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SC Esmoriz é derrotado perante a eficácia do S. João de Ver num jogo de grande caudal ofensivo

Escrito por em 27/04/2018

O SC Esmoriz visitou o terreno do segundo classificado, S. João de Ver, na 28ª jornada do Campeonato Safina. Uma deslocação que já se previa complicada e que trouxe um misto de emoções no final da partida.

Se, por um lado, os números finais eram pesados e não davam margem para dúvidas quanto à maior maturidade dos são joanenses no capítulo da finalização; pelo outro, os esmorizenses saíam do jogo com a nítida sensação de que fizeram por merecer mais e bem melhor, ficando a faltar apenas as pequenas definições e alguma sorte para poderem sair com pontos do terreno adversário.

A derrota da formação da Barrinha por 4-1 fez com que caíssem uma posição na tabela classificativa e permitiu que S. João de Ver consolidasse a segunda posição no campeonato, ainda que bem longe do primeiro lugar do Lusitânia de Lourosa (que venceu nesta jornada).

Comecemos então pelas constituições das equipas…

Narciso Ratinho, técnico esmorizense, dada a ausência de Breno para esta partida, apostou em ligeiras alterações e colocou em campo Renato Lopes para a baliza; Gonçalo Resende, Fábio Gonçalves, Rúben Pereira e Ruca para o eixo defensivo; Maxence (Max), Pedro Godinho e Júlio Coronel para o miolo; e Kalunga, Moses e Vando para o trio de ataque.

Já Ricardo Maia, treinador da equipa da casa, apostado em lançar duas referências para o ataque, desdobrando a equipa para um 4-3-3 quando tinha de defender, apostou num onze com Nuno na baliza; Rúben Gomes, Rui Silva, Renato Maia e Bino na defesa; Gouveia e Yorn no meio campo com os dois médios ala, Magolo e Vítor Neto; e as duas referências de área, Machadinho e Zé António.

O Esmoriz não poderia ter desejado um arranque de jogo mais auspicioso do que o que aconteceu. Logo aos 2 minutos, Moses iria fazer o gosto ao pé. Num lançamento rápido para a direita do ataque, Vando conseguiu lançar a bola para a corrida do nigeriano e este, já dentro da área, rematou cruzado para o fundo da baliza defendida por Nuno. Golo inaugural a cair para os visitantes e logo na primeira oportunidade do jogo.

A reação do S. João de Ver não tardou a aparecer e, já depois de um tremendo falhanço de cabeça de Zé António, o próprio viria a corrigir o erro 3 minutos depois, aos 21′. Após cruzamento da esquerda, o avançado elevou-se no coração da área para cabecear picado e bem junto ao poste esquerdo da baliza defendida por Renato Lopes. Estava feita a igualdade, com o guardião a esticar-se todo mas a ser impotente para travar o cabeceamento colocado.

Face à igualdade, o SCE ainda teve uma fase de boa reação. Kalunga, dentro da pequena área, chegou a rematar contra o corpo do guardião após a saída deste aos pés do zambiano. No entanto, a recta final da primeira parte seria negra para os atletas de Narciso Ratinho.

Primeiro, aos 39′, num livre conquistado em zona frontal por parte de Zé António, Renato Maia iria dar a vantagem na partida aos anfitriões. O central encheu o pé, a cerca de 30 metros da baliza, e rematou rasteiro para junto do poste mais próximo de Renato Lopes. O guardião esmorizense ainda viu a bola ganhar velocidade ao embater no relvado e acabou surpreendido no golo dos são joanenses.

Não satisfeito com o 2-1, seria ainda na última jogada antes do descanso, aos 47′, que o SJV ampliaria ainda mais a diferença no marcador. Mais uma vez, Zé António esteve na origem da jogada ao tirar 3 adversários do caminho e, com alguma sorte pelo meio, colocando na direita onde apareceu Rúben Gomes, vindo de trás, a atirar a contar. Já dentro da área, Rúben Gomes rematou cruzado por cima do guarda-redes e chegou assim ao terceiro golo na partida.

À hora do intervalo, os adeptos da Barrinha estavam com a sensação de que o resultado não espelhava a real diferença entre as equipas na primeira parte. A formação do Esmoriz não baixou os braços e voltou dos balneários determinada a reabrir a discussão do jogo.


Logo nos primeiros minutos do segundo tempo teve, por intermédio de Moses e Júlio Coronel, duas excelentes oportunidades. Na primeira, o nigeriano, depois de uma excelente jogada de envolvimento individual pela direita da área, rematou com o seu pior pé, permitindo a intervenção do guardião opositor. Na segunda tentativa, Júlio Coronel rematou rasteiro no coração da área para ver Nuno «roubar-lhe» o golo já bem perto do poste esquerdo da sua baliza.

Era o Esmoriz quem estava mais ativo nesta fase, mas a verdade é que seria ainda o S. João Ver a marcar novamente. Vitor Neto, sempre bem presente no jogo, aos 80′, isolou-se num lançamento para as costas da defesa visitante e, já com o guarda-redes fora da área, com um drible tirou-o do caminho para rematar para a baliza deserta, mesmo ainda tendo sido importunado pelo carrinho de Rúben Pereira. Estava estabelecendo o 4-1 final.

Até ao fim do jogo, pouco mais haveria a registar. O Esmoriz ainda procurou «queimar etapas» no seus processos em busca de algo mais, mas não foi muito felizes com o futebol direto. O jogo terminaria com uma equipa da Barrinha que pode queixar-se da sua falta de eficácia. Por sua vez, os malapeiros conseguiram estar bem perto do 100% de aproveitamento das oportunidades de golo que tiveram.

Helder Ferreira foi o repórter da Rádio AVfm no local. Ouça as declarações dos técnicos:

  • Declarações SC S. João Ver | Ricardo Maia:

 

  • Declarações SC Esmoriz | Narciso Ratinho:

 

Na próxima jornada, o Sporting Clube de Esmoriz recebe o líder do Campeonato Safina, o Lusitânia Lourosa, num jogo que promete ser escaldante, depois de na primeira volta o Esmoriz ter perdido por 2-1, com um golo do seu ex-jogador, Ibrahim Koneh, mesmo ao cair do pano.

 


Fotos: Helder Ferreira 
Texto: Helder Ferreira
Áudio: Jaime Valente


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