Mealhada: Sócios da Mangueira terão que renascer das cinzas
Escrito por AVfm em 13/08/2020
Durante a madrugada de 9 de Agosto, a sede da Escola de Samba mais antiga da Mealhada ardeu completamente. Em pouco mais de 2 horas, tempo que demorou a extinguir o fogo, foram destruídos 42 anos de histórias, património e trabalho dos Sócios da Mangueira.
Na manhã do mesmo dia, o presidente da Câmara Municipal da Mealhada, Rui Marqueiro, visitou o local e mostrou-se solidário com a associação sambista.
… falou com os dirigentes da associação, dando lhes conhecimento de que o Município tudo fará para ajudar a reabilitar as instalações infelizmente destruídas pelas chamas. O autarca vai ainda disponibilizar o Cineteatro Messias para a realização de uma gala solidária a favor da “família mangueirense”
pode ler-se em publicação do Município nas Redes Sociais
A passada segunda-feira, dia 10 de agosto, ficará assim marcada no calendário das memórias como o “dia 1” para a Escola de Samba lesada; que em várias publicações agradece o carinho, a preocupação e os apoios que está a receber. Para a árdua tarefa de renascer das cinzas, um dos primeiros passos foi a criação de uma conta bancária solidária, que segundo a associação, “vai pautar sempre pela transparência que lhe é merecida”.
IBAN: PT50 0045 3400 4032 8900 2566 6
TITULAR: António Miguel Moura Almeida (Tesoureiro)
Nesse mesmo dia, de manhã, decorreu uma reunião nos Paços do Concelho, entre a direção da Coletividade Sambista e o Presidente do Executivo, onde foi analisada a melhor solução para “encontrar um local provisório para os ensaios e iniciar os trabalhos de recuperação do edifício que ficou em escombros”.
O proprietário do edifício consumido pelas chamas é o próprio Município, estando coberto por um seguro multi-riscos entretanto acionado. Uma das medidas de apoio aos Sócios da Mangueira poderá passar pela transferência do valor da indemnização que a seguradora vier a atribuir ao sinistro para o grupo de Carnaval.
Sobre as causas que despoletaram o foco de incêndio, foi instaurado um processo de averiguação. A possibilidade do sinistro ter tido origem num problema elétrico deverá ser remota, pois já foi tornado público que a manutenção da respetiva instalação é da responsabilidade do engenheiro eletrotécnico da Câmara Municipal, que assegurou que tudo estava em bom estado.