Faixa Atual

Título

Artista

Atual

Passe de Letra

21:00 22:00

Atual

Passe de Letra

21:00 22:00


Musicalíssimo | 27 Set 2023

Teresa Leite 27/09/2023

 

 

Emissão: 27 de Setembro 2023

 

Descrição: Cada programa parte de um estilo, personalidade, composição ou instrumento musical que origina uma descoberta interessante através de uma abordagem rica e aprofundada.

DestaqueCD 2 Afrique Lusophone 2

Antes de Cesária Évora e a sua Sodade que em 1992 causou um retumbante êxito mundial, a música de Cabo Verde conheceu o estrelato com A Voz de Cabo Verde a banda criada por Bana em Roterdão, Holanda em 1962, com o clarinete de Luís de Morais e o trompete de Morgadinho. Incorporando ritmos das Caraíbas e América Latina e o jazz dos anos de 1970, A Voz de Cabo Verde abriu portas a outras bandas como Os Tubarões e Bulimundo, tanto em Cabo Verde como no estrangeiro. Com Bana, e os arranjos e produção de Paulino Vieira,  se atingiu o ponto alto no desenvolvimento musical nas ilhas de Cabo Verde. Muito lhes ficaram a dever Cesária Évora, Teofilo Chantre, Simentera, Tito Paris, Maria Alice, Lura, Rufino Almeida (aka Bau), Manuel Lopes Andrade (Tcheka) e mais recentemente Mayra Andrade e Sara Tavares. O Funana e o Batuco, dois géneros  africanos, foram inicialmente marginalizados pela elite das ilhas, mas mais tarede sairam da sombra graças a bandas como  Finaçon e Ferro & Gaita.
Angola – Por meados dos anos de 1960 surgiu uma nova geração de músicos, após o movimento modernista dos anos de 1950 e emancipação do país, com figuras como a banda Ngola Ritmos e o guitarrista Carlos Aniceto “Liceu” Vieira Dias, que esteve muitos anos numa prisão colonial.As influências eram do rhumba congolês, o Merengue e o Samba do Brasil, ben como ritmos locais como o Semba, o Kuilipnda, o Rebita e o Lamento, um tipo de Blues Angolano.
O Cumbe é o ritmo mais tocado na Guiné-Bissau, sendo o primeiro grande hit, a canção “M’Ba Bolama” de Ernesto Dabó em 1973. Com base na guitarra e percussão, o Cumbe tornou-se o estilo mais proeminente dos anos de 80 e 90 com um grande leque de artistas como, Justino Delgado, Rui Sangara, Tino Trimo e Ramiro Naka. Alguns deles entretanto exilados devido à instabilidade política depois de 1974. Em França, o compositor e guitarrista Kaba Mané popularizou o Kussundé, outro ritmo popular guineense.
Moçambique –  Até à independência em 1975 os ritmos locais não estavam na moda e os grupos tocavam mais a música pop ocidental. Em 1994 o Marabenta ganhou uma nova vida com influências da música do Zimbawé, Tanzânia e África do Sul. Marrabenta é uma música para dançar com guitarra percussão e voz em várias línguas, e deu abertura a novas bandas, como Ghorwane, Eyuphuro, Mabulu. Hoje, a música moçambicana é muito diversa; tradicional como o Timbila,e novas formas de pop com uma geração de artistas com carreira internacional, como Neco Novellas.

 

 

Playlist:
Walter Wanderley – Batucada
Os Tubarões – Mãe Querida
Tito Paris – Preto E Mi
Paulo Flores – O Povo
Bonga – Mulemba Xangola
Artur Nunes – Kisua Ki Ngui Fuà
Tony De Fumo – N’Ginda
Tanga – Eme N’Gongo Lami
Urbano De Castro – N’Vula
Luiz Visconde – Chofer De Praça
Tabanka Djaz – Todos Os Sentidos
Tony Von – N’Hoca

 

[give_form id=”81006″]

 


 

Publicação: Catarina Pereira
Foto(s): Direitos reservados

Musicalíssimo

Histórias da Música e dos Músicos

Mais informações