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Primeiro texto de reflexão para o debate “O Futuro da Universidade” da Plataforma Cidades

Escrito por em 06/09/2022

A Plataforma Cidades – Grupo de Reflexão Cívica irá iniciar um novo ciclo de encontros subordinado ao tema “O Futuro da Universidade”. O primeiro, designado “Quo Vadis Universidade”, terá lugar a 24 de setembro, entre as 10h00 e as 17h00. O evento terá lugar na Casa de São Sebastião, no nº. 42 da rua de Aveiro com o mesmo nome. Como habitualmente, a sessão da manhã é reservada a plataformistas e a da tarde será pública.

O encontro será centrado nas intervenções e reflexões de António M. Feijó, Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) e de Paulo J. Ferreira, Reitor da Universidade de Aveiro (UA).

Para promover um debate ativo e consciente para o público, serão, até lá, disponibilizados artigos de opinião sobre a temática.

O seguinte artigo ilustra “o quão difícil foi chegar ao nível de inteligência que temos e como a evolução dessa inteligência acelerou exponencialmente o desenvolvimento da humanidade“, deitando mão a um extrato de um Ensaio do Prof. Arlindo de Oliveira. Foi-nos remetido pelo plataformista Pompílio V. Souto.

Inteligência artificial | FFMS Nº 90 | Janeiro 2019 | Arlindo Oliveira

1.

Sinopse

Somos a espécie animal mais inteligente que se conhece, produto de uma extraordinária evolução biológica com milhares de milhões de anos. Daí que não seja de estranhar que hoje queiramos ultrapassar os nossos próprios limites, criando sistemas que reproduzam comportamentos inteligentes de forma artificial. Em que ponto estamos nesta aventura?

Será que algum dia esses sistemas irão superar a inteligência dos seus criadores? Devemos temê-los? Que papel podem desempenhar na evolução futura da espécie humana e na conquista do espaço?

Este ensaio descreve, de forma acessível, o que é a inteligência artificial e a sua relação com a inteligência humana, assim como possíveis aplicações e implicações societais e económicas. Inclui uma perspectiva histórica e uma análise da situação actual da tecnologia. Reflecte sobre as possíveis consequências do desenvolvimento da inteligência artificial e convida-nos a projetarmos a nossa inteligência no futuro

(…)

Os tempos geológicos, medidos em escalas de milhões de anos, são difíceis de perceber para indivíduos de uma espécie como a nossa, que vive apenas umas dezenas de anos. Um milhão de anos é um período que está tão longe da nossa experiência diária, tão longe da escala da vida humana, que é praticamente impossível de conceber. A tarefa de imaginar estes períodos geológicos poderá ficar um pouco facilitada se fizermos uma mudança de escala e pensarmos na história da Terra, nos últimos 4600 milhões de anos, como tendo tido lugar em apenas 24 horas.

Nesta escala, podemos imaginar que a Terra se formou à meia-noite, no início de um longo dia.

As primeiras formas de vida, simples organismos unicelulares, apareceram relativamente cedo, provavelmente entre a uma e as quatro da madrugada. As primeiras células eucariotas, mais complexas, surgiram, provavelmente, apenas cerca das quatro da tarde. Os primeiros mecanismos para transmitir sinais elétricos, usando as paredes celulares, terão surgido ao fim da tarde, cerca das sete horas.

A explosão do Câmbrico, que criou uma enorme diversidade de animais, teve lugar pouco depois das nove da noite. Os mamíferos terão aparecido cerca das onze da noite os dinossauros extinguiram-se, na grande catástrofe do fim do Cretáceo, 20 minutos antes da meia-noite.

Cerca de dois minutos antes da meia-noite viveram os mais recentes antepassados comuns a nós e aos nossos primos mais próximos, os chimpanzés e os bonobos. No minuto que antecede a meia-noite, vimos aparecer os sucessivos membros do género Homo, alguns dos quais referidos acima. Faltavam quatro segundos para a meia-noite quando apareceram os primeiros membros da nossa espécie, Homo Sapiens, nas savanas africanas. Um quarto de segundo antes da meia-noite (há cerca de 12 000 anos) foi inventada a agricultura, que permitiu um enorme aumento do número de indivíduos que podiam viver numa dada região. A agricultura criou a necessidade de registos escritos, o que conduziu à invenção da matemática, da escrita e, mais tarde, de um enorme conjunto de outras tecnologias.

Toda a história da humanidade, desde que existem registos escritos, está contida no último décimo de segundo deste dia magnífico.
(…)

2.

Após um excerto do artigo “Inteligência artificial” de Arlindo Oliveira, o leitor é convidado a assistir ao seguinte vídeo:

3.

Posteriormente pode partilhar a sua reflexão e opinião com a Plataforma Cidades, sobre o que leu e visualizou, através do email plataformacidades.op@gmail.com.

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Fotos: Direitos Reservados
Publicado por: Irina Silva

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