Comunistas querem o SNS mais forte e garantir os direitos dos trabalhadores
Escrito por AVfm em 23/03/2020
A pandemia provocada pelo Coronavírus propagou-se em grande escala no Município de Ovar. O PCP considera como prioritário a aplicação de medidas de contenção, através do reforço imediato do Serviço Nacional de Saúde.
Toda esta situação fez com que as medidas necessárias evidenciassem consequências seguidas ao longo de décadas para a cidade de Ovar que o PCP tem denunciado:
- Desinvestimento no SNS
- Desvalorização das carreiras
- Precariedade laboral
- Facilidade em descartar trabalhadores essenciais ao desenvolvimento do País
Os comunistas tentaram desde sempre defender o Serviço Nacional de Saúde, alertando que o mesmo deve ser público, universal e gratuito; mantendo as áreas de atuação e os profissionais adequados às necessidade das populações.
Assim, em Ovar, o PCP tem lutado pela permanência das valências do Hospital Dr. Francisco Zagalo exigindo a requalificação do bloco operatório e a dignificação de todos os seus profissionais.
Em Maceda, dois anos após a inauguração, o pólo da USF Laços encerrou, por falta de profissionais de saúde e o PCP prontamente reivindicou e sustentou a necessidade da sua reabertura; com dados estatísticos contra dados financeiros. Nos dias duros que estamos a viver este equipamento de saúde faz mais falta do que nunca!
Em Válega, o PCP contestou também a demora da requalificação da USF Alpha, que sujeitava os utentes de Válega a condições de utilização inadequadas.
O PCP insiste veementemente que a pandemia não pode criar oportunidade a ataques a direitos e rendimentos dos trabalhadores por parte do grande capital.
No concelho de Ovar, o PCP denuncia os vários atropelos aos direitos dos trabalhadores que algumas entidades patronais tentam implementar nesta fase, tais como a imposição de férias forçadas e a insistência de algumas fábricas em manter a sua actividade, não acatando as ordens das autoridades e colocando em causa a segurança dos trabalhadores e a saúde pública.
A soberania nacional estimulada pela capacidade produtiva nacional e regional assume agora ainda mais importância.
É necessário garantir o apoio equilibrado aos pequenos e médios agricultores e às Micro, Pequenas e Médias Empresas com linhas de financiamento específicas. Esta urgência deve seguir uma lógica de uso disciplinado dos recursos públicos, contrariando a possibilidade de acumulação de capital baseado nos apoios estatais.
Por outro lado, o PCP aplaude os profissionais das mais diversas áreas que estão a dar o seu contributo, crucial para as medidas que foram decididas tenham sucesso, mantendo a nossa cidade e o país a funcionar.
Os comunistas reafirmam que existem respostas imediatas que têm que ser levadas a cabo com a perspectiva de contenção/mitigação do surto epidémico mas, também, que assegurem a garantia de direitos e rendimentos do povo e dos trabalhadores.
Essencial será tomar medidas de fundo, baseadas na política patriótica e de esquerda, a única capaz de dar resposta coerente e integral aos problemas do SNS, valorizando o trabalho e os trabalhadores, os salários e as pensões. Para os comunistas, só essas políticas poderão garantir a afirmação de Portugal como um estado livre e soberano.