Hospital de Ovar alarga oferta de cuidados com Consulta de Obesidade

O Hospital Dr. Francisco Zagalo de Ovar (HFZ) passou a disponibilizar, desde finais de 2022, a Consulta de Obesidade. O acréscimo deste serviço procura combater aquela que é hoje considerada – depois do tabagismo – a segunda causa de morte passível de prevenção.

Fábia Patinha, responsável pela Consulta da Obesidade, explicou que esta consulta pretende contribuir, de uma forma geral, para a promoção de um peso saudável, passando pela mudança de hábitos determinantes do excesso de peso e pela redução do peso dos utentes obesos e daqueles que têm particular risco a desenvolver a doença, nomeadamente pessoas com diabetes Tipo 2 e doença cardiovascular.

A médica do Serviço de Medicina Interna sublinhou que a perda intencional de peso, mantida a longo prazo, irá manifestar-se na saúde em geral, na melhoria da qualidade de vida, na redução da mortalidade e na melhoria das doenças crónicas associadas. 

A Consulta de Obesidade realiza-se à segunda-feira e é solicitada pelo médico de família ou através de referenciação por outros especialistas (ou outras consultas médicas) do próprio Hospital de Ovar. 

O presidente do Conselho Diretivo da unidade hospitalar, Luís Miguel Ferreira, afirmou que esta consulta é uma resposta a uma doença que tem enorme prevalência nos países desenvolvidos, e da qual a população de Ovar pode beneficiar. Lembrando que o Hospital tem valorizado a sua carteira de serviços, o responsável afirmou que esta “nova oferta integra a estratégia de aproximação dos cuidados às pessoas que deles precisam”.  

A prevalência da obesidade a nível mundial é tão elevada que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou esta doença como a epidemia global do seculo XXI, atingindo homens e mulheres de todas as raças e de todas as idades.   

O excesso de gordura resulta de sucessivos balanços energéticos positivos, em que a quantidade de energia ingerida é superior à quantidade de energia despendida.
Os fatores que determinam este desequilíbrio são complexos e incluem fatores genéticos, metabólicos, ambientais e comportamentais. Este desequilíbrio tende a perpetuar-se, pelo que a obesidade é uma doença crónica.  

O diagnóstico de pré́-obesidade e de obesidade faz-se através do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), o qual mede a corpulência e se determina dividindo o peso, em quilos, pela altura, em metros, elevada ao quadrado (kg : metros²). Segundo a OMS, considera-se que há́ excesso de peso quando o IMC é superior a 25 kg/m2 e que há́ obesidade quando o IMC é superior 30 Kg/m2.

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Fotos: Direitos Reservados
Texto: Irina Silva