CCR Válega afastado da Taça de Aveiro ao “badalar do Gongo”

As expectativas do Válega para esta edição da Taça eram redobradas. Mesmo sabendo que a tarefa era árdua e os adversários seriam sempre complicados, Paulo Gomes era a voz da ambição de levar o Válega a mostrar-se nesta competição. Do outro lado, havia um Mansores que na época transacta já tinha feito uma “graça” ao chegar à quarta eliminatória, com os “holofotes” apontados à mesma trajetória. No final das contas, os valeguenses acabaram mesmo por “ofuscar-se” com a superioridade numérica, perdendo do seu alcance a terceira eliminatória com um tento no último fôlego ofensivo dos caseiros…

Morno foi o primeiro tempo, mornas as luvas dos guardiões…

A primeira parte limitou-se a um encaixe tático previsto pelos dois técnicos. O CCRV tinha algumas dificuldades com o seu jogo interior e, os momentos em que conseguiu explanar o seu futebol ofensivo, limitaram-se a lançamentos directos nas alas à procura da velocidade dos seus extremos. Do outro lado, a UD Mansores demonstrava idênticas dificuldades, sendo palavra de ordem a superioridade dos processos defensivos.

Pouco havia para mostrar ao intervalo, com poucos remates acrescentados à estatística de uma primeira parte monótona nas oportunidades, mas muito batalhada a meio campo.

Havia de se dar a “chicotada” na estratégia…

Com algumas alterações de Paulo Gomes após o descanso, sobretudo no posicionamento da sua equipa, o Válega melhorou substancialmente e viu-se uma melhor mobilidade no eixo ofensivo.

Essa maior mobilidade, trouxe uma boa jogada de entrosamento pela direita do ataque, protagonizada por Filipe Lírio, que culminou num grande remate de Diogo Maurício à entrada da área, após ressalto da defesa, inaugurando os visitantes o marcador à passagem do minuto 57.

Podia pensar-se que o CCR Válega podia embalar para a vitória mas, poucos minutos depois, após um infortúnio de Pedro Santos ao dominar a bola com o braço de um mau alívio dentro da área, Mateus converteu de grande penalidade, volvidos 4 minutos.

Há expulsões que vêm por mal, vai-se lá perceber…

A sorte pareceu ainda querer sorrir aos Valeguenses, momentos após a igualdade, com a expulsão de Teixeira. No entanto, os quase trinta minutos em superioridade numérica, levou-os a uma desorganização nos métodos de construção ofensiva e, com o desafio muito partido, acabou o Mansores por flanquear bem o seu jogo e resguardar-se da inferioridade de jogadores em campo.

E, num encontro tão quebrado, expôs-se ao azar que lhe aconteceu com alguma naturalidade no último ataque do Mansores. Vila Cova bem que correu para cruzar aquela bola ao primeiro poste, onde apareceu Pedrosa, no meio de vários corpos, a cabecear e a sentenciar a decisão da eliminatória. Inglória a queda do Válega, que pelo menos merecia ter levado a discussão para a marca de grandes penalidades.

À Rádio AVfm, Paulo Gomes mostrou-se insatisfeito pelo resultado e desolado com a eliminação precoce da sua equipa. Faltou, segundo a sua opinião, que a sua formação tivesse maior discernimento nos momentos decisivos e que capitalizasse mais a sua melhor fase na partida.

Fiquem com as palavras de ambos técnicos ao microfone do repórter Helder Ferreira, no rescaldo da partida:

Taça Pecol-Powertools (Taça de Aveiro) – II Eliminatória – UD Mansores x CCR Válega

UD Mansores
Equipa Inicial: Rafa; Nuno Gomes, Sérgio Nel (c), Zé Manel, Teixeira; Alex, Filipe Avó, Mateus; Gui, silva e Leandro.
Suplentes Utilizados: Hugo, Pedrosa, Vasconcelos e Vila Cova.
Suplentes: Matos, Rui Pinho e Marcelo.
Treinador: Rui Rocha

CCR Válega
Equipa Inicial: Cláudio Aguiar; Rodrigo Cabral, Pedro Santos (c), Leandro, Bernardo; Armando, Diogo Maurício; Filipe Lírio, Tiago Fragoso, Rendilheiro e Muge.
Suplentes utilizados: Faria e Foka.
Suplentes: Alex, Zé Coelho, Kikas, Fabinho e Dário.

Resultado ao intervalo: 0 x 0

Resultado final: UD Mansores 2 (Mateus 61′; Pedrosa 92′) – CCR Válega 1 (Diogo Maurício 57′)

MVP: Alex (UD Mansores)

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Fotos: Direitos Reservados
Texto: Helder Ferreira
Áudio: Jaime Valente
Reportagem: Helder Ferreira