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BASQUEIRAL e BASQUEIRART são sinónimos da resiliência dos agentes culturais amadores

Escrito por em 17/06/2021

O Festival BASQUEIRAL está de volta, pleno de energia acumulada para libertar

Desde o início que este tem sido um festival de música que promove outros sentidos que não a audição. Depois de, no ano de 2020, a pandemia ter obrigado a organização a ficar-se pelo warm-up, levantando a ponta do véu quanto a um novo caminho que se adivinhava (ainda mais) alternativo, surge agora reinventado, num formato menos concentrado no tempo e mais focado em cumprir uma missão que a arte encerra desde sempre: colocar massas cinzentas em funcionamento. Sem deixar de lado a vivência de boas experiências, claro!

Numa altura em que a tortura das normas anti pandemia ainda paira sobre artistas e organizações de eventos, enchem o peito de ar e avançam para um conjunto alargado de momentos artísticos e multidisciplinares. Estamos em crer que o lema anterior do BASQUEIRART, um “festival dentro do festival”, corre o risco de passar a ser “o novo festival”…

A edição 2021 do BASQUEIRART resulta da organização conjunta da Basqueiro – Associação Cultural e do Museu de Santa Maria de Lamas, uma parceria que se amplifica e amadurece, tendo conseguido chegar ao sempre difícil apoio da Direção-Geral das Artes (DGARTES).

O festival decorrerá entre os dias 19 de junho e 22 de agosto, com uma programação de fundo ininterrupta, que se intensificará aos fins de semana, na simpática vila de Santa Maria de Lamas, uma das freguesias do concelho de Santa Maria da Feira.

Desde o início que o BASQUEIRART tem procurado, ano após ano, debruçar-se sobre questões incontornáveis da atualidade, utilizando a arte como meio de consciencialização e debate de ideias. Nesta edição, o tema será a Sustentabilidade Ambiental do Planeta. Pertinente, será esse o fio condutor da vasta programação cultural prevista, que contemplará exposições, residências artísticas, intervenções no mobiliário urbano, sessões de cinema, performances multidisciplinares, arte urbana e vários concertos.

Resumindo todas as ofertas do programa, BASQUEIRART irá apresentar:

  • 1 Exposição de Fotografia,
  • 13 Concertos,
  • 8 Sessões de Curtas e Longas-Metragens,
  • 4 Residências Artísticas,
  • 4 Espetáculos Performativos,
  • 1 Mural de Arte Urbana de grande escala,
  • 6 Instalações Artísticas,
  • 1 Intervenção Comunitária no Mobiliário Urbano.

O arranque dar-se-á já no fim de semana que se avizinha, a 19 e 20 de junho, celebrando-se a chegada de música alternativa ao vivo, com o interior adaptado do Museu de Lamas a chamar-nos para a inauguração de uma brilhante e chocante mostra fotográfica.

  • Concerto de abertura | Indignu | 19 de Junho | 22h00

No próximo sábado, 19 de junho, a abertura oficial do festival será assinalada com o concerto de Indignu. O percurso sonoro da banda, com mais de uma década, é inequivocamente trilhado em geografias onde o pós-rock é a paisagem dominante.

Contam com passagens pelos principais palcos nacionais e várias tournées pela Europa, incluindo o DunkFest, o mais importante festival de pós-rock europeu. Mais recentemente, em 2019, estiveram no Festival VIVID, na Noruega.

O concerto tem a duração prevista de 90 minutos e terá início às 22h00, nas arcadas do Museu de Santa Maria de Lamas. As portas estarão abertas a partir das 20h30, já que os bilhetes, com o custo de 5,00€ e limitados à lotação máxima de 50 pessoas, garantem o acesso exclusivo e gratuito à exposição de fotografia, que apresentamos abaixo.

  • Inauguração da exposição “Living Among What´s Left Behind” | Mário Cruz | 20 de Junho

No domingo, 20 de junho, será aberta ao público exposição “Living Among What´s Left Behind” do fotojornalista Mário Cruz.

A assombrosa exposição de fotografia permanecerá durante todo o ciclo de programação do BASQUEIRART nas salas do Museu de Santa Maria de Lamas, transformadas para recriar o ambiente retratado pela exposição com o recurso a instalações artísticas que usaram cerca de uma tonelada de lixo…

A mostra reúne imagens captadas durante um mês nas Filipinas, onde Mário Cruz visitou comunidades que vivem ao longo do rio Pasig, declarado biologicamente morto na década de 1990. Testemunha uma situação extrema de pobreza e poluição ambiental, apontando um exemplo do perigoso caminho que a humanidade está a trilhar, ignorando o meio ambiente e as necessidades humanas básicas.
Os seus instantâneos foram premiados em 2019 pela World Press Photo, na categoria de Ambiente.

O fotógrafo Mário Cruz foca o seu trabalho em assuntos relacionados com a injustiça social e os direitos humanos. Os seus instantâneos têm vindo a ser divulgados e reconhecidos um pouco por todo o mundo.

Os bilhetes custam 3,00€ (adulto) ou 2,00€ (sénior, estudante ou portador de cartão jovem), sendo adquiridos no próprio Museu, durante o seu horário normal de funcionamento.
Em dias de concerto, a entrada na exposição é gratuita para quem apresentar à entrada o respetivo bilhete.
Nos dias da inauguração e do encerramento, a entrada também será grátis.


Fotos: Direitos Reservados
Texto: Irina Silva

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