Rápida disponibilização de meios foi fulcral para o combate aos vários incêndios de 7 de Agosto

Na quarta-feira, dia 7 de agosto, pelas 13h36, os Bombeiros Voluntários de Ovar (BVO) receberam o alerta para um incêndio florestal nas imediações da Pousada da Juventude e do Clube de Ténis de Ovar, o qual foi dado por dominado por volta das 14h40.

Entretanto, foram surgindo outros focos de incêndio com pouco intervalo de tempo entre si. No total, a tarde ficou marcada por 7 focos de incêndio, que representaram 3 fogos distintos.

Aos teatros de operações foram chegando várias corporações, operacionais e meios de combate, evitando que as chamas consumissem a grande área de mato que caracteriza aquela zona.

O Segundo Comandante dos Bravos de Ovar, José Paulo Marques, avançou que estiveram presentes cerca de 120 operacionais, apoiados por 25 viaturas. Além da corporação local, também vieram em auxílio soldados da Paz de Esmoriz, Estarreja, Murtosa, Santa Maria da Feira, Espinho, Aveiro Velhos, Aveiro Novos, Albergaria-a-Velha, Ílhavo e Vagos, num total de 11 corporações.

A nível aéreo, estiveram envolvidos dois aviões de combate a incêndios Fire Boss em simultâneo, destacados em Viseu, e dois helicópteros em momentos distintos das operações.
O Segundo Comandante acrescentou que a Proteção Civil municipal e a autarquia disponibilizaram duas máquinas, essenciais para função dos sapadores e que reduziram o tempo e o esforço físico que seria exigido aos bombeiros.

José Paulo Marques avançou que não houve nenhum incidente com os soldados da paz que estiveram presentes no combate e que a grande mobilização de meios foi fulcral para a rápida resolução dos incêndios e minimizar a área de mata ardida, a qual está estimada em 2 hectares, incluindo terrenos privados e públicos.

No local, também estiveram presentes elementos da Polícia de Segurança Pública, Guarda Nacional Republicana, Polícia Judiciária, Proteção Civil municipal, Gabinete Técnico Florestal e representantes da Câmara Municipal de Ovar e da União das Freguesias de Ovar, S. João, Arada e S. Vicente de Pereira.

O timing, a distância, a localização e a direção dos focos de incêndio que foram surgindo, tendo em conta a ausência de vento que se verificava, levaram à presença da PJ, que assume a investigação do caso e já esteve a realizar a reconstituição dos incidentes.

Na manhã do dia seguinte, a plataforma da Proteção Civil registava a mobilização de uma equipa de 4 bombeiros e um veículo para ações de rescaldo e controlo, com José Paulo Marques a confirmar a permanência de operacionais no local, nos 2 a 3 dias seguintes ao incêndio.  

Na opinião do Segundo Comandante, devíamos olhar para a floresta como algo mais do que mata e mancha verde, e adotar uma abordagem de cuidado, preservação e usufruto da natureza para passeios e outras atividades como apicultura e apanha de míscaros.

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Fotos: Retiradas da página Salvador Malheiro
Texto: Irina Silva