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S. Vicente Pereira empata sobre a hora e reacende a esperança da promoção

Escrito por em 05/05/2018

Depois do S. Vicente ter saído do feriado com um resultado menor do que desejado frente a um opositor directo (empate com o Mansores) na luta da promoção ao Campeonato Safina, os vicentinos procuravam uma vitória no seu reduto contra o 2º classificado, a UD Mourisquense, que os relançasse na discussão.

Sabendo de antemão a grande valia dos forasteiros, a primeira hora de jogo correu de feição à formação de Mourisca do Vouga e o resultado da partida estava cifrado em 0-2 e a recompensar os forasteiros. No entanto, depois de soar o alerta no campo Dr. Oliveira Santos, os vicentinos protagonizaram uma meia hora de grande nível e, com alguma sorte à mistura, conquistaram o empate praticamente ao cair do pano, já para lá do minuto 90′.

O resultado final de 2-2 assentou que nem uma luva ao jogo dentro das quatro linhas, mas motivou muitos protestos, de parte a parte, do lado de fora.

Todavia, antes de se saber o que se passou dentro e fora do campo, comecemos pelo princípio…

O professor Adriano Machado, suspenso e a ver o jogo da bancada, voltou a baralhar as opções no S. Vicente, colocando em campo Resende na baliza; João Bastos, Manu, Xavi e Cláudio no eixo defensivo; Paivinha, Fábio Costa e Litos no miolo; e Diogo Sousa, Nélson Amaral e Renato, na sua posição habitual, no trio de ataque.

Por sua vez, Pedro Moniz, confiante nos seus jogadores, apostou para o onze inicial do Mourisquense em Vasco Coelho na baliza; Ricardo Duarte, Cédric, Bruno Saraiva e Xano na defesa; Ianique Cá, Paulo Monteiro e Rui Mira no meio campo; e Huguito, Fábio Diogo e João Pedro, como referência, no ataque.

A primeira meia hora, com a excepção de um ou outro remate com algum grau de perigo, foi controlada pelos visitantes.

Os mourisquenses ameaçaram num livre lateral com o esférico a passar bem perto do poste da baliza defendida por Resende; e num cabeceamento no coração da área por Huguito e que viu Resende, com uma boa estirada para a sua esquerda, negar o golo aos visitantes.

A partir daí, os vicentinos começaram a dar um pouco o ar da sua graça e, à passagem dos 35′, desperdiçariam uma excelente oportunidade por Litos, já bem dentro da área, a rematar contra o corpo de um defesa que fez a vez do guardião Vasco Coelho. Houve uma falha de comunicação entre Bruno Saraiva e Vasco, sendo que o guardião largou a bola para a frente e quase originava o primeiro golo dos vicentinos.

Todavia, os visitantes não poderiam desejar melhor resposta depois desse calafrio. Aos 37′, por intermédio de João Pedro, acabariam por inaugurar o marcador da partida com um cabeceamento certeiro. Numa jogada pela esquerda da área e conduzida pelo virtuoso Rui Mira, este acabaria por cruzar prensado e a bola passou entre o guarda-redes e os defesas, acabando na cabeça do avançado que só teve de desviar para a direita do último defensor, que estava sobre a linha de golo.

O Mourisquense chegava à vantagem de 0-1 e conservou-a até ao descanso, apesar de uma boa pressão final dos visitados.

Logo no início do segundo tempo, o SVP fez uma alteração com a entrada de Pacheco para aumentar a pressão nas alas.

Apesar dessa maior pressão, acabaram por ser novamente os visitantes a voltar a fazer «o gosto ao pé». À passagem dos 56′, deu-se uma recuperação alta de Ianique Cá e sucederam-se as trocas de bola ao primeiro toque entre os jogadores do Mourisquense. A bola parou nos pés de João Pedro que, com um remate rasteiro e cruzado ao poste direito da baliza de Resende, ampliou o resultado para 0-2. O avançado, já dentro da área, não deu hipóteses a Resende e bisou na partida.

A ver-se numa desvantagem que parecia irrecuperável, foi quando o melhor dos anfitriões veio ao de cima.

Aos 71′, logo após um cabeceamento à trave de Litos, nasceria o primeiro golo da formação vicentina na sequência do lance e o autor seria o capitão Manu. Após um lançamento de Pacheco, a bola sofreu um primeiro desvio de cabeça de Litos e depois, à Ibrahimovic, com um toque de calcanhar no ar do central Manu,  embateria no poste direito antes de terminar dentro das redes da baliza de Vasco. Renascia assim a esperança do S. Vicente ainda conquistar algo mais.

Depois de uma boa disputa até para lá dos 90′, com Cédric a levar Resende a uma excelente intervenção rasteira e Nélson Amaral a levar o S. Vicente ao desespero com um remate ao poste direito, seria no «cantar do cisne» que a festa caseira apareceria.

Ao minuto 97′ para lá dos 5′ dados pelo árbitro (mas a compensar uma ou outra paragem durante o tempo extra),  Renato foi capaz de salvar a sua equipa com um golo milagroso. Rodrigo, que entrou na segunda parte para ala direita defensiva, lançou-se rapidamente pelo seu flanco e cruzou para um primeiro remate falhado do avançado do S. Vicente, mas que foi emendado de cabeça ao 2º poste pelo suspeito do costume, Manu, que deixou o esférico à mercê do mergulho de Renato que confirmou a igualdade. Vasco Coelho limitou-se a ver o esférico voar após o desvio de Manu e nada pôde fazer perante a confirmação de Renato.

Foi um balde de água fria para o Mourisquense, o que motivou muitos protestos de Pedro Moniz. O treinador estava inconformado pelo empate ter sido alcançado já para lá do tempo extra dado pelo trio de arbitragem e com o facto de ter sido «perdoado» o segundo amarelo ao capitão Manu. Quem também se queixou da actuação do trio de árbitros foram os adeptos vicentinos, reclamavam duas grandes penalidades a seu favor.

Helder Ferreira foi o repórter da Rádio AVfm no local. Ouça as declarações dos técnicos:

  • Declarações ARC S. Vicente Pereira | Adriano Machado:

 

  • Declarações UD Mourisquense | Pedro Moniz:

 

Divisão de pontos no campo Dr. Oliveira Santos que tem o condão de ainda manter acesa a esperança da subida do S. Vicente ao Campeonato Safina, apesar de ter dificultado as contas finais.

Na próxima jornada, o S. Vicente Pereira desloca-se ao terreno da Escola Futebol Rui Dolores, naquele que se prevê um duelo complicado mas da maior importância para que os vicentinos não percam o comboio do topo da tabela.

 


Fotos: Helder Ferreira 
Texto: Helder Ferreira
Áudio: Jaime Valente


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