Preparação e segurança da época balnear 2021 avança com um investimento de 260 mil €uros da Câmara de Ovar
Escrito por AVfm em 12/06/2021
Teve início, oficialmente, a 10 de junho a época balnear 2021 nas praias do município de Ovar.
Tendo em vista a proteção da comunidade e dos muitos visitantes que se esperam, a Câmara Municipal de Ovar (CMO) aprovou, na última reunião de câmara, a contratação de nadadores salvadores, serviços de limpeza, mobilização e regularização de acesso e uso do areal, entre outros serviços. O reforço do socorro e segurança nas praias do concelho foi alvo de protocolos de colaboração com as duas corporações de bombeiros do município.
A autarquia acredita no plano traçado e nas alterações de método introduzidas, que se traduz num investimento superior a 260.000 €uros. O objetivo passa por assegurar o reforço da vigilância e segurança em todas as praias do concelho, em especial nas zonas não concessionadas.
O protocolo celebrado com os Bombeiros Voluntários de Ovar (BVO) prevê uma comparticipação financeira da autarquia no montante de 13.260 €uros, traduzida na mobilização de uma equipa de dois bombeiros, um veículo e um equipamento de socorro adequado, a posicionar na Praia do Furadouro.
No que respeita ao acordo de colaboração firmado com os Bombeiros Voluntários de Esmoriz (BVE), a autarquia disponibiliza um apoio financeiro de 26.520 €uros, para que a corporação destaque uma equipa de quatro profissionais, um veículo e um equipamento de socorro adequado, preposicionados na Praia de Esmoriz, podendo deslocar-se a Cortegaça e a Maceda em caso de necessidade.
Bombeiros de Esmoriz reagiram às alterações introduzidas pela autarquia na vigilância das praias
A 9 de junho, através de publicação nas redes sociais, a corporação esmorizense veio a público informar que, ao contrário do ano passado, não iria realizar a vigilância das praias do município. Atribuindo ao executivo municipal uma mudança de planos, que se traduziu na abertura de um concurso público para a vigilância das mesmas, lamentaram não ter sido consultados previamente relativamente a essa matéria.
Relembraram que a época balnear passada terminou sem mortes (performance mantida há 25 anos nas praias vigiadas do concelho de Ovar), tradução da preparação exemplar dos nadadores salvadores dos BVE que foram responsáveis, pela primeira vez, por todas as praias do município.
Lamentaram, assim, que os investimentos feitos ao longo do tempo na formação dos seus profissionais e na aquisição de equipamentos específicos para prestar este tipo de socorro, deixem nesta época balnear de ter a utilidade prevista e desejada.
Indo mais longe, a direção e o comando esmorizenses mostraram-se preocupados com o caderno de encargos lançado a concurso pela autarquia, já que o mesmo prevê uma redução do número de profissionais afetos à vigilância das praias.
Dando o exemplo da praia de Esmoriz, a implementação do Plano Integrado de Assistência a Banhistas (PIAB) prevê uma redução de 30% do número de nadadores salvadores, passando o dispositivo de 10 para 7 efetivos. Ao que acrescentam que esta alteração só beneficia os concessionários privados dos apoios de praia, que assim passam a contratar apenas 1 nadador salvador no lugar dos 2 habituais, desprotegendo as áreas concessionadas.
Suscitando uma larga discussão na comunidade, a informação dos BVE deu origem a inúmeros comentários e partilhas. Temendo ver as suas intenções desvirtuadas, sobretudo num momento de pré-campanha para as eleições autárquicas, a direção e o comando da corporação do norte do concelho viriam a emitir no dia seguinte novo comunicado, plasmado noutra publicação.
Aí começam por vincar que a informação disponibilizada anteriormente foi desprovida de qualquer conotação ou caráter político-partidário. Dizendo não querer atingir ninguém, refugiam-se no único objetivo de apresentar publicamente a situação de forma objetiva.
Relembram que a parceria entre os Soldados da Paz de Esmoriz e a autarquia tem sido respeitosa, com as melhores relações institucionais e com o cumprimento escrupuloso dos protocolos efetuados. Assumem até que “houve de facto um problema de comunicação entre as partes na discussão do dossier de vigilância das praias que, entretanto, veio a culminar neste contrato público ao qual não concorremos, não porque não o pudéssemos fazer, mas pelo simples facto de não o querermos fazer a revelia da intenção manifestada por parte da CMOvar de o fazer de outra forma este ano”.
Fazendo votos para que, na próxima época balnear, seja melhorada a comunicação entre as entidades, terminam com a promessa:
Fazemos e continuaremos a fazer parte da solução e não parte dos problemas