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Musicalíssimo | 25 Out 2023

Teresa Leite 25/10/2023

 

 

Emissão: 25 de Outubro 2023

 

Descrição: Cada programa parte de um estilo, personalidade, composição ou instrumento musical que origina uma descoberta interessante através de uma abordagem rica e aprofundada.

DestaqueAfrica Now – 50 anos de música – África Oriental

Voltando ao continente africano e 50 anos de música, estamos hoje com música da região de África Oriental, particularmente no Quénia e Etiópia e Tanzânia, tendo começado com o Quénia, a Região dos Grandes Lagos. O Quénia adquiriu a independência em 1963, após ter sido colonoizado pela Alemanha e pelo Império Britânico. É o país desta região oriental de África mais marcado pela época colonial e as suas influências exteriores. Regressados da 2.Guerra Mundial, os jovens recrutados trazem a guitarra elétrica a tiracolo. Da mistura das cordas da viola e ritmos tradicionais irá nascer uma corrente musical chamada benga.
Ao contrário de outros Estados africanos sob domínio colonial, os países orientais de África, dos Grandes Lagos ao Oceano Índico, ligados por uma cultura comum e a língua swaili, foram colonizados principalmente pelos britânicos, o que não impediu o processo de independência, nalguns casos numa descolonização tardia, como as Seichelles e as Maurícias. A Etiópia, que se encontra nessa região é um caso diferente. É um país que nunca foi verdadeiramente colonizado, mas conheceu sim a ocupação. Depois da presença fascista de Mussolino de 1936 a 1941, o imperador Hailé Sélassié, descendente da rainha do Saba e de Salomão, recupera o trono, vencendo os italianos. Chamado o Rei dos Reis (Négus) contribui para o mito de o seu império ser o berço da humanidade.
Não será por acaso de Adis-Abeb a capital da Etiópia, foi sede da Organização de União Africana em 1963 até ao final da monarquia em 1974. A música tem um papel  preponderante na propaganda do Império. Uma força artística marcada pela introdução do instrumento de sopro, oferta do Csar russo Nicolau II em 1896. As fanfarras começam a ouvir-se por todo o lado, nomeadamente a Orquestra da Guarda Imperial.
A República da Tanzânia, cujo nome deriva de Tanganyka e Zanzibar, proclama a sua independência em 1964. Chamada terra do Twarab, extase em árabe, apropriou-se do estilo herdado da música clássica oriental vinda de Oman e do Iemen.

 

 

Playlist:
Fundi Konde – Gari La Punda
Slim Ali & Hodi Boys – Sweet Mother
Alemayehu Eshete – Feqer Feqer New
Tesfa Maryam Kidane – Heywete
Hirut Beqele – Almokerkum Neber
Tlahoun Gessesse – Aykèdashem Lebé
Ayalew Mesfin – Hasabe
Mahmoud Ahmed – Ere Mela Mela
Muluqen Melesse – Ete Endenesh Gedawo
Matano Juma – Dada

 

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Publicação: Catarina Pereira
Foto(s): Direitos reservados

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