“FESTA” recoloca Ovar no centro da cultura Lusófona, em mais um dia pensado para as famílias no meio da natureza

Parece que foi ontem a última edição, mas já lá vão dois anos sem que o FESTA, devido às condicionantes provocadas pela pandemia Covid-19, aconteça. Estará de volta a 9 de Julho, sábado, para mais um dia repleto de música, natureza e atividades para toda a família.

O evento que pretende celebrar a alegria, a cultura plural, a tolerância, a paz e a vida, oferece várias expressões artísticas, com a música a ser a grande protagonista do FESTA. Parecendo ter encontrado a sua identidade, a iniciativa regressa à Lusofonia como pano de fundo, reunindo artistas de várias comunidades portuguesas, com expressões, estilos e notoriedades diferentes.

Assim, o FESTA levará a multiculturalidade ao Parque Urbano da Cidade de Ovar, espaço de lazer e de contacto com a natureza por excelência, com capacidade para acolher milhares de participantes. No que diz respeito à música, aí acontecerão 6 concertos e 1 DJ set, espalhados por 3 palcos que se designarão “Verde”, “Rio” e “FESTA”.

Será no pulmão verde da cidade, mas não só, que surgirão projetos com o envolvimento da comunidade, atividades de animação para as famílias, projetos deambulantes, oficinas e jogos. Um dia diferente e bem preenchido, como poderão aferir ao conhecer o programa do FESTA 2022:

– Atividades para toda a Família –

Animação de rua itinerante, recria o imaginário e a memória dos vendedores ambulantes que usavam a bicicleta como meio de transporte e local de venda. A sua mercadoria carrega emoções e surpresas de um mundo onde o sabão é matéria prima em constante transformação.

Enquanto apregoa os seus produtos e percorre as ruas, o Sr. Sabão interage com os seus possíveis clientes…

Um dragão inofensivo, com um feitio muito especial, que se dá pelo nome de “Tiro” e o seu companheiro humano “Liro” vão invadir o Parque Urbano.

Interativos, divertidos e peculiares, têm a capacidade de transportar crianças e adultos para um universo de fantasia, envolvendo-se e interagindo com o público e o espaço, num contexto descontraído e amigável!

Um conjunto de mais de 30 jogos artesanais de madeira, vão assegurar muita diversão, com brincadeiras originais para todas as idades, dos miúdos aos graúdos.
Oportunidade para desfrutar de incríveis jogos de habilidade, construção, engenhosidade e muito mais…

Atividade que parte de um workshop que aposta na reciclagem para criar instrumentos de percussão, reutilizando criativamente materiais que deixaram de ter a sua utilidade.

Após a criação dos instrumentos e alguns ensaios, a apresentação final da oficina decorre durante o FESTA, afirmando artisticamente os valores da comunidade e da região e proporcionando um ponto de encontro entre o público júnior, adulto e familiar.

– Música –

Jéssica Pina tem, desde tenra idade, o seu instrumento de eleição: o trompete. O trilho percorrido até aqui, com formação jazzística, levou-a a ser convidada por Madonna para integrar a sua digressão mundial “MADAME X”. Depois desta experiência, a trompetista, compositora e cantora decidiu regressar a Portugal e investir no seu mais recente EP, “Vento Novo”, conquistando o público.

Desse trabalho discográfico já são conhecidos os videoclipes de “Vento Novo”, “Romeu” e “Drama Queen“, todos com assinatura de João Pedro Moreira, responsável por vídeos de outros artistas como Dino D`Santiago, Branko, Rita Vian e Teresinha Landeiro, entre outros.

Em 2022, Jéssica Pina traz ao FESTA um grande espetáculo musical, acompanhada por Anderson Ivo nos Teclados e Francisco Santos na Bateria.

“FERVER: borbulhar, queimar, arder, origem da palavra [frevo]”. Este é um projeto de Frevo, formado por músicos portugueses e brasileiros.
A linguagem musical funde o frevo tradicional, nomeadamente o “frevo de rua”, oriundo de Pernambuco (Brasil), com o Jazz e outros ritmos sul-americanos, através de temas originais. O Projeto Ferver já lançou o seu álbum de estreia “Um Outro Frevo”, que exemplifica a procura do coletivo pelo frevo de fusão.

Formado por sopros, cordas e percussão, e contando com participações especiais, o Projeto Ferver promete contagiar o público do FESTA com os seus ritmos rápidos e sons vibrantes.
Em palco, juntar-se-ão Ivo Pinho no clarinete, Rúben Raimundo no saxofone, Rudson Ricelli e Miguel Pais no trompete, Klênio Barros no trombone, Iury Matias na guitarra, Gonçalo Sarmento no baixo, Felipe Bastos na bateria, Saulo Giovannini na percussão, Sónia Sobral no acordeão, Pedro Aragão no bandolim, Laura Santos na voz e Maria de Jesus Granja, Leonor Matos, Graça Coelho, Susy Ventura, Clara Gonçalves e Luana Sousa no coro.

O cantor e compositor carioca, a residir em Portugal há quatro anos, traz na bagagem quatro álbuns, dois gravados no Brasil (“Dois” de 2014 e “A Dança do Mundo” de 2016) e outros dois lançados em Portugal (“Vicentina” e “Beleza Isolar“, ambos editados em 2020).

Leo Middea nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, a 27 de Abril de 1995. As suas grandes influências são Gilberto Gil, Caetano Veloso e Jorge Benjor, justificando admirar a sonoridade dos seus trabalhos e as suas mensagens, com letras tão simples e tão complexas.

No FESTA, o cantor e guitarrista vai subir a palco com Tomaz Lenz na Bateria e Johnny Jow no Teclado, realizando uma retrospetiva do seu trabalho, ao interpretar temas “bem alegres” de cada álbum. Não faltarão oportunidades para “pular, dançar e curtir“, numa fase pós-pandemia e de necessidade de conviver!

O berço que vê nascer Fogo Fogo é vibrante e especial: é uma Lisboa onde cabe toda a África, sobretudo a que fala português, tanto a do futuro como a do passado. Um lugar onde ainda é possível encontrar as obscuras pérolas de edição de autor que a diáspora de Cabo Verde gravou e que o mundo nunca ouviu. Essa é a Lisboa que, qual vulcão, expeliu Fogo Fogo.

O projecto de Francisco Rebelo (baixo), João Gomes (teclas), Edu Mundo (bateria), Danilo Lopes (vozes/guitarra) e David Pessoa (vozes/guitarra) representa a força experiente e enérgica destes músicos que há muito nos habituaram por esses palcos fora.

Depois de editar três EP’s, “Fogo Fogo” (2015), “Nha Cutelo” (2018) e “Dia Não” (2021), a banda lançou o primeiro álbum de originais, “Fladu Fla“.

Um dos nomes maiores do cartaz do FESTA é Dino D’Santiago. O músico, compositor e ativista português de ascendência cabo-verdiana proporcionará um espetáculo caloroso, onde os ritmos de Cabo Verde se fundem com a eletrónica, com temas como “Kriolu”, “Mundo Nobu”, “Brava” e “Kem Ki Falu”. Dino D’Santiago estará acompanhado pela Orquestra Filarmonia das Beiras, dirigida pelo Maestro António Vassalo Lourenço, com arranjos de João Martins.

O artista já pisou palcos de grandes festivais e este ano volta a marcar presença em alguns, incluindo o FESTA. O trabalho discográfico “Kriola” foi considerado um dos melhores álbuns pelos críticos do Público, Time Out e Blitz, bem como lá fora pela conceituada Rolling Stone.
Dino D’Santiago é atualmente o artista com mais distinções nos Play – Prémios da Música Portuguesa, onde já foi premiado oito vezes.

CRIATURA é uma banda eclética formada por músicos, artistas e amadores, que se dedicam a revisitar a memória popular do território que habitam, num ponto de partida artístico em que a música é criada pela via de outras formas de olhar, sentir e ser a tradição.

O primeiro trabalho discográfico, “Aurora” foi editado em 2016 e o segundo, “BEM BONDA”, no ano passado, tendo sido apresentado como “uma ode intervencionista à alternativa de evolução, à necessidade de mudança, à urgência de imaginarmos novos caminhos, sem esquecermos de onde vimos, da memória e da identidade da cultura que nos faz ser as criaturas que somos.”

A 9 de julho, CRIATURA sobe ao palco acompanhada pelo Coro dos Anjos para um concerto especial no palco principal. Acácio Barbosa tocará guitarra portuguesa, Alexandre Bernardo será o responsável pelo bandolim, guitarra acústica e cavaquinho, João Aguiar tocará guitarra elétrica e Paulo Lourenço o baixo. Ainda nas cordas, Gil Dionísio que além de cantar também tocará violino.
A bateria estará a cargo de Fábio Cantinho, outros instrumentos de percussão e mbira a cargo de Iúri Oliveira e o piano, teclados e adufe sob a responsabilidade do também cantor Edgar Valente.
Nos sopros, Cláudio Gomes assume o trompete e Ricardo Coelho a gaita de foles, flauta transversal, ocarina e palheta beiroa.

“Baile Atlântico” é o nome que o Duo Marco Paulo tem dado às suas sessões gira-disquistas para partilha dos frutos do seu garimpo.

O mote é a música tropical-atlântica, com travo ibérico e mediterrânico, que oscila entre o balanço dub, soul, disco, funk, boogie, electro, hip-hop e jazz cultivado nas margens atlânticas, e o tropicalismo gingão do afrobeat, highlife, soca, funaná e outros que tais. Sem barreiras temporais e com fluidez cursiva, tudo sempre 100% analógico e em modo festa, para libertar a mente e abanar o pandeiro.”

No dia 9 de junho, estamos todos convidados a visitar o Parque Urbano de Ovar e participar nos momentos musicais, performances artísticas e jogos artesanais, tudo ao ar livre e com acesso gratuito!

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Fotos: Direitos Reservados
Texto: Irina Silva