Dragão voa mais alto que a Ovarense
Escrito por AVfm em 06/11/2020
Desinspiração coletiva e incapacidade das referências para marcar a diferença. Com uma frase apenas podemos resumir a partida da Ovarense Gavex na Dragão Arena, contra o FC Porto, em jogo da 4ª jornada da Liga de Basquetebol Placard.
Depois de um arranque promissor no campeonato, com 2 vitórias em 3 jogos, os alvinegros partiam com esperança de dar boa réplica a um Dragão condicionado (ainda a contas com a COVID-19), mas rapidamente perceberam que a noite de terça-feira não seria para recordar pelos bons motivos. A entrada do FC Porto foi fulminante e, em menos de 5 minutos do primeiro quarto, os homens de Moncho López já venciam por mais de 10 pontos de diferença.
Com um 5 base igual ao que defrontou o Galitos na última jornada (André Silva, Brock Gardner, Kendall Jacks, Isaac Johnson e Trey Moses), a Ovarense parecia passiva em termos defensivos e também muito desacertada na hora de atirar ao cesto. A entrada de Pedro Bastos para a posição de base trouxe uma subida de nível na organização de jogo, mas nem o internacional português estava num dia sim, ele que somou apenas 4 pontos (um triplo, um lançamento livre) e uma assistência em todo o encontro.
O resultado no marcador, esse, andou sempre em número muito confortáveis para o FC Porto. De facto, a partida só não ficou decidida antes do intervalo porque, no final do primeiro período e durante o segundo, a Ovarense acertou algumas agulhas, nomeadamente na sua organização. Rodrigo Soeiro e, principalmente, Pedro Pinto, entraram com missões defensivas que galvanizaram os vareiros e impedirem que os atiradores do FC Porto se destacassem.
Ao intervalo, o jogo ditava apenas uma diferença de 11 pontos (41-30) a favor dos azuis e brancos. Por isso, era perfeitamente possível a Ovarense encetar uma recuperação. Mas, para isso, era necessário o jogo ofensivo dos comandados de Nuno Manarte sofrer uma volta de 180 graus… algo que não aconteceu.
A etapa complementar do desafio trouxe outra vez uma Ovarense intermitente e sem química entre os seus intervenientes. Mesmo os mais ativos na partida, casos como os de Trey Moses e Kendall Jacks, tentavam muitas vezes resolver os problemas com trabalho individual e, em muitos casos, com insucesso.
A relação turnovers-assistências ia crescendo a desfavor da Ovarense (terminou com um 25-11) e, do outro lado, para complicar, o FC Porto ainda aguçou mais a sua capacidade de tiro: em particular, Vladyslav Voytso. O luso-ucraniano somou 23 pontos ao longo de todo o jogo (5 em 5 na linha de três), mas também Max Landis (18 pontos), Larry Gordon (18 pontos), Brad Tinsley (14 pontos) e Eric Anderson (14 pontos), ultrapassaram a barreira dos dois dígitos pessoais. Larry Gordon e Eric Anderson conseguiram mesmo um duplo-duplo na noite da Dragão Arena.
Com um resultado acumulado de 66-43, o quarto e último período foi apenas um pro-forma. A Ovarense jogou os últimos 10 minutos de jogo com um ritmo de conformismo e viu os números da partida avolumarem-se ainda mais. O resultado final de 95-55 traz ao de cima a incapacidade dos vareiros em impedir que os dragões do FC Porto voassem mais alto e a seu bel-prazer.
Como é habitual fazer no rescaldo dos desafios que acompanha, a Rádio AVfm tentou chegar à fala com os técnicos da partida. A possibilidade de ouvir as declarações de Moncho López e Nuno Manarte foi-nos, no entanto, negada pela segurança e staff da Dragão Arena como medida de prevenção à propagação da pandemia COVID-19.
Ferida com um resultado pesado, a Ovarense terá de virar as suas baterias para o próximo sábado porque, em viagem aos Açores, terá um jogo importante perante o Lusitânia. A partida da 6ª jornada do campeonato realiza-se a partir das 20h30, no Pavilhão Municipal de Angra do Heroísmo.
Para trás, fica ainda, mais uma jornada em atraso: a que seria jogada contra o Maia Basket, no passado domingo. O desafio entre maiatos e vareiros já tem data reagendada, jogar-se-á no próximo dia 11, quarta-feira, no Pavilhão Municipal Nortecoope.
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