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Mi-Fá-Dó-Sol | 11 Jan 2024

Carlos Reis e Dino Marques 11/01/2024

 

 

 

Emissão: 11 de Janeiro 2024

Descrição: Programa inteiramente dedicado ao Fado. Realizado por intérpretes do género musical, Mi-Fá-Dó-Sol foca-se na divulgação de artistas e eventos, sem deixar de lado a história e as curiosidades de tão importante património português!

 

 

Destaque: O Fado – Símbolo de Portugal

O fado é hoje em dia um símbolo representativo de Portugal no mundo, sendo considerado a forma de expressão artística que melhor definiria a identidade e a cultura portuguesas. Desde o seu surgimento na cidade de Lisboa na década de 1840, esse género musical percorreu um longo percurso de evolução e disseminação, tendo superado as fronteiras geográficas, políticas e socioculturais. De manifestação de “margem” típica para os transgressores da lei e do moral, o fado pouco a pouco ganhou o espaço nacional, até atingir uma dimensão mundial, com presença nas salas de espetáculo mais prestigiadas do mundo.
Vamos analisar o percurso e desenvolvimento da prática fadista e enquadrar o fado em termos históricos, demonstrando o ambiente no qual inicialmente o fado surgiu, de que modo se aburguesou e entrou nos salões aristocráticos, como ocorreu o processo da sua institucionalização e profissionalização no século XX e de que forma acontece nos dias de hoje.
O fado é uma canção popular portuguesa, uma das marcas mais importantes da produção musical da cidade de Lisboa e um dos ícones culturais de Portugal, que consiste nas convenções de interpretação vocal e instrumental e nos modelos performativos consagrados.
Uma sessão de fado implica um cantor solista, homem ou mulher, chamado fadista, um ou vários músicos e o público. A figura dominante é o fadista com uma ampla extensão vocal, acompanhado geralmente pela viola e pela guitarra portuguesa. Dos espectadores espera-se uma imobilidade e um silêncio enquanto se canta ou toca. É o silêncio que cria o ambiente fadista e é ele a principal forma de comunicação entre a audiência e os músicos. Essa regra fundamental do silêncio pode ser rompida em dois momentos específicos: logo após uma apresentação, dando gritos de incentivo ao fadista, ou após os sinais de aprovação por parte de fadista.
O fado é um fenómeno lisboeta situado nas zonas mais antigas da cidade de Lisboa, nos bairros tradicionais como Alfama, Bairro Alto ou Mouraria, e é cantado em casas típicas, ou casas de fado, onde a decoração é alusiva à prática fadista. As fotografias e os cartazes com imagens de fadistas são praticamente obrigatórios. Além disso, os objetos do fado, como discos velhos, xailes, guitarras, ou algo que lembre a Lisboa antiga, estão quase sempre presentes. O tempo e o espaço da performance fadista também são dados através da luz. No decorrer da apresentação do fado, exige-se a redução da intensidade das luzes. O ambiente típico de uma casa de fado tem que ter uma iluminação diminuída, ou mesmo apagada.
Quando o ou a fadista acaba de atuar, as luzes são novamente acesas, indicando essa mudança na temporalidade e espacialidade da apresentação fadista. Importa acrescentar ainda que durante a apresentação os espectadores não podem sair nem entrar. O trânsito é permitido apenas no decorrer dos intervalos, ou seja, ao final de um bloco ou no mínimo de um fado.


Playlist:
Gabino Ferreira – O Valor do Fado
Manuel Delindro – Apenas eu
Teresa Tarouca – Tive um amigo e morreu
Beatriz da Conceição – Ovelha negra
Fernando Farinha – Pregão no espaço
Argentina Santos – Noite de Natal (Cm)
Tony Reis – Prenda de Natal
Fernando Maurício – Gabriel de oliveira
Filomena – Veio a Saudade
Joaquim Campos – Rua do silêncio
Joaquim Campos – Quatro Tempos
Júlia Silva – Maria lisboa
Manuel De Almeida – Antigamente
Maria Da Fé – Negro Xaile

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Publicação: Irina Silva
Foto(s): Direitos reservados

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Vibram as cordas... Bem Vindos ao Fado!

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