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SL Benfica viu-se forçado a «suar» para bater a guerreira Ovarense Dolce Vita

Escrito por em 19/11/2017

Com uma tarde repleta de modalidades no Pavilhão Fidelidade (Luz), o «prato de abertura» era um clássico do basquetebol nacional. O Sport Lisboa e Benfica recebia a Ovarense Dolce Vita em sua casa. Dadas as realidades distintas, em que os encarnados estavam invictos e os vareiros vinham de 3 derrotas consecutivas, certamente os adeptos da modalidade não esperavam o grande equilíbrio e a excelente montra da modalidade.

Foi uma agradável surpresa, para quem acompanhou o jogo, ver o líder do campeonato «tremer» para conquistar a vitória, frente a uma Ovarense cada vez mais sólida após a entrada de Jermel Kennedy.
O resultado final foi um 83 x 81, mas antes de revermos o filme do jogo, vamos conhecer as constituições iniciais…

Nuno Manarte, técnico da Ovarense, apostou num 5 base composto por Will Perry, Kyle Anderson, João Grosso, Cristóvão Cordeiro e Jermel Kennedy.
Já o seu colega profissional, José Ricardo, chamou ao 5 inicial do Benfica os nomes de Carlos Morais, João Soares, Jesse Sanders, Antywane Robinson e o ex-Ovarense, Raven Barber.

No primeiro período os vareiros entraram fortes, logo com seis pontos, alertando os encarnados para o perigo que seria facilitar, frente a uma formação «teoricamente» menos cotada.

Com base nesse primeiro alerta, os Lisboetas tiveram a melhor fase da primeira metade, ao conquistar 9 pontos consecutivos, apoiados na inspiração de Raven Barber, que esteve bastante activo.

Poderia pensar-se que estava ali o princípio de uma «cavalgada» fácil até à vitória do líder, mas a formação vareira cedo tratou de desmentir o presságio.
Muito à imagem de todo o jogo, os ovarenses responderam forte, e a perder 18 x 10 conseguiram 10 pontos consecutivos, o que lhes permitiu retomar a liderança.

No final do período o resultado acabou por estabilizar-se num 21 x 20, após um triplo dos visitados, já bem perto do final.

O segundo período foi decisivo para as contas finais. Apesar de nunca terem tido um ascendente claro, a verdade é que o SLB aos poucos e poucos, solidificado no seu jogo exterior, foi amealhando alguns pontos importantes e paulatinamente ampliou a distância. A determinada altura, a vantagem chegou mesmo a ser de 10 pontos.

A maior eficácia premiou os anfitriões com uma liderança de 8 pontos ao intervalo (42 x 34), traduzindo mal o equilíbrio entre as formações em campo.

As estatísticas eram o reflexo do maior acerto dos lisboetas (50% contra 40,7% dos forasteiros e 7 triplos com 50% de conversão) e do maior leque de opções vindas do banco, que se refletiam nos 16 pontos conquistados através dos suplentes. Já a Ovarense, podia-se congratular com o excelente aproveitamento dos 7 turnovers dos encarnados, em que arrecadou 12 pontos na transição ofensiva.

Os dois últimos períodos acabaram por ser muito idênticos na forma como decorreram. Ambas as equipas iam respondendo mutuamente às pequenas «corridas» de pontos consecutivos que tinham no encontro.

Os jogadores do Benfica, no decorrer do quarto período ainda dispuseram de 11 pontos à maior sobre os visitantes, mas os vareiros responderam sempre bem, através da inspiração dos seus jogadores estrangeiros, que iam aproveitando a boa movimentação colectiva para ganhar os espaços necessários para os seus lançamentos.

Na segunda metade do último período, a Ovarense, por breves momentos, ainda teve uma ligeira liderança no marcador, mas após um rápido desconto técnico de José Ricardo, o SL Benfica entrou convicto que encerraria o score a seu favor nos 4 minutos finais e conseguiu isso mesmo, ao abrir uma margem decisiva para o desfecho.

No último minuto, os vermelhos «congelaram» a vantagem preciosa ao deixar correr o cronómetro e ao aproveitar da linha do lance-livre. Ainda assim, ficou a sensação clara de que a Ovarense poderia ter conquistado algo mais, quando Will Perry concretizou 3 triplos consecutivos nas últimas jogadas da partida. Não fosse a escassez de tempo, e talvez o 83 x 81 final tivesse sido diferente…

Contudo, aceita-se o resultado final, uma vez que a equipa lisboeta liderou praticamente durante todo o encontro, independentemente da excelente réplica alvinegra.

Ao soar do «buzzer» final, as estatísticas eram a perfeita sinfonia das dificuldades do actual líder do campeonato. Tudo muito equilibrado, quer ao nível do lançamento geral (47,5% – 46,6%); quer do lançamento exterior (37,5% – 37%, com 9-10 em triplos convertidos); quer nos ressaltos (34-30); nas assistências (22-20); nos roubos de bola (7-6) e nos lances-livres convertidos (18-17), entre outros factores.

Todavia, fica a nítida sensação que os 36 pontos do Benfica, contra apenas 12 da Ovarense, de jogadores que saíram do banco, bem como o facto dos encarnados não terem cometido nenhum turnover no segundo tempo, acabaram por pender a balança a seu favor.

No capítulo individual, deve-se dar o destaque a Raven Barber (14 pontos e 6 ressaltos), a Robinson (11 pontos, 5 ressaltos e 4 assistências) e Carlos Andrade (9 pontos, 5 ressaltos e 4 assistências) pelo lado do SLB. No entanto, é de assinalar o grande equilíbrio colectivo, até nas estatísticas, dos jogadores lisboetas.

Já quanto aos visitantes, Kyle Anderson (22 pontos, 4 ressaltos, 3 assistências e 3 roubos de bola), Jermel Kennedy (17 pontos, 8 assistências e 6 ressaltos) e Will Perry (19 pontos e 5 triplos, ressaltos e assistências) estiveram claramente «ligados à corrente» durante toda a partida.

Helder Ferreira foi o repórter da AVfm no local. Ouça as entrevistas aos técnicos:

Nuno Manarte – Treinador da Ovarense DV

 

João Ricardo – Treinador do SL Benfica

 

Na próxima jornada, dia 30 de Novembro, a Ovarense Dolce Vita tentará capitalizar com vitórias este aumento na produção, apesar da tarefa complicada de receber o FC Porto, à procura de reagir do mau arranque no campeonato.

Veja a fotogaleria:

 


Fotos: Helder Ferreira
Texto: Helder Ferreira

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