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Churrasqueira no quarto matou mãe e filha por intoxicação em Válega

Escrito por em 31/01/2022

Na tarde de 29 de janeiro, foram encontradas duas mulheres mortas, num dos quartos da sua residência, em Válega, à face da Estrada Nacional 109, no concelho de Ovar.

Segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS), as senhoras, mãe e filha, com 82 e 65 anos de idade, terão sido vítimas de intoxicação provocada por um braseiro dentro do espaço onde dormiam.

As vítimas terão acendido uma churrasqueira no quarto, que conduziu à intoxicação por monóxido de carbono. Tudo indica que já estariam mortas há alguns dias, quando foram encontradas.

Após o alerta, dado pouco depois do meio-dia, estiveram presentes no local ambulâncias com Suporte Imediato de Vida (SIV) de Oliveira de Azeméis e Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) de Santa Maria da Feira e de Vila Nova de Gaia.
Foram ainda mobilizados meios dos Bombeiros Voluntários de Ovar (BVO) e da Guarda Nacional Republicana (GNR).

Segundo o Jornal de Notícias (JN), as autoridades terão encontrado no interior da habitação uma carta, redigida por uma das vítimas, tendo por isso sido chamada a Polícia Judiciária (PJ) de Aveiro, que irá apurar as circunstâncias das mortes.​​​​

Os perigos do fogo em espaços fechados

Utilizar o fogo como fonte de calor pode revelar-se muito perigoso!

Sendo certo que o fogo utiliza o ar como combustível, num ambiente fechado, este acaba por consumir todo o oxigênio disponível, libertando monóxido de carbono.
Ao respirarmos o monóxido de carbono, este fixa-se nas hemácias, células do sangue responsáveis pela oxigenação. Mesmo que no espaço em causa ainda haja algum oxigênio restante, este deixa de ser absorvido, acabando por se dar uma asfixia.

As lareiras (e outros dispositivos de aquecimento), quando bem construídas e utilizadas adequadamente, não apresentam esse risco, já que o ar consumido chega do exterior, através da chaminé, por onde, por sua vez, é libertado o monóxido de carbono.

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Fotos: Salomão Rodrigues/Jornal de Notícias
Texto: Irina Silva

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