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Submarino Amarelo

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Muitas “unhas roídas” na derrota da Ovarense Gavex no Dragão Caixa

Escrito por em 15/10/2019

Esperava-se uma resposta da Ovarense Gavex no dérbi com o FC Porto, depois da promessa feita por Nuno Manarte aos nossos microfones. E foi exactamente isso que os vareiros nos presentearam, com um photo finish de cortar a respiração e muitas unhas “falecidas” pelo caminho. Foram apenas escassos centímetros num lançamento de Nuno Sá, que separaram o jogo do prolongamento, depois de vários altos e baixos ao longo da partida, sempre com muita emoção…

Muito havia ainda a provar pelos vareiros, depois de uma derrota acentuada frente à eterna rival UD Oliveirense, pelo parcial de 49-91 na 1.ª Jornada. A imagem deixada não se coadunava com o real valor da equipa e os erros tinham de ser rapidamente corrigidos.

Foi com esse pensamento que os jogadores alvi-negros entraram em campo no Dragão Caixa e, nos primeiros minutos, deram uma excelente réplica ao detentor da Supertaça deste ano.

O problema foi mesmo os últimos minutos do primeiro período. Muitas desatenções nas costas da defesa, com os jogadores do Porto a aparecerem facilmente, com cortes diagonais, debaixo do cesto, concretizando praticamente todos os seus pontos na área do designado “garrafão”. Do outro lado, tudo havia ficado estático com trabalho em constantes isolamentos sem sucesso.

Naturalmente, essa baixa de intensidade e desconcentração, levou a um parcial de 30-16, que acabou por condicionar bastante as expectativas nesta partida de grau de dificuldade elevado.

Depois de um “puxão de orelhas”, os atletas vareiros entraram de espírito renovado para o encontro e, com a entrada de Jacques Conceição, a reacção da Ovarense redobrou-se ainda por cima.

De gatilho afinado, o extremo começou a incestar os lançamentos exteriores e os colegas automaticamente “beberam” dessa energia e confiança. Aos poucos, apesar de em períodos alternados, a distância diminuiu; e com 6 pontos consecutivos nos últimos segundos, reduziram o parcial de diferença para um 44-38. Tudo estava em aberto para o segundo tempo.

Depois do descanso, os vareiros trouxeram para dentro de campo a mesma energia com que haviam terminado o primeiro tempo, chegando novamente a encostar o marcador no adversário.

No entanto, os dragões reagiram nos últimos minutos do 3.º período e variando o jogo de dentro para fora, com alguns tiros exteriores certeiros, acabaram por virar o parcial do período a seu favor, ficando a 8 pontos de distância.

Parecia nesse momento que tudo estava encaminhando para uma vitória tranquila dos caseiros. Mas desenganaram-se…

O Porto parecia ter sempre resposta para todos os pequenos períodos positivos dos vareiros e, apesar da Ovarense ter até passado para a frente no marcador durante a segunda parte, foi mantendo um relativo controlo do encontro até ao último meio minuto.

Foi então que tudo quase virava do avesso…

Davenport apareceu no exterior para lançar e sofreu a falta, quando parecia que estava destinado ao fracasso no lançamento. Após a conversão dos 3 free throws e com 18 segundos para o final, 5 pontos separavam as equipas.

Logo a seguir turnover do Porto e a Ovarense em modo de sobrevivência, sacou um “coelho da cartola” com um triplo bem longo de Jacques. Sobraram 2 segundos que quase levavam os The Plague à apoteose, quando novo turnover dos Portuenses quase resultava no empate a partir de um lançamento curto de Nuno Sá, que teve tudo para fazer melhor.

No final, Nuno Manarte correu logo na direcção do atleta para o reonfortar após a perdida soberana do extremo português.

Foi por escassos centímetros que o jogo não chegou a um prolongamento merecido para os vareiros. A menor eficácia nos lances livres (74%) e a superioridade azul no jogo interior (com 40 pontos no interior) acabaram por ser decisivos, numa partida em que de positivo para os alvi-negros houve a eficácia do tiro exterior (46%), os pontos a partir do banco (37 pontos) e os pontos convertidos a partir de perdas de bola (16pontos).

Após o acalmar das emoções, estas foram as palavras dos treinadores da Ovarense e do FC Porto, em entrevista no final do encontro ao repórter da AVfm, Helder Ferreira:

Declarações AD Ovarense Gavex | Nuno Manarte
Declarações FC Porto | Moncho López

Agora, resta à Ovarense Gavex recuperar as energias para aquilo que será um dérbi interessante e difícil no ano do regresso do Sporting CP ao basquetebol nacional. A ver vamos, se a Arena de Ovar traz finalmente os bons ventos para os vareiros…

XII Campeonato da Liga Placard – 2.ª Jornada – FC Porto x Ovarense Gavex – resultado: 89-87

Ovarense Gavex

5 inicial: Shaun Stewart, Pedro Bastos, Nuno Sá, Christopher Davenport e Nicholas Banyard.
suplentes utilizados: Jacques Conceição, Cirstóvão Cordeiro, Immanuel King, Pedro Oliveira e Rodrigo Soeiro.
suplentes: Pedro Pinto e João Oliveira
treinador: Nuno Manarte

FC Porto

5 inicial: Bradley Tinsley, Max Landis, Preston Purifoy, Tanner Mcgrew e Sasa Borovnjak
suplentes utilizados: Miguel Queiroz, João Soares, Pedro Pinto, Vladyslav Voytso e Keven Gomes.
suplentes: Daniel Relvão e Francisco Amarante.

MVP do jogo: Tanner Mcgrew (13 pontos, 14 ressaltos, 7 assistências e 2 desarmes de lançamento)

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Fotos: Luis Silva
Texto: Helder Ferreira
Áudio: Jaime Valente


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