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Esmoriz GC surpreende o Castêlo da Maia com vitória suada na «negra»

Escrito por em 28/11/2017

Jogava-se a 10ª jornada no Pavilhão da Barrinha e as equipas em confronto não poderiam estar em espectros mais opostos nesta fase da época. Os Esmorizenses, à entrada desta jornada, tinham somado 3 vitórias e 6 derrotas na competição. Os Maiatos somavam 6 vitórias e 3 derrotas, sendo os três desaires nas mãos de candidatos ao título. O Castêlo da Maia até entrou mais forte, mas a verdade é que o EGC nunca perdeu a vontade de ir em busca da sorte, acabando por ser premiado com a conquista de 2 pontos, ao vencer na «negra».

No final, a vitória de 3 x 2 (21 x 25, 25 x 21, 25 x 19, 13 x 25 e 15 x 10) reflectem a variedade de espíritos e momentos de forma durante o jogo. Todavia, antes de revermos o que se passou ao longo dos cinco sets, vamos ver as formações que iniciaram a partida…

Do lado da formação da Barrinha, Bruno Lima apostou em alinhar de início com a equipa habitual, apenas com uma ligeira nuance. Iniciaram Bruno Gonçalves, Ricardo Alvar, André Rosas, José Pinto, Mário Fortes, Paulo Gomes; alternando os líberos, Diogo Neto e Pedro Ribeiro.

Quanto a João Coelho, técnico do Castêlo, olhando a algumas baixas, decidiu iniciar com Rui Moreira, de regresso à sua antiga casa; Afonso Guerreiro, Francisco Rocha, Gilson França, Helder Spencer, José neves e o líbero Gil Pereira.

O primeiro set foi competitivo, apesar do Esmoriz, com uma falha aqui e outra acolá; ter permitido uma vantagem constante aos maiatos de 4 a 5 pontos ao longo de todo o parcial. As velhas feridas vieram ao de cima e muitos erros foram cometidos, sobretudo na primeira fase do jogo; no que toca ao serviço. André Rosas, muita à imagem da sua tenra idade, foi sempre o jogador esmorizense que mais inconstante esteve neste aspecto do jogo. Tanto conseguia serviços de difícil recepção para o adversário como, de seguida, colocava a bola na rede ou mesmo para fora do campo…

Quem aproveitou estes pequenos deslizes foi o Castêlo da Maia, que aos poucos ganhou uma vantagem confortável, alicerçada num jogo sempre certo e bem apoiado na distribuição de José Neves; acabando por vencer o primeiro set pelo parcial de 25 x 21.

Quem previa um «filme negro» para a formação da barrinha após o set inicial, acabou por rapidamente ser desmentido nos dois sets que se seguiram!

No segundo set, os visitantes até começaram bem na discussão dos pontos iniciais, chegando mesmo a conquistar uma diferença à maior de 3 pontos. No entanto, os anfitriões, após desconto técnico pedido por Bruno Lima; readquiriram os índices de confiança e fizeram a reviravolta no marcador… Recuperação que teve como principal catalisador Bruno Gonçalves que, do serviço, começou a dificultar bastante o processo de construção no inside out dos jogadores maiatos, servindo mesmo por 5 vezes consecutivas!

Assim que se viram na frente, confiantes, não mais «desligaram», até conquistar o set pelo parcial de 25 x 21, retribuindo na mesma moeda dos seus opositores.

No terceiro set, a supremacia do segundo viria a ser redobrada, com o EGC a entrar com «a corda toda» e a alcançar por diversas vezes o dobro dos pontos da equipa contrária. Estiveram fortes no bloco, a conquistar alguns pontos; foram fortes e consistentes no ataque, sobretudo a explorar bem o recurso aos blockouts; conseguindo defender bem, alongando por diversas vezes pontos; intraquilizando os adversários e levando-os mesmo a cometer erros…

Culpas também para o CMGC, que nunca esteve bem neste set, cometendo demasiados erros para a qualidade de equipa que tem, obrigando mesmo o seu Treinador a várias mexidas forçadas…

O resultado no parcial de 25 x 19 acabou mesmo por ser lisonjeiro para a diferença exibicional das duas equipas.

Para mal dos pecados da equipa deste ano, voltaria uma vez mais a inconstância exibicional dos da casa… Quando estavam claramente por cima no jogo, os pupilos de Bruno Lima acabariam por ter o pior set de toda a partida… Tudo correu mal, seja nos muitos serviços falhados logo no início do set (inclusivamente por jogadores habitualmente seguros, como é o caso de Ricardo Alvar), quer na recepção que perdeu qualidade; e mesmo na distribuição, que não facilitou as manobras de ataque. Enfim, uma panóplia de erros!

Independentemente disso, mérito também para os jogadores da Maia, que corresponderam à qualidade que João Coelho pretendia em todo jogo. Nessa fase os centrais Gilson França e Helder Spencer (sobretudo este último), estiveram sempre muito bem, tal como Rui Moreira a explorar o blockout e até Francisco Silva (inicialmente só saiu do banco para servir), que jogou o set todo sempre muito consistente!

No final, o parcial de 13 x 25 não dava margem para dúvidas do que se tinha passado em campo.

A melhor fatia do bolo para os adeptos esmorizenses acabaria por estar reservada para o fim. Surpreendentemente, depois de um set fraco como foi o quarto, o Esmoriz Ginásio Clube foi quem melhor entrou na famosa «negra». Muito eficaz nos seus processos, a entrar concentrado, foi conquistando os pontos iniciais e com isso galvanizou o público; que começou cada vez mais a ser audível. Na viragem de campo já levava na bagagem um 8 x 4 que o catapultou para uma vitória tranquila pelo parcial de 15 x 10 no set decisivo. Os da Barrinha pareceram jogar sempre pela certa; já os maiatos não conseguiram traduzir a segurança e o poderio que exibiram no set anterior, saindo apenas com 1 ponto para a viagem de regresso a casa…

No cômputo geral, a vitória assenta que nem uma luva à equipa que mais tempo esteve concentrada e disponível para disputar todos os lances, até à última; injetando uma bela dose de humildade à formação que, teoricamente, era favorita; dispondo de maiores armas no início do encontro.

Helder Ferreira foi o repórter da AVfm no local. Ouça as entrevistas aos técnicos:

Bruno Lima – Treinador do Esmoriz GC

 

João Coelho – Treinador do Castêlo da Maia GC

 

Ainda um último destaque individual, nos vencedores, para a exibição sempre bastante clarividente de Ricardo Alvar; algo a que já nos habituou. Também para Bruno Gonçalves, tanto na distribuição como no serviço; bem como para os dois líberos, Diogo Neto e Pedro Ribeiro; que deram sempre bem conta de si no capítulo defensivo, apesar da constante rotação ente ambos.

No próximo fim-de-semana, prolongado, o Esmoriz GC tem uma dupla recepção ao Sporting CP e à AA Espinho, sendo que a primeira se prevê bastante complicada, já que se trata de um dos grandes favoritos à conquista do título nacional.

Veja a fotogaleria:

 


Fotos: Helder Ferreira
Texto: Helder Ferreira

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