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Ex-professora a contas com a justiça por vender o recheio de casas arrendadas

Escrito por em 15/04/2021

Uma mulher de 44 anos confessou, na passada sexta-feira, no Tribunal de Santa Maria da Feira, ter vendido bens de apartamentos, onde residiu em regime de arrendamento, para poder sobreviver.

Não olhei a meios para atingir os fins e fi-lo da forma mais errada possível

disse a arguida, durante a primeira sessão do julgamento

A arguida, que responde por um crime de burla, outro de abuso de confiança e dois de falsificação de documentos, alega que praticou tais ilícitos para poder sobreviver e conseguir a guarda partilhada de um filho menor.

A mulher, à data dos acontecimentos professora do ensino secundário, atualmente trabalha em limpezas, tendo confessado, na íntegra e sem reservas, os factos descritos na acusação. Explicou mesmo que vendeu equipamentos que não lhe pertenciam para pagar as rendas e comprar comida para os dois filhos, um de oito meses e outro de 11 anos de idade.

Naquela altura não tinha discernimento. Fi-lo por dois filhos e por uma necessidade enorme de sobrevivência

afirmou a arguida

A ex-professora terá arrendado um apartamento em Santa Maria da Feira, em janeiro de 2017, indicando como fiador o seu ex-companheiro. Celebrou o contrato para o fornecimento de água no nome dele, sem o seu consentimento, tendo, em ambas as situações, falsificado a assinatura do homem. Posteriormente, entre março e julho de 2017, a mulher terá retirado dessa casa diversos móveis e eletrodomésticos, avaliados no total de 3.435€ (três mil quatrocentos e trinta e cinco €uros).

A mulher está ainda acusada de ter vendido uma placa de fogão retirada de outra habitação, em Ovar, onde chegou a viver com o ex-companheiro.

Anteriormente, a arguida foi condenada no Tribunal de Ovar por um crime de abuso de confiança, por se ter apropriado de alguns objetos dessa habitação, que vendeu para proveito próprio.


Fotos: Direitos Reservados
Texto: Irina Silva

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