Covid-19

Há muitas camas ocupadas nos Hospitais por “altas sociais”

Escrito por AVfm em 02/11/2020

Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião extraordinária do Conselho de Ministros de 31 de Outubro, o Primeiro Ministro, António Costa, fez um ponto de situação sobre a capacidade dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), muito pressionados devido à pandemia Covid-19. Uma das informações adiantadas tem a ver com as designadas “altas sociais”:

“Temos vindo a desenvolver um esforço muito grande em resolver o problema das chamadas altas sociais, pessoas que já têm uma alta clínica, mas porque não têm condições de habitabilidade ou porque não têm um local de habitação vão ficando no hospital.“
declarou o Primeiro Ministro

Atualmente, o SNS tem cerca de 400 camas ocupadas por pacientes que já tiveram alta médica, mas que não têm para onde ir. Segundo António Costa, no âmbito de um programa do Ministério da Saúde e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, já foram realocadas 800 pessoas e serão transferidos mais 369 utentes nas próximas semanas.

Este processo passa por realojar as pessoas que já tiveram a alta médica, mas que não têm condições de viver sozinhas ou nas suas habitações, em espaços próprios, como instituições de apoio.

Capacidade de Resposta do SNS

O SNS, à data de 31 de Outubro, disponibilizava 15.171 camas. Destas, 1.686 estavam dedicadas a pacientes portadores do novo Coronavírus, encontrando-se 361 disponíveis.

Na mesma data, no que respeita aos Cuidados Intensivos, da capacidade total de 505 vagas, 286 estavam dedicadas à pandemia, havendo 70 livres. António Costa anunciou que o Governo tem planos para acrescentar 202 camas a este serviço. Dessas, 52 já estarão operacionais, 50 estarão disponíveis até ao final de 2020 e as restantes 100 serão disponibilizadas ao longo do primeiro trimestre de 2021.

O chefe do Governo afirmou ainda que está previsto o alívio da pressão sobre o SNS através da reativação de espaços de retaguarda, para onde pacientes menos urgentes possam ser transferidos dos hospitais, sendo tratados noutros locais.