Esmoriz GC de nível alto ainda chateou Sporting CP
Escrito por AVfm em 02/12/2017
Em feriado de dérbis e clássicos, houve um jogo muito especial que passou despercebido à maioria dos adeptos do desporto, mas não aos fãs de voleibol… nem à Rádio AVfm! Há 22 anos que um clássico entre Esmoriz GC e Sporting CP não se realizava e, por isso, na época de regresso dos leões à modalidade; na receção dos da Barrinha à turma de Hugo Silva, o pavilhão do EGC vestiu-se de gala para este desafio de cariz muito particular.
O resultado foi um excelente exemplo do que o voleibol português tem de melhor para oferecer. Uma ode que caiu para o lado do superfavorito Sporting, que encontrou um Esmoriz à altura durante todo o encontro. Algo que satisfez os muitos adeptos esmorizenses que compareceram à chamada e que, mesmo no final de um 0 x 3 (22 x 25 | 17 x 25 | 20 x 25), não se coibiram de bater palmas aos seus jogadores.
Por falar nos protagonistas, do lado da casa não houve – sem surpresas – nenhuma novidade nos titulares. Bruno Lima lançou Bruno Gonçalves, José Pedro, Ricardo Alvar, André Rosa, Mário Fortes, Paulo Gomes e os líberos Diogo Neto e Pedro Ribeiro (que se dividiram entre receção e defesa).
Já o Sporting, orientado pelo técnico Hugo Silva, foi a jogo com José Monteiro, Dennis, João Simões, Luke Smith, Robinho, Kibinho e João Fidalgo (líbero). Os destaques prendiam-se com a inclusão de João Simões, zona 4 que representou o Esmoriz no final da última década; e com o suplente Miguel Maia, o veteraníssimo de 46 anos que também já jogou na Barrinha e que continua a provar que é de uma casta apurada: quanto mais velho melhor.
Dentro do terreno de jogo, as coisas não podiam ter começado mais acesas. Mostrando um voleibol de nível elevado, o Esmoriz GC equilibrou a contenda e chegou a liderar o marcador contra um surpreendido Sporting. O serviço dos leões não foi o melhor e, do lado dos da casa, as combinações apareceram bem oleadas e a tranquilidade gerou-se à medida que o set avançava.
O placard chegou a mostrar um 18 x 18 e, à entrada para os 20 pontos, as coisas podiam cair para qualquer lado. Lendo bem a situação e com tempos para pedir, Hugo Silva fez uso dessa arma e obrigou os seus homens a entrarem com nova compostura para jogo. O Sporting não deu uma única bola de graça e, apesar da boa réplica do outro lado da rede, fechou o set com um 25 x 22.
Podia esperar-se que o baque ia deixar o Esmoriz fora de combate, mas a equipa estava num daqueles dias em que queria ser «chata» contra os gigantes. O segundo parcial parecia tirado a papel químico do primeiro e, mais uma vez, equilíbrio não faltou. No entanto, assim como acontecera antes, o Sporting mostrou o porquê de ser segundo na tabela classificativa e; na fase final do set, ainda foi mais autoritário do que no parcial anterior. As contas fecharam com um 25 x 17 a favor dos lisboetas, com o EGC a mostrar debilidades pela primeira vez nesta jornada.
Bruno Lima tinha tentando agitar a partida ao lançar o distribuidor David Marques na fase final do segundo set, mas regressou a Bruno Gonçalves e ao seu plano A no reatar. Mesmo assim, o Esmoriz já não estava com o mesmo andamento. Vários erros no ataque deixaram a equipa descrente e o marcador só não descolou a favor do adversário porque o Sporting preferiu ter uma supremacia controlada.
Sempre com uma margem de 4 ou 5 pontos e com Miguel Maia e Lourenço Martins em campo, os leões viram, do outro lado, os suplentes esmorizenses terem a sua chance no final do jogo. Algo que não surgiu na tentativa de mudar o rumo dos acontecimentos, mas mais para que todos tivessem a oportunidade de viver o clássico por dentro. Vlado e Pimpão ainda mostraram bons atributos mas a vitória estava selada. O terceiro set fechou com um 20 x 25 e o Sporting saiu do norte do país com a margem máxima no bolso.
Algo que não abala as aspirações do Esmoriz. Depois de vencer o Castêlo da Maia, a turma de Bruno Lima mostrou mais uma vez que está a pisar os trilhos da boa forma. Na corrida aos 8 primeiros da classificação (onde atualmente é, precisamente, 8º), o EGC fixa o seu objetivo nos jogos do «seu campeonato» e contra adversários onde possa criar verdadeira mossa.
Pedro Silva foi o repórter da AVfm no local. Ouça as entrevistas aos técnicos:
Bruno Lima – Treinador do Esmoriz GC
Hugo Silva – Treinador do Sporting CP
Já amanhã, novamente em casa, a equipa procura regressar aos triunfos contra a AA Espinho. Um desafio onde os esmorizenses podem assumir o favoritismo contra o 12º da classificação e onde vão, provavelmente, estar também de olho no que fará o Leixões, rival direto na tabela, na visita às Caldas.
Um jogo que contará com relato e rescaldo dos treinadores em direto na AVfm!
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