Testes rápidos à Covid-19 começam daqui a uma semana
Escrito por AVfm em 02/11/2020
A eficácia no combate à pandemia Covid-19 passa muito pela capacidade de realizar testes. Quantos mais e mais cedo se conseguirem fazer, maior será a capacidade de isolar e tratar os cidadãos infetados, quebrando as cadeias de contágio.
Até agora, no nosso País, só estavam disponíveis os testes moleculares, designados por PCR. Para além de serem algo demorados, pois tratam-se de análises laboratoriais, estes testes têm um custo elevado, se comparados com a nova vaga de testes rápidos de antigénio. Tratando-se ainda de um método de recolha algo invasivo, com recurso às tão faladas zaragatoas, desengane-se quem possa pensar que os novos testes podem substituir os tradicionais. Mas podem completar-se…
Em Portugal, de acordo com o anúncio feito pelo Primeiro Ministro, António Costa, no passado sábado, os testes rápidos vão começar a ser utilizados de forma corrente a partir do próximo dia 9 de novembro, através dos técnicos da Cruz Vermelha Portuguesa. Na verdade, estes testes podem ser virtualmente analisados por qualquer pessoa. Apesar de bastante fiáveis, não são tão exatos como os PCR, razão pela qual devem ser acompanhados por técnicos que possam avaliar, para além do resultado do teste, os sintomas e o enquadramento de cada caso; decidindo sobre a necessidade de realização do teste habitual. Recorrem a uma recolha de sangue, que em alguns casos pode ser apenas uma gota. Depois de alguns minutos, com recurso a reagentes e a um código de cores ou de indicadores de positivo/negativo, o resultado fica disponível.
Serão, seguramente, mais uma ajuda na despistagem de casos em que haja a necessidade de avaliar o nível de contágio de um grupo de pessoas, por exemplo. Assim, será mais fácil tomar decisões de forma mais esclarecida e rápida sobre quem deve ou não ficar em isolamento por exemplo, numa turma de uma escola onde se descobriu um caso positivo. Ou numa ala de um lar. Ou num departamento de uma empresa. Ou até mesmo numa família. Serão, portanto, um bom método de rastreio e mais uma arma que em breve estará disponível para combater a pandemia Covid-19 em Portugal.