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S. Vicente Pereira sai derrotado pelo «papel químico» da JuveForce

Escrito por em 15/02/2018

Os S. Vicente Pereira teve uma deslocação longa até Ponte de Vagos para defrontar a JuveForce, nona classificada à entrada da 18ª jornada da 1ª Divisão Distrital, e queriam confirmar os bons resultados que vinham tendo nas últimas jornadas e reforçando o segundo posto que ocupavam na tabela classificativa.

Só que a JuveForce estudou bem o adversário e, depois de uma primeira parte muito amarrada taticamente entre ambas as equipas, os anfitriões encontraram a vantagem (com alguma sorte à mistura) e recorreram a um estilo de jogo tirado a «papel químico» daquilo que o S. Vicente costuma fazer aos seus adversários: jogando nas costas e capitalizando novamente uma das distrações do opositor.

No final, a derrota por 2-0 da ARCSVP podia ter consequências bem piores, não fosse o facto de os seus concorrentes directos também terem perdidos pontos nesta jornada.

Comecemos então pelos onze iniciais antes de conhecermos a estória do jogo…

António Luis, técnico da Juve, decidiu apostar num onze constituído por Beto na baliza; Diogo, Manuel, Renato e Henrique no eixo defensivo; Alex, Xavier e Rui Pedro no miolo; e Brian, Zé Viegas e Arthur, mais ao centro, no centro do ataque.

Já o Professor Adriano Machado, técnico vicentino, foi forçado a efectuar algumas alterações no seu onze, quer por indisponibilidade física, quer por calendário, e optou por lançar de início Resende para a baliza; Cláudio, Paivinha, Xavi e André Costa para a defesa; João Bastos, Litos e Fábio Costa para a zona do meio campo; e Diogo Sousa, Nelson e Renato, no centro, para o trio de ataque.

A primeira parte foi excessivamente tática de parte a parte, com as equipas a respeitarem-se mutuamente e a serem conservadoras na abordagem que tiveram ao jogo. A formação de casa entrou com as linhas baixas para conter as aproximações do adversário procurou sair pela certa. Já os visitantes, que se viram obrigados a um futebol diferente do habitual, tiveram uma boa posse de bola (e bem trabalhada) mas inconsequente quando chegavam ao último terço.

À imagem disso, viu-se uma primeira metade de jogo sem grandes oportunidades de golo, com a excepção de dois lances, repartidos entre as duas equipas.

Aos 5′, Arthur recebeu a bola à entrada da área e rodou rapidamente para rematar de fora e fazendo o esférico embater na parte superior da baliza defendida por Resende.

Já aos 34′, foi a vez do São Vicente Pereira mandar a bola ao ferro, isto depois de uma iniciativa individual de Fábio Costa pelo lado esquerdo do ataque. O vicentino cruzou rasteiro e Litos rematou com estrondo à trave, fazendo a bola ressaltar do lado «errado» do relvado para alívio de Beto, guardião caseiro.

Pouco mais aconteceu até ao apito do intervalo, reservando-se no entanto as emoções para a segunda parte.

Apesar de os primeiros minutos terem sido muito à imagem do primeiro tempo, logo aos 62′, a JuveForce iria inaugurar o marcador numa jogada com muita sorte à mistura. Num pontapé de canto cobrado na direita do ataque, há um primeiro corte da defensiva do SVP e o esférico sobra para os pés de Reverendo, substituto do lesionado Xavier, que enche o pé e remata de primeira à entrada da área. O remate acaba, contudo, por ser desviado numa das pernas dentro da área, traindo Resende junto ao poste esquerdo.

Estava desatado o nó e a partir daí, o jogo iria tomar contornos bem diferentes, com a JuveForce a liderar por uma bola a zero.

Os forasteiros tiveram de reagir e foram pressionando cada vez mais junto da baliza de Beto. Conseguiram, aos 72′, outra boa oportunidade por Vasco Godinho, que havia entrado para o lugar de André Costa, obrigando a alguns reajustes. Após um desvio incompleto, o avançado aparece isolado ao lado do poste direito e remata cruzado para Beto desviar a bola com as pontas dos dedos para a linha final.

Todavia, os vicentinos, com esse balanço no ataque, expunham demasiado as suas costas e os visitados iam aproveitando alguns erros na troca de bola entre os elementos da defesa.

Aos 76′, Reverendo fez uso do seu físico aliado à sua capacidade técnica e isolou-se dentro da área, sobre o lado direito do ataque, fez o passe ao 2º poste para Zé Viegas que rematou para defesa de Resende- Reverendo poderia ter sido mais egoísta no lance e ter visado a baliza, pois estava numa posição frontal cara-a-cara com o guardião.

As oportunidades para a formação vaguense foram-se sucedendo a partir dos 80′, mas seria já ao minuto 4 do tempo extra, isto depois de Litos ter falhado uma oportunidade clara de empate 2 minutos antes, que a JuveForce chegaria ao tento final.

Erro na troca de bola no meio campo ofensivo dos vicentinos, deixa na posse da Juve que, num 3 para 1 em contra-ataque, viu Reverendo soltar a bola para João Viegas, que entrara para o lugar de Rui Pedro, e o extremo rematou perto da linha área rente ao poste direito, após saída aos pés de Resende. Precisão na colocação do remate por João, que com frieza bateu o guardião que vinha no seu encalce.

Estava feito o resultado final de 2-0 a premiar o jogo paciente mas matreiro da formação da casa. O S. Vicente regressava às derrotas ao provar do seu próprio «veneno» vindo um adversário que vinha com a lição bem estudada. Apesar das boas trocas de bola ao longo de jogo, os jogadores vicentinos pecaram pela falta de objectividade ao longo da partida.

Helder Ferreira foi o repórter da Rádio AVfm no local. Ouças as entrevistas aos técnicos:

  • Declarações JuveForce/ADC Ponte Vagos | António Luís:

 

  • Declarações ARC S. Vicente Pereira |  Adriano Machado:

 

Um último destaque vai para as lesões de Xavier e Brian, que obrigaram António Luis a duas substituições forçadas, mas que no entanto não condicionaram a estratégia bem montada para esta partida.

No próximo fim-de-semana, o S. Vicente Pereira irá receber o Mosteirô de Arouca, sétimo classificado, mas que no entanto está apenas a 6 pontos de distância e já andou bem mais perto por longas jornadas.

 


Fotos: Helder Ferreira
Texto:  Helder Ferreira
Áudio: Jaime Valente


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