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Infortúnio de Femi desfaz o nulo entre AD Ovarense e um SC Esmoriz que vence ao cair do pano

Escrito por em 28/02/2018

Quem esteve presente no Marques da Silva na tarde do domingo passado, percebeu que a nulidade no marcador entre Ovarense e Esmoriz, num jogo equilibrado e com poucas oportunidades, só poderia ser desfeita num lance de felicidade para qualquer dos lados.

O jogo da 21ª jornada do Campeonato Safina prometia muitas emoções, não fosse o grande dérbi do concelho, mas na verdade as equipas estiveram sempre muito bem encaixadas taticamente e não permitiram grandes lances de perigo.

Acabou mesmo por ser uum lance de infelicidade do trinco dos alvinegros, Femi, ao introduzir a bola na própria baliza já muito perto do final da partida, que acabou por dar os três pontos ao SCE e fez perdurar o «calvário» da ADO, equipa que precisa de amealhar pontos urgentemente. Num dos melhores panos do encontro, acabou mesmo por cair a nódoa.

Passemos às constituições formações antes de rever os lances da partida…

Artur Marques, que continua a cumprir castigo e cedeu o seu lugar no banco a Jean, decidiu lançar para o campo um onze inicial composto por Samuel Biscaia na baliza; Parreira, Jonas, Kokas e David Rocha no eixo defensivo; Femi, Matheus e Fred para o miolo; e Wellington, Tigas e Mário Jardel, ao centro, para a frente de ataque.

Quanto a Narciso Ratinho, timoneiro esmorizense, apostou num meio campo de maior combate e optou por alinhar com Renato Lopes na baliza; Ruca, Rúben Pereira, Fábio Gonçalves e Breno na defesa; Max, Filipe Leite e o capitão Pedro Godinho no trio no meio campo; e Kalunga, Moses e Vando, a ponta-de-lança, no trio mais adiantado.

Nos primeiros minutos da partida, o Esmoriz até deu um ar de querer comandar as operações do jogo, ao circular bem a bola, vasculando de uma ponta à outra do campo. No entanto, teve pouco critério no último terço do terreno.

Aliás, à passagem dos 9′, os «Guerreiros da Barrinha» tiveram a melhor oportunidade em toda a primeira parte, quando Kalunga apareceu isolado pelo lado esquerdo, após uma bola metida pelas alturas, e encheu o peito do pé para um remate cruzado que obrigou Samuel Biscaia a desviar com a ponta da luva pela linha final. O guardião estava atento, não facilitando num lance que podia ter dado um dissabor.

A partir dos 20′, a Ovarense começou a entrar mais em jogo e a conseguir aproximar-se mais da baliza de Renato Lopes, criando algum burburinho através de bolas paradas.

Todavia, seria ao minuto 30′ a melhor oportunidade dos vareiros no primeiro tempo (e possivelmente em todo o encontro). O extremo brasileiro Wellington, a partir da ala, fletiu para uma zona frontal e rematou de fora de área para ver Renato Lopes defender a dois tempos, junto do poste direito da baliza. O esférico, apesar de ir com pouca força, ainda embrulhou um pouco no relvado, o que dificultou o trabalho do guardião.

Até ao intervalo, nada mais haveria a registar, depois de uma primeira parte com domínio repartido mas com as finalizações a surgirem quase sempre de fora da área e desenquadradas com a baliza adversária.

Se muitos dos espectadores na bancada ansiavam por uma segunda metade de maiores emoções num dérbi há muito aguardado, depressa ficaram desapontados.

A segunda parte repetiu a toada do primeiro tempo e as formações continuaram encaixadas taticamente. De tal forma que, tirando o golo, pouco perigo houve junto das áreas.

Uma pequena excepção foi o remate à meia volta de Vando, aos 60′, após cruzamento na esquerda de Breno e que acabou por sair bem acima da trave da Ovarense. O avançado esmorizense apareceu com espaço no centro da área mas não conseguiu acertar da melhor forma no esférico.

As equipas tentavam colocar em campo um futebol mais rendilhado, só que o estado do terreno não era o mais indicado para a prática e, por vezes, a bola escapava mesmo ao controlo dos atletas.

No meio de tanto respeito mútuo, acreditava-se que o nulo só pudesse ser desfeito através de alguma bola parada ou algum lance fortuito. E acabou mesmo por ser este último.

Já quando poucos esperavam, à passagem do minuto 88′, Femi acabaria por introduzir a bola na própria baliza. João Dias, que havia entrado para o lugar de Ruca, apareceu com a bola controlada na direita e fez o cruzamento puxado ao segundo poste onde apareceu o trinco alvinegro a tentar desviar de peito mas a colocar a bola no fundo das redes, bem rente ao poste direito. Com a aproximação de Vando nas suas costas e o esférico a ressaltar no relvado, o jogador vareiro nem conseguiu desviar pela linha final, nem conseguiu amortecer no peito para Samuel Biscaia. O guardião bem voou mas pouco poderia fazer para salvar a sua equipa.

Helder Ferreira foi o repórter da Rádio AVfm no local. Ouça as declarações dos técnicos:

  • Declarações AD Ovarense | Jean Ferreira:

 

  • Declarações SC Esmoriz | Narciso Ratinho:

Femi, que fora um dos melhores elementos em campo, acabaria assim por ser infeliz ao «trocar» a baliza e ao sentenciar o encontro por uma bola a zero a favor dos visitantes. Assim, a infelicidade continua a morar para os lados do Marques da Silva.

Já o SC Esmoriz, com mais estes 3 pontos, mantém aberta a luta pela recuperação de mais alguns lugares no topo da tabela, podendo inclusivamente melhorar o resultado obtido na época transacta.

Para a 22ª jornada do campeonato, a AD Ovarense irá deslocar-se ao terreno de mais um adversário complicado, o SC Beira-Mar, actual quarto classificado. O SC Esmoriz receberá, em casa, o Canedo FC, num confronto teoricamente bem mais acessível e face a um adversário que luta pela manutenção no Campeonato Safina.

Veja a fotogaleria do encontro:


Fotos: António Silva
Texto: Helder Ferreira
Áudio: Jaime Valente


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