Centros de Saúde passam a poder fazer rastreio de clamídia e gonorreia

Os centros de saúde passam a poder fazer rastreio e diagnóstico de clamídia e gonorreia, duas das Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST) mais prevalentes na Europa.

A introdução destes novos Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT) nos cuidados primários, surge associada ao alargamento aos cuidados de saúde primários do acesso à Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), uma estratégia preventiva da infeção por VIH, que implica a necessidade de rastrear também outras infeções sexualmente transmissíveis.

Os médicos dos centros de saúde passam, assim, a poder prescrever as análises para pesquisa de clamídia e gonorreia, que poderão ser feitas na Unidade Local de Saúde respetiva ou no setor convencionado.

Com a disposição destes dois novos meios de diagnóstico nos cuidados primários, ficam criadas as condições para o alargamento do acesso à Profilaxia Pre-Exposição ao VIH, que prevê a comparticipação de medicamentos para o efeito, medida de saúde pública que é considerada fundamental para a diminuição da transmissão de VIH, com vista à eliminação desta epidemia.

Esta medicação era disponibilizada exclusivamente em consultas específicas nos hospitais, mas, com esta medida agora operacionalizada, passa a poder ser também prescrita nos cuidados primários e em consulta médica acessível em organizações de base comunitária, podendo ser dispensada nas farmácias comunitárias. Foi estabelecida uma comparticipação de 69%, não podendo o seu preço ultrapassar os 40 €uros mensais, com um custo até 12 €uros para os utentes.

Atualmente, há cerca de 4.500 pessoas em Portugal a fazer PrEP, implementada em 2018, estimando-se que as várias medidas tenham contribuído para a diminuição de cerca de 38% de novos casos de VIH nos últimos cinco anos.

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Fotos: Direitos Reservados
Texto: Irina Silva