Salvador Malheiro: Ministro da Saúde tem oportunidade de cumprir com Ovar até 5ª. feira
Escrito por AVfm em 12/09/2023
A Câmara Municipal de Ovar (CMO) promoveu hoje uma conferência de imprensa, tornando pública a sua posição relativamente à integração do Hospital Dr. Francisco Zagalo de Ovar (HFZ) e à referenciação dos utentes vareiros para a Unidade Local de Saúde (ULS) da Região de Aveiro.
O Hospital de Ovar esteve inicialmente indicado para integração na ULS de Entre o Douro e Vouga (Santa Maria da Feira), sendo posteriormente incluído no estudo da criação da ULS da Região de Aveiro. Na última reunião com o diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, foi comunicado que as reivindicações de Ovar não seriam atendidas.
Mais tarde, entre outras chamadas de atenção, comunicados e reivindicações, houve uma reunião com o Ministro da Saúde onde foi garantido que a população de Ovar seria auscultada, com o próprio Dr. Manuel Pizarro a assumir a sua posição contra a referência para sul e a garantir que, caso Ovar integrasse a ULS de Aveiro, a referenciação dos utentes para a ULS da Feira estaria “expressa de forma escrita no decreto-lei”, assim como a Câmara Municipal de Ovar seria consultada, o que não aconteceu.
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Com a possibilidade do projeto de decreto-lei ser aprovado esta semana, em reunião de Conselho de Ministros marcada para 14 de setembro, o Município de Ovar exige que o Primeiro Ministro, António Costa, e o Ministro da Saúde revertam a situação , respeitando a vontade e as necessidades da população de Ovar.
Tal como plasmado no ofício enviado a Manuel Pizarro, com conhecimento de António Costa, o autarca afirmou que, se a situação não for revertida, o Município de Ovar não irá aceitar a delegação de competências no setor de Saúde, assim como irá deixar de realizar os investimentos nas USF do território. Avança mesmo que poderá ir mais longe e agir judicialmente, no sentido de impedir esta situação.
O presidente da autarquia também expôs que não há evolução quanto a outras reivindicações da população de Ovar, como a abertura do serviço de urgências no Hospital de Ovar; a abertura das Unidades de Saúde Familiar (USF) que se encontram encerradas e que já contaram com investimentos da CMO para obras de beneficiação; a existência de uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) em Ovar, entre outras.
Do ponto de vista do plano de negócios, o vice-presidente da autarquia, Domingos Silva, comentou que também não compreende a decisão, tendo em conta que o Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV) tem tido prejuízo financeiro, assim como o próprio Governo terá mais despesas com os custos de transportes e os meios de socorro estarão envolvidos mais tempo em cada caso.
Reveja a Conferência de Imprensa:
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