lançando Will Perry, Pedro Pinto, João Grosso, Jermel Kennedy e Cristóvão Cordeiro para dentro de campo.

Por seu turno, Inaki Martin, técnico do Lusitânia, lançou um cinco quase só composto pelos atletas estrangeiros Brandon Garrett, Khalid Mutakabbir, Dominique Coleman e Timajh Rivera, sendo a única excepção o português Pedro Catarino.

A primeira metade do jogo foi uma metade de desinspiração ofensiva de parte a parte. A eficácia de ambas equipas foi bastante baixa (Ovarense com 31,3% e o Lusitânia com 26,1%) e acabou por ser a marca dos lance-livres a compensar um pouco a menor qualidade dos lançamentos de campo.

Ainda assim, os insulares entraram fortes nos primeiros minutos e chegaram a uma boa vantagem sobre a Ovarense, algo que obrigou Nuno Manarte a pedir um desconto bem cedo na partida.

Desconto esse que, muito à imagem do que já vem sendo na época, teve o condão de reagrupar os atletas vareiros e fez a Ovarense recuperar terreno de tal forma que chegou ao final do primeiro período com um 18-17 no marcador.

O segundo período trouxe ainda uma menor capacidade de concretização. O lançamento exterior não funcionava ( 0 em 6 para o SCL) e o fiel jogo interior também não estava a dar as melhores sensações aos treinadores. Tudo parecia muito forçado e com um parcial baixo de 11-10, o resultado ao intervalo de 29-27 favorável aos anfitriões era o espelho da baixa eficácia.

Não fossem os 7 e 15 pontos de lance-livre para a Ovarense e o Lusitânia e o cenário seria ainda mais desolador. Aliás, o elevado número de tentativas revela uma primeira parte demasiado faltosa, sintomática do baixo ritmo concretizador.

A segunda metade trouxe a partida para os parâmetros normais da competição masculina. Para bem dos vareiros, o terceiro período seria o melhor em termos ofensivos e acabaria por dar a vantagem necessária para os anfitriões regressarem às vitórias.

O ritmo no 3º período, quer da circulação do esférico, quer dos atletas vareiros, acelerou ao ponto dos açorianos serem obrigados a «destapar-se» em múltiplas posses. A meio do período foi bem visível a incapacidade dos insulares em segurarem este acréscimo de ritmo, quando sofreram 15 pontos consecutivos que seriam fatais para as suas aspirações e que se refletiram na vantagem de 56-42 no final do terceiro parcial.

Com este maior domínio, a Ovarense limitou-se a gerir o último período. No entanto, não se livrou ainda de alguns calafrios como quando sofreu 8 pontos sem resposta do Lusitânia já bem perto da reta final. Nessa fase, viu a sua vantagem emagrecer para 4 pontos e viu o jogo ser conduzido para a habitual pressão alta do adversário.

Neste jogo de pressão, os comandados de Nuno Manarte souberam gerir sempre a vantagem entre 4 e 5 pontos e acabaram por terminar com o ponto de exclamação ao soar do buzzer final, quando Will Perry conseguiu ainda concretizar um tiro exterior e selar a diferença final num 73-65.

Helder Ferreira foi o repórter da Rádio AVfm no local. Ouça as entrevistas:

  • Declarações Ovarense DV | Nuno Manarte:

 

  • Declarações SC Lusitânia: (não houve recolha de declarações por indisponibilidade do clube)

Num jogo de baixas percentagens (40,3% para a Ovarense e 38,6% para o Lusitânia), os 7 roubos de bola, os 15 pontos a partir de turnovers e os 17 pontos de elementos saídos no banco (11 no 1º tempo), foram decisivos para a vitória «segura» dos vareiros, mesmo tendo estes perdido a batalha nas tabelas (29-38), nos pontos de segunda oportunidade (3-14) e nos pontos dentro da área restritiva (32-38).

Quanto aos destaques individuais, do lado da Ovarense DV note-se a prestação de Will Perry (28 pontos, 6 ressaltos e 3 roubos de bola), bem secundado por Jermel Kennedy (19 pontos, 9 ressaltos e 6 assistências). Já do lado do SC Lusitânia, os dois jogadores em maior destaque foram Dominique Coleman (17 pontos, 9 ressaltos), que acabou por sair lesionado, e Brandon Garrett (14 pontos, 11 ressaltos e 60% de eficácia). Temajh Rivera (11 pontos e 8 ressaltos) também teve bons momentos.

Um último apontamento vai para a estreia de Ervin Mitchell, rookie norte-americano que chegou para colmatar a ausência de Kyle Anderson e que, apesar do pouco tempo em campo e da normal falta de entrosamento com os colegas, mostrou capacidade para querer assumir o jogo e alguma facilidade em penetrar em terrenos bem perto do cesto. Esperemos para ver como responde nos próximos desafios.

E já que se fala em próximos desafios, a Ovarense Dolce Vita, depois desta vitória, terá dois compromissos bem complicados nos dois próximos jogos. Começa já por receber o SL Benfica, actual líder, no próximo sábado; e, em seguida, irá deslocar-se ao Dragão Caixa para defrontar o finalista vencido da época passada, o FC Porto. Dois desafios que certamente testarão a fibra competitiva dos vareiros e serão bons indicadores para a fase das grandes decisões.

Veja a fotogaleria do encontro:

 


Fotos:  Luís Filipe Silva
Texto:  Helder Ferreira
Áudio: Jaime Valente


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