Vitória da Ovarense Gavex sobre o Maia, lembrou-nos que “mais vale tarde, que nunca”
Written by AVfm on 21/02/2021
O Jogo de sábado era importante para as contas do acesso ao play-off, obrigando a Ovarense Gavex a vencer na receção ao Maia Basket. Com as vitórias de alguns concorrentes diretos nessa luta, os vareiros procuravam não perder o comboio, mas, infelizmente, o caminho não deixou de ter alguns percalços até ao destino final. 3 períodos menos conseguidos dos alvinegros, fizeram acreditar os maiatos que a terceira vitória na Liga Placard estava ao seu alcance. O que valeu, foi a inspiração de Marcus Lovett Jr. e o tiro certeiro de Pedro Bastos no último tempo (com Mcknight a “segurar as pontas” ao longo do encontro), que deram um parcial favorável de 16 pontos, e a vitória final por 81-71. Destaque, por fim, para a estreia do reforço George Beamon com a camisola da Ovarense.
A sinfonia ainda precisa de alguns ajustes…
A Ovarense começou com uma liderança de 2-1 no primeiro minuto da partida, que acabou por ser recuperada apenas mais de meia hora depois no encontro. O MB, apesar de se apresentar sem a sua figura principal, entrou destemido na partida e desde cedo foi criando muito perigo com a sua penetração muito bem concertada.
O problema é que, além de bons movimentos interiores do Maia, também a defesa à zona criou muitos problemas à ofensiva dos vareiros, tendo desde cedo enormes problemas em conseguir furar a sua boa organização e arriscado demasiado no tiro exterior. Aliás, os 16 pontos no primeiro e os 15 no terceiro períodos são um espelho disso mesmo. Só George Beamon, cara nova dos vareiros, pareceu querer entrar bem, com dois triplos consecutivos, perdendo um bocado o fulgor mais tarde.
Além disso, a Ovarense teve uma primeira metade de jogo que devido à defesa mais agressiva implementada por Pedro Nuno, acumulou muitas faltas, condicionando alguns jogadores que, apesar de estarem num nível sempre certinho, como é o caso de Mcknight, não conseguiram estar muito tempo dentro de campo para contribuir da forma desejada.
No segundo período, a espaços, a Ovarense foi dando ares de querer reagir, com uma pressão a todo campo a conseguir provocar turnovers e pontos mais fáceis do outro lado do campo. Pena é que, no reverso da medalha, se expôs a desvantagens de marcação, quando o esférico saia da primeira zona de pressão, e daí os 28 pontos sofridos nesse período (pior fase defensiva).
Foi aquecendo os motores…
O que vale é que nem tudo foi mal nessa fase e, do descanso, alguns acertos transformaram-se paulatinamente em efeitos práticos. A defesa de dois homens sobre o portador da bola, foi-se tornando cada vez mais eficaz, e o Maia Basket foi progressivamente descendo a concretização.
Só ficou a faltar que na outra metade do campo tudo fluísse com a mesma qualidade, mas não tardaria a aparecer a inspiração tão aguardada…
Abram as cortinas porque é hora do espectáculo…
Quem viu o desenrolar dos 3 primeiros períodos, não conseguia prever que o melhor estava reservado para o fim. Desde o primeiro minuto, a atmosfera mudou e apareceu o “show ” de Marcus Lovett Jr., com um belo “acompanhante de palco”: Pedro Bastos.
Seria mesmo o tiro exterior a fazer a diferença e, quer Marcus, quer Pedro, afinaram a mira e começaram a penalizar a defesa do Maia por cada centímetro de espaço que lhes era concedido. O primeiro, então, parecia ter entrado num estado de graça, quer a concretizar os seus próprios lances, quer a distribuir em ótimas condições para os seus companheiros.
A confiança era tal, que a Ovarense disparou na primeira metade do período para uma liderança que lhes deu margem para ir gerindo até ao final, acabando por vencer por 81-71, cifrando-se num parcial de 26-10 muito conseguido.
O sonho continua vivo, e enquanto houver esperança, a Ovarense vai seguir lutando…
Exibições à lupa…*
– Ovarense Gavex-
Marcus Lovett Jr. – 8
(23 pts; 4 rt; 3 ass; 2 rb)
Às vezes leva ao desespero aos adeptos por insistir em demasia nos momentos individuais, mas neste encontro apareceu inspirado no melhor momento, “salvando” a Ovarense da apatia. Se conseguir jogar um pouco mais em prole do colectivo, pode tornar-se um caso sério em Ovar.
Christopher Knight – 7
(13 pts; 8 rt; 2 ass; 3 rb; 1 dl)
Sem dúvida o “relógio suíço” da equipa vareira. Não sabe o que é realizar um mau jogo, e este encontro com o Maia não foi excepção. Apesar de menos exuberante do que noutros jogos, esteve sempre presente ao longo do encontro, mantendo a distância necessária para recuperação.
Pedro Bastos – 6
(12 pts; 3 trpl; 3 rb)
Não esteve muito inspirado no capítulo ofensivo durante os primeiros períodos, todavia decidiu aparecer na melhor fase da partida da equipa para permitir a “estocada” final, naquilo que sabe fazer melhor, o seu tiro exterior.
Brock Gardner – 6
Pedro Oliveira – 6
George Beamon – 6
Rodrigo Soeiro – 5
Trey Moses – 5
Cristóvão Cordeiro – 5
João Oliveira – 4
– Maia Basket –
Lamar Morgan – 8
(21 pts; 6 rt; 3 ass)
Bright Mensah – 6
(16 pts; 6 rt; 4 ass)
Theophilus Johnson – 6
(13 pts; 6 rt; 1 rb; 1 dl)
Jakob Lowrance – 6
David Gomes – 5
Pedro Lopes – 3
Vitor Duarte – 3
Hugo Gomes – ___________ (não esteve tempo suficiente)
Francisco Nunes – ___________ (não esteve tempo suficiente)
Fiquem com as declarações dos técnicos no final da partida, recolhidas pelo repórter no local, Helder Ferreira:
Liga Placard – Fase Regular – Jornada 18 – Ovarense Gavex x Maia Basket
Ovarense Gavex
5 inicial: Marcus Lovett Jr., Pedro Bastos, Christopher Knight, Brock Gardner e Trey Moses.
suplentes utilizados: George Beamon, Pedro Oliveira, Cristóvão Cordeiro (c), Rodrigo Soeiro, João Oliveira e Pedro Pinto.
treinador: Pedro Nuno
Maia Basket
5 inicial: Bright Mensah, Lamar Morgan, Vitor Duarte, Jakob Lawrence e David Gomes
suplentes utilizados: Theophilus Johnson, Pedro Lopes, Hugo Gomes e Francisco Nunes.
Treinador: Gustavo Mota
Resultado ao intervalo – 40 x 46
Resultado final: Ovarense Gavex – 81 x Maia Basket – 71
MVP jogo: Marcus Lovett Jr. (Ovarense Gavex) (23 pts; 4 rt; 3 ass; 2 rb) – Pontuação – 8
* – Os valores atribuídos têm por base uma escala numérica de 0 a 10, sendo que os 3 melhores jogadores de ambas as formações têm um destaque diferenciado na escala