Futebol: Florgrade B foi infeliz nos penáltis e falha acesso à I Divisão Distrital

Escrito por AVfm em 29/04/2023

Era uma “final” que, como prémio, oferecia a subida de divisão. A Florgrade B, 3.º classificado da Zona Norte da II Divisão Distrital, diante do Santo André, 3º classificado da Zona Sul. O cenário: a Aldeia de Futebol da AF Aveiro.

Infelizmente para os corticeiros, a festa da promoção acabaria por ser feita pelo conjunto de Vagos. Ao longo de 90 minutos de intenso futebol, o nó não desatou e, com 1-1, as equipas seguiram para as grandes penalidades. Aí, a época acabaria decidida na marca dos 11 metros, momento em que o Santo André foi mais competente.

Um cenário ingrato para a Florgrade que, embora tenha acabado a fase regular do campeonato à procura da melhor forma, apresentou-se para a época como uma constante e forte candidata à subida e, até ao arranque de Março, ocupava mesmo os lugares de ascenção direta.

Nesta “final”, a Florgrade B até teve os dados estatísticos do seu lado: o conjunto orientado por David Rocha foi mais pressionante, esteve mais próximo da área contrária e ainda foi mais rematador. Não obstante, o Santo André apostou nas transições rápidas, concedendo de forma estratégica a posse de bola ao adversário, e acabou por ser, com o seu plano, uma equipa (também) perigosa.

Dois estilos diferentes que se equipararam até bem perto do fecho do encontro. Foi só aos 79 minutos que o marcador foi desbloqueado. Acabado de entrar, Marco Ferreira, jovem de apenas 18 anos, foi o talismã do Santo André, aproveitando um excelente cruzamento na esquerda para finalizar com um exímio remate de primeira.

Pois, se até aí, a Florgrade B já tomava a iniciativa, os 10 minutos finais acabaram por exacerbar ainda mais essa nuance. Com alterações e uma postura ultra atacante, os corticeiros fizeram pelo empate e acabaram por conquistá-lo à entrada da compensação.

Vindo da equipa A para ser um dos mais inconformados em campo, Diogo Guerra acabaria por chegar ao golo, com um tento de cabeça, o 1-1. Num livre lateral, Edgar Ferro fez a assistência açucarada e o camisola 9 foi mais rápido que tudo e todos – inclusive o guarda-redes do Santo André – para elevar-se e desviar para as redes.

O empate arrancado perto do apito final podia ter oferecido à Florgrade B um elã de confiança para as grandes penalidade. Pelo contrário, a equipa mostrou-se intranquila no desempate, quase como desenterrando memórias dos dois desaires averbados nas grandes penalidades, diante do Taboeira, há menos de um ano.

O guarda-redes Diogo Almeida ainda remou contra a maré, defendendo dois castigos máximos. Mas, para os batedores, a baliza foi demasiado pequena. Com três penáltis falhados – dois deles nem acertando com o alvo – a Florgrade B morreu na praia, vendo o Santo André sobreviver para “agarrar” a I Divisão com as duas mãos.

Fica o registo de uma jovem equipa, repleta de atletas que poderão dar cartas no futuro. A bem do projeto dos corticeiros, subir para um patamar competitivo mais elevado poderia ser vantajoso. Mas, se o objetivo primordial da Florgrade B era criar bases e gerar matéria prima que alimente a equipa A brevemente, então essa marca de temporada foi alcançada com sucesso.