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Todos prestaram nos 3 dias do FESTA em Ovar

Escrito por em 26/07/2017

«Quem vai à festa, três dias não presta», assim diz o ditado. Porém, contrariando a sabedoria popular ou talvez não, a Câmara Municipal de Ovar organizou no último fim-de-semana… o FESTA. De sexta-feira a domingo (21 a 23 de julho), deu-se o Festival Internacional de Artes na Rua de Ovar.

16 espetáculos estiveram no «menu» durante os três dias, servindo teatro, dança, música e outras performances pelas ruas da cidade. O cariz internacional deu-se com a vinda de artistas de Espanha, Inglaterra, Áustria, Brasil e Bélgica.

Os esforços multiplicaram-se em prol de um objetivo bem claro: o de dinamizar o território e, através dos espetáculos, levar as pessoas a estabelecer relação com as ruas, praças e jardins da cidade. Um aproveitamento diferente desses espaços permitiu a quem visitou olhar para cada lugar de um modo diferente. De súbito, o rio Cáster tornou-se palco de uma peça de teatro. A Praça das Galinhas transformou-se no auditório de uma orquestra clássica.  O parque de estacionamento Júlio Dinis serviu um piquenique «horrífico». E por aí fora…

 

«Chuva», de Leandro Ribeiro, reuniu um público de 700 pessoas em volta do rio Cáster.

Leandro Ribeiro – Encenador de «Chuva»

Liliana – Participante da comunidade no «Chuva»

 

Orquestra Clássica Inventada, de Ivo Pinho.

Orquestra Clássica Inventada – Concerto Completo

 

Jaime Valente foi o repórter da AVfm no FESTA e teve a oportunidade de recolher outros testemunhos, quer de artistas, quer da organização.

Graeme Pulleyn – Microglobo (Shakespeare numa Caravana)

Pedro Leal – Projetos de Intervenção Artística

 

Pedro Leal, diretor dos PIA (Projetos de Intervenção Artistica).

Queria-se renovar e fortalecer a ligação das pessoas ao município. Um festival vareiro para os vareiros, mas não só. Vislumbra-se que a aposta da Câmara Municipal tem potencial para ir mais longe e a evolução do FESTA – é a impressão que fica após a quarta edição – caminha para o nascimento de uma iniciativa com proporção regional e nacional, capaz de mobilizar um número de gente considerável que vem de fora. No fundo, um pouco à semelhança do Imaginarius, em Sta Maria da Feira, ou do D’Bandada, no Porto, ambos festivais descentralizados, na rua, e com conceitos pouco habituais.

Percebemos isso melhor quando nos deparamos com o facto de o FESTA ter tido estreias nacionais e, inclusive, estreias absolutas. Houve espetáculos criados de propósito para o efeito, o que revela que os artistas analisaram os espaços e criaram de modo a fazer valer as suas potencialidades. A AVfm sabe também que a CMO fez questão que assim fosse, impondo o recurso aos fatores «território» e «integração da comunidade vareira», indo de encontro à identidade que aqui era pretendida.

Para a realização do FESTA, a Câmara fez um investimento na ordem dos 80 mil euros.

 

Alexandre Rosas, vereador da cultura da CMO.

Alexandre Rosas – Vereador da Cultura da CMO

Fátima Alçada – Diretora artística do FESTA (1º Dia)

 

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Foto: Rafael Cruz
Texto: Ricardo Marques


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