Campeonato de Portugal: Continua o “enguiço” do golo; Florgrade volta a ficar a zeros e empata em casa

Mais oportunidades, mais posse de bola, maior domínio territorial… o mesmos golos do adversário: zero. A Florgrade continua com um “enguiço” no que a golos no Campeonato de Portugal diz respeito e, embora até tenha somado um ponto na receção ao Oliveira do Douro, o empate de 0-0 não satisfaz em nada as ambições corticeiras.

Volvidas que estão quatro jornada de Série B de Campeonato de Portugal, o primeiro golo continua a tardar. No Parque do Buçaquinho, a Florgrade recebia o Oliveira do Douro com a intenção de repetir a boa exibição da semana anterior – onde bateu o Beira-Mar para a Taça de Portugal – mas, embora até tenha estado ativa ofensivamente, voltou a claudicar na hora de finalizar e saiu de campo com um nulo sem sabor e apenas um ponto somado.

Com Mica e Tiago Jogo na bancada, a inclusão de Roberto na ala direita (repetindo a titularidade do duelo da Taça) e de Pedro Sancho no meio-campo (provando que é um “faz tudo” nesta Florgrade) foram as grandes novidades no onze de André Ribeiro. A Florgrade apresentou-se com um 3x4x3 mais solto de pressão que em semanas anteriores e rapidamente assumiu as rédeas do ritmo de jogo.

Do lado contrário, um Oliveira do Douro vitorioso na última jornada (2-0 sobre o Gondomar), uma equipa a espreitar o contra-ataque e bem povoada no setor mais recuado. Os portuenses passaram por algumas dificuldades ao longo do encontro, mas mantiveram sempre o discernimento para aguentar o 0-0.

A Florgrade dispôs de várias oportunidades de bola corrida, entre as quais um remate ao poste ainda na etapa inicial. A melhor chance de todas, contudo, surgiu de bola parada.

Com uma grande penalidade a seu favor, os corticeiros acabariam por ver Fábio Vieira a desperdiçar uma chance clamorosa para inaugurar o marcador. Vieira que, de resto, até estava ser um dos melhores elementos em campo mas que, depois ver o seu penálti defendido por Miguel Paiva, acabaria por juntar outra azar à sua tarde: saiu lesionado perto do intervalo.

A segunda parte da Florgrade, mesmo que ainda com domínio das operações, não trouxe tantas oportunidades. Destaque para uma expulsão para cada lado (Gonçalo Zuzarte e Jaime Poulson) e, no que diz respeito ao jogo jogado, para uma finalização de Ben Koneh – que entrou no decorrer da partida – sobre a esquerda e que acabaria por ser o melhor lance corticeiro na fase final do encontro.

E se, numa primeira fase da partida, a Florgrade mostrou maior capacidade de gerir a pressão dos resultados recentes e não revelou ansiedade na construção, os 20 minutos finais deste jogo (10’+10′ de compensação) trouxeram ao de cima a impaciência e frustração pela ausência de golos e vitórias.

A equipa perdeu um pouco o seu norte e nem um nem outro chegariam para alegrar os adeptos que passaram uma tarde chuvosa a puxar pelos jogadores. Um empate a zero, um segundo ponto na classificação da Florgrade e uma permanência num desconfortável 13.ª e penúltimo lugar da tabela.

Não havendo tempo para carpir mágoas, a Florgrade terá agora de voltar a “mudar o chip” para a Taça de Portugal, onde enfrenta o Paredes na segunda eliminatória, já no próximo fim-de-semana. Novamente contra um rival da Série B do Campeonato de Portugal, a formação de Cortegaça joga, desta feita, fora de portas.

Já no que diz respeito ao Campeonato de Portugal, o regresso está apenas agendado para o próximo dia 1 de Outubro, quando a Florgrade visitar o Marco 09, atual último classificado da série de 14 equipas.

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Imagem: Direitos Reservados
Texto: Pedro Silva