S. Vicente de Pereira perdulário no primeiro tempo vê apuramento “fugir” em Alvarenga
Escrito por AVfm em 25/05/2021
Depois da vitória na jornada 3 frente a este mesmo Alvarenga, a confiança da equipa vicentina estava redobrada. Apesar do atraso na luta pela qualificação após as duas primeiras jornadas (fora o quociente que já vinha em cima), o S. Vicente acreditava que ainda era possível a qualificação para a próxima fase, procurando desde logo cedo a vantagem que lhe permitisse uma gestão tranquila da partida. No entanto, depois de um primeiro tempo perdulário, a vantagem “magra”, revelou-se mesmo isso, demasiado “magra”. Na segunda parte, o Alvarenga arriscou, pressionou e facturou por duas ocasiões, carimbando o seu apuramento, e fazendo com que os vicentinos deixassem de sonhar, após a vitória do Oliveira do Bairro no domingo…
Primeira parte personalizada, pecou por saber a pouco…
Desde o apito inicial que os vicentinos demonstraram que não vinham para “estender a passadeira” e oferecer a iniciativa ao adversário. A linha da frente de ataque, transformou-se na primeira linha de defesa, e o Alvarenga teve grandes dificuldades para construir a partir da sua defesa, bem como para conter o repentismo do S. Vicente.
Ainda hoje, João Carvalho deve estar a pensar como é que falhou aquela oportunidade clamorosa, depois de roubar a bola a Diego e ficar na cara do guardião de Nuno… E as oportunidades não ficaram por aí, com os pupilos de Paulo Gomes a dispor de vários lances logo nos primeiros 15 minutos, que ainda devem estar a agoirar não ter aproveitado.
Depois dessa fase de maior sufoco, os alvarengos foram recuperando paulatinamente, contudo de forma um pouco consentida pela diminuição de pressão dos Corvos. Circulando cada vez mais próximo da área de Paulinho, os caseiros ainda dispuseram de uma soberana oportunidade para se adiantarem no marcador.
Grande penalidade polémica, que levou o experiente Mário, melhor marcador do Sabseg, a colocar de tal forma o esférico, que foi mesmo o travão a garantir a permanência do nulo. Serviu contudo, para espicaçar o S. Vicente de Pereira que, de pronto regressou à carga e conseguiu mesmo adiantar-se no marcador à passagem do minuto 30´.
Lançamento lateral, que após vários desvios pelo caminho, chegou à entrada da área onde apareceu Bernardo, sem deixar cair a bola, a rematar de “remoinho” e a vê-la entrar rente à trave da baliza de Nuno. Grande remate do lateral, que aproveitou da melhor forma algum adiantamento do guardião do Alvarenga. Depois do tento, os vicentinos ainda tiveram as suas oportunidades, mas o resultado manter-se-ia na vantagem mínima até ao descanso.
Há que saber levar o “primeiro soco”, para depois se reerguer…
Não aproveitaram os vicentinos para criar uma margem confortável na primeira parte e acabaram por “entreabrir uma porta” que o líder Alvarenga aproveitou. Desde logo com duas substituições que demonstraram as intenções do técnico Hugo Oliveira, colocando 4 homens na frente do ataque.
Essa maior avalanche ofensiva, trouxe maiores dificuldades para a defesa do S. Vicente e não tardou muito a aparecer a igualdade. À passagem do minuto 54′, numa movimentação idêntica à do golo de Bernardo, apareceu Ribeiro, que entrou no segundo tempo, a encher o pé para rematar de primeira e com estrondo à “gaveta” do poste esquerdo da baliza de Paulinho. Mesmo sendo ao primeiro poste, o guardião não poderia ter feito nada, dado a brutalidade do remate.
Animados pelo restabelecimento da igualdade, pouco tardou a consumação da remontada dos alvarengos. O cronómetro marcava os 67′, quando uma bola furou as linhas do S. Vicente, e Mário iludiu Kevin com um movimento do corpo, sobrando para a desmarcação oportuna de Tika, que, na cara do golo, teve a frieza para aguardar pelo movimento de Paulinho. O extremo bateu para o fundo das redes, ficando sérias reservas quanto à sua posição regular no momento do passe.
Apesar da maior pressão, desengane-se quem julgue que o S. Vicente nada fez neste período. Mais condicionados, várias foram as transições rápidas que fizeram o perigo rondar a baliza de Nuno. Mesmo com a desvantagem no marcador, a equipa de Paulo Gomes não baixou os braços e lutou até ao fim pelo resultado.
Apesar dessa intensidade nos últimos 15 minutos, pouco foi o critério até chegar às supra-ditas oportunidades. Contudo, um último lance na área do Alvarenga, levou os forasteiros a reclamar uma grande penalidade por carga sobre Magolo após bola parada, com o árbitro a assinalar uma mão na bola no sentido inverso.
Com o final da partida, o desalento e alguma frustração, eram bem visíveis nas faces dos jogadores do S. Vicente Pereira, sabendo de antemão, que tinham acabado de praticamente sentenciar a sua participação na prova (confirmando-se mais tarde). Pena que a qualidade exibida, só tenha aparecido nesta reta final…
Exibições à lupa do ARC S. Vicente Pereira…*
Magolo – 8
O capitão demonstrou sempre muita tranquilidade nos processos defensivos, e não foi pelo seu sector que o S. Vicente Pereira sofreu os dois golos. Aliado a isso, demonstrou uma qualidade que já nos habitou, com saídas muito personalizadas da primeira zona de construção.
Bernardo – 8
Autor de um excelente golo, cheio de oportunidade mas também de intenção. O lateral direito teve uma exibição personalizada, à imagem da exibição da equipa na primeira parte, sempre seguro e participativo nos processos da equipa.
Mateus Arence – 7
Não foi uma primeira parte à imagem da sua qualidade (e da qualidade que a equipa ia exibindo), mas quando a sua equipa mais precisou, começou a aparecer no jogo a ligar os sectores mais recuados com os ofensivos.
Alexsander – 7
Juninho – 7
Anih – 7
João Carvalho – 6
Juninho Júnior – 6
Paulinho – 6
Dayo Femi – 5
Kevin – 5
Gledson – 5
Martini – 4
Pacheco – 4
Fiquem com as declarações dos técnicos da ARC S. Vicente Pereira e do GDSC Alvarenga, recolhidas no final do encontro junto ao relvado, pelo repórter Helder Ferreira:
Campeonato Sabseg – Prova Final – Grupo A – Jornada 4 – GDSC Alvarenga x ARC S. Vicente Pereira
GDSC Alvarenga
11 inicial: Nuno; Ruben, Tojo (c), Diego, Melo; João Pedro, Milton, Artur; Tika, André Coutinho e Mário.
suplentes utilizados: Jorge, Ribeiro, Mycael, David e Edu.
Treinador: Hugo Oliveira.
FC Pampilhosa
11 inicial: Paulinho; Bernardo, Kevin, Magolo (c), Alexsander; Dayo Femi, Juninho, Mateus Arence; Juninho Júnior, Gledson e João Carvalho.
suplentes utilizados: Anih, Martini, Pacheco.
treinador: Paulo Gomes.
Resultado ao intervalo – 0 x 1
Resultado final – 2 x 1
MVP jogo: Tika (GDSC Alvarenga) – Pontuação – 8
* – Os valores atribuídos têm por base uma escala numérica de 0 a 10, sendo que os 3 melhores jogadores de ambas as formações têm um destaque diferenciado na escala
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