DGS e ASAE recomendam o não consumo de Broa de Milho até que se confirme segurança alimentar

A Direção-Geral da Saúde (DGS) e a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) recomendam o não consumo de broa de milho em localidades dos distritos de Aveiro, Coimbra, Santarém e Leiria, enquanto decorre uma investigação à toxinfeção alimentar associada a este alimento.

Estas entidades, em comunicado conjunto publicado a 10 de agosto, indicam que nas últimas semanas, entre 21 de julho e 9 de agosto, foram detetados 187 casos suspeitos de toxinfeção alimentar associados ao consumo de broa de milho nestas áreas específicas do país.

Os casos registados apresentavam os sintomas de secura da boca, alterações visuais, tonturas, confusão mental e diminuição da força muscular, cerca de 30 minutos a duas horas após a ingestão de alimentos. Na maioria dos casos os sintomas desapareceram em poucas horas, com apenas 43 a necessitarem de cuidados hospitalares.

A DGS e a ASAE afirmam que a broa de milho deverá continuar a ser um integrante da dieta dos portugueses, contudo, neste contexto de suspeita de toxinfeção alimentar, é recomendável que se interrompa o consumo deste alimento nas áreas geográficas identificadas, enquanto decorre uma investigação por parte das autoridades competentes e o alimento seja considerado seguro novamente.

Para já, suspeita-se que a origem da toxinfeção possa estar relacionada com a farinha usada na confeção da Broa de Milho. As entidades competentes estão a proceder à realização de análises ao alimento e matérias-primas, e à inspeção de operadores económicos para identificação dos lotes de matérias-primas utilizados.

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Fotos: Direitos Reservados
Texto: Irina Silva