Taça de Aveiro: Terminam os sonhos de Ovarense e Válega

Já não há equipas do concelho de Ovar entre as 8 melhores formações da Taça de Aveiro PECOL Powertools. AD Ovarense e CCR Válega, únicos resistentes vareiros no lançamento dos oitavos-de-final, caíram nos seus duelos perante (respetivamente) Oliveira do Bairro e SC Alba, ambos fora de portas.

OVARENSE CAI COM GOLO SOLITÁRIO

A Ovarense procurava reagir na ressaca do não apuramento para a fase de campeão do Campeonato SABSEG com uma vitória na Taça de Aveiro. Pela frente, o Oliveira do Bairro, da Zona Sul, umas das equipas com maior investimento da Distrital de Aveiro.

O conjunto às ordens de Cajó conseguiria mesmo levar a sua avante, ganhando por 1-0, com o golo solitário do encontro a ser apontado por Miguel Oliveira, defesa dos Falcões do Cértima, aos 56 minutos.

Num jogo marcado por condições climatéricas bastante adversas, os alvinegros ainda tentaram, pelo menos, adiar a decisão da partida para as grandes penalidades. Não tendo conseguido, despedem-se da Taça de Aveiro com a primeira derrota na competição dos últimos (quase) dois anos – desde o interregno na competição devido à COVID-19, quando a Ovarense estava nas meias finais da época 2019/20.

Os alvinegros viram agora as suas forças para a manutenção, na 2ª fase da Zona Norte do SABSEG. Pela frente, a Ovarense terá uma luta intensa contra Paços de Brandão, Canedo, Fiães, S. Vicente Pereira, Cucujães, Esmoriz e Carregosense. Os vareiros partem com vantagem pontual, querendo mesmo assim assegurar a permanência de forma tranquila e com vitórias que provem que teriam argumentos para discutir a Série dos Primeiros da competição.

VÁLEGA “MORREU NA PRAIA”

Depois de ter ultrapassado a quarta eliminatória, o Válega procurava continuar a fazer história na Taça e, em Albergaria-a-Velha, buscava a segunda vitória da temporada. O conjunto do Sargaçal bateu-se bem, esteve perto da decisão dos penáltis, mas acabaria derrotado já na compensação, caindo com um 2-1 inglório.

O Alba até começou melhor, marcando cedo por Guga Raposo. No entanto, o Válega mostrou-se personalizado ao longo da primeira parte e, embora não tenha gerado muitos lances de perigo na baliza do seu adversário, condicionou bastante o ritmo de posse de bola do Alba. Pressionando alto, os valeguenses conseguiram chegar à felicidade e, num lance onde recuperou a bola sobre o guardião contrário, Rui Faria marcou o empate aos 34′.

Na segunda parte, o Válega até abriu bem e podia ter feito o segundo logo no arranque. Porém, foram os comandados de Paulo Matos a criar as maiores chances para mexer novamente com o marcador. Foi já em cima do período de descontos, com Alex Marques na baliza valeguense (Tomás Vieira saiu lesionado) que Guilherme Salvador, num lance de insistência após um canto, conquistou o passaporte para os quartos-de-final.

O Válega deixou, mais uma vez, uma imagem de crescimento. Uma jovem equipa que tem tido dificuldades para conquistar resultados positivos mas que, aos poucos, se cifra neste patamar e mostra credenciais de quem está muito mais capaz de dividir os duelos perante os seus rivais.

Fora da Taça e longe dos lugares de manutenção, o Válega segue a sua caminhada na elite aveirense e procura, na 2ª fase, os triunfos que lhe têm fugido tantas vezes ao longo dos últimos meses.

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Imagem: Pedro Silva
Texto: Pedro Silva
Entrevistas: Pedro Silva, Joel Magina
Áudio: Jaime Valente