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Avaliação “risco-benefício” favorável à vacinação contra a Covid-19 de crianças dos 5 aos 11 anos de idade

Escrito por em 10/12/2021

A Direção-Geral da Saúde (DGS) já tinha anunciado a recomendação da vacinação contra a Covid-19 em crianças dos 5 aos 11 anos, mas foi na noite de ontem, 9 de dezembro, que revelou a justificação técnica, referindo que “resulta de estudos internacionais” e da “avaliação de risco-benefício”.

Este último fator, “risco-benefício”, é favorável à vacinação universal de crianças desta faixa etária, com prioridade nas que apresentem comorbilidades consideradas de risco, podendo dar origem a infeções graves por Covid-19. A vacina a utilizar será a Comirnaty®, detentora de parecer positivo da Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

Graças a um ensaio clínico que envolveu mais de 2.000 crianças, foi possível avaliar a eficácia (90,7%) e segurança da administração da vacina (perfil semelhante ao usado na população com mais de 12 anos), concluindo-se que os benefícios superaram os riscos para a nova faixa etária em estudo.

A DGS adiantou também que as crianças dos 5 aos 11 anos representam 40% do total de infeções em pessoas com menos de 18 anos. Sustentou ainda que “a Covid-19 é ligeira na grande maioria das crianças, com um risco médio de hospitalização de 0,2% durante o ano de 2021, em Portugal”.

A Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19 prevê que a nova variante Ómicron possa incidir mais nas crianças dos 5 aos 11 anos do que aquilo que foi assumido na análise risco-benefício. Contudo, recorda que a vacinação contra a Covid-19 tem demonstrado elevada efetividade contra a doença grave, mesmo perante o surgimento de novas variantes que foram associadas a uma menor eficácia vacinal contra a infeção.

Segundo os dados disponíveis, a referida Comissão adianta que: “Em quatro meses (dezembro de 2021 a março de 2022), uma cobertura vacinal de 85% das crianças com 5 a 11 anos, assumindo uma efetividade contra hospitalização de 95%, e assumindo um cenário de incidência mediana idêntico ao registado no período homologo (entre dezembro de 2020 e março de 2021), estima-se que evitaria 51 (9 a 147) hospitalizações e 5 (1 a 16) internamentos em Unidade de Cuidados Intensivos. Neste período, assumindo uma taxa de ocorrência de mio/pericardites pós-vacinação com Comirnaty semelhante à registada para os 12-15 anos (1,3/100.000 doses), esperam-se 7 mio/pericardites associadas à vacinação”.

Um grupo de especialistas em Pediatria e Saúde Infantil assume que “deve ser dada prioridade à vacinação dos adultos e dos grupos de risco, incluindo as crianças dos cinco aos 11 anos” e que a avaliação “risco-benefício” foi realizada por um grupo de trabalho experiente.
Todavia, consideram prudente aguardar por mais dados esclarecedores, antes de ser tomada uma decisão final quanto à vacinação universal desta faixa etária.

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Fotos: Direitos Reservados
Texto: Irina Silva

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