Ovarense Dolce Vita estreia-se a vencer em jogo de serviços mínimos frente ao Eléctrico FC

A equipa sénior masculina da Ovarense vinha de um duplo desaire complicado nas jornadas inaugurais do campeonato disputadas nos Açores. A jogar pela primeira vez em casa, queria agora redimir-se frente ao Eléctrico FC.

Os da casa levaram a melhor pelo resultado final de 66-56, num jogo em que ambas as equipas acusaram a falta de eficácia nos lançamentos e onde foi a maior vontade dos vareiros que acabou por ditar o desfecho.

A Ovarense alinhou com o cinco inicial composto por Will Perry, Kyle Anderson, João Grosso, Cristovão Cordeiro e Marquis Vance.

Já Marco Galego, treinador do Eléctrico, alinhou com o cinco inicial de António De Pina, Brian Stone, João Lanzinha, Earnest Hunter e Kevin Coronel.

A primeira parte foi de pouco espectáculo, com a defesa claramente a superiorizar-se ao ataque.

Com as estruturas defensivas bem montadas, estava difícil fazer pontos na Arena Dolce Vita.

Até ao intervalo, o jogo pautava por um baixo índice no lançamento, com nenhuma das equipas a passar a margem dos 30%. Foram poucos os pontos dos atletas que entraram a partir do banco, sendo que neste capítulo cada uma das formações não passou sequer dos 3 pontos. Também a quase nulidade de cestos convertidos através de contra-ataques rápidos era visível.

Mas o pior no meio desta fraca acertividade eram as 23 tentativas de triplos (17 da Ovarense, 6 do Eléctrico) que nem por uma vez entraram dentro das malhas do cesto. Quando as equipas recolheram aos respectivos balneários, o parcial de 23-21 era muito escasso para aquilo que se exige a duas equipas da principal liga portuguesa.

Na segunda metade, porém, houve uma melhoria, apesar de tímida, nos dois conjuntos. A meio do terceiro período, os visitantes chegaram a ter uma vantagem de 11 pontos, sustentada, em grande parte, por dois ataques consecutivos em que converteram lançamentos de triplo.

Equipa da Ovarense reunida durante um tempo técnico pedido por Nuno Manarte.

Soou aí o alarme na formação vareira e, após um desconto técnico pedido por Nuno Manarte, a Ovarense entrou determinada a virar o jogo. Com uma defesa aguerrida e pressionante sobre o portador da bola, rapidamente recuperou terreno sobre o adversário e passou, inclusive, para a frente do marcador, sem nunca mais deixar a liderança.

Aliás, os 16 turnovers do Eléctrico e os 16 pontos em contra-ataques rápidos no final, aliados a uma eficácia de 80% da linha de lance livre, foram a expressão máxima da reviravolta consumada pela Ovarense.

No final, a desinspiração ofensiva era gritante, e a conversão de apenas cinco triplos em 51 tentativas (duas em 33 para a Ovarense e três em 18 para o Eléctrico), traduzia isso na perfeição.

A acompanhar a par e passo o encontro esteve Helder Ferreira, repórter da AVfm que entrevistou os treinadores a seguir ao encontro:

Nuno Manarte – Treinador da Ovarense Dolce Vita

Marco Galego – Treinador do Eléctrico FC

Pela Ovarense destacaram-se os atletas Will Perry (18 pontos, 3 roubos de bola e 3 ressaltos) e Kyle Anderson (19 pontos, 6 ressaltos e 3 assistências), enquanto no Eléctrico se evidenciaram Brian Stone (19 pontos e 5 ressaltos, com 66,7% de eficácia) e Earnest Hunter (13 pontos e 9 ressaltos).

Na próxima semana, a Ovarense DV desloca-se ao terreno do Barreirense Dif Broker em busca da segunda vitória, para completar a quarta jornada da liga nacional de basquetebol 2017/2018.

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Este texto não foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Foto: António Silva
Texto: Helder Ferreira