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Renato Lopes «escancarou» as portas da 4ª derrota consecutiva do SC Esmoriz

Escrito por em 16/01/2018

Os campeonatos são feitos de momentos e, à 15ª jornada do Campeonato Safina, o SC Esmoriz tinha uma excelente oportunidade, perante o seu público, de regressar às vitórias no confronto com o último classificado (em ex aequo), o AC Famalicão.

Os esmorizenses, depois do desaire fora contra o Lusitânia Lourosa, não se conseguem reencontrar, dando mesmo um ar de desgaste emocional, e ainda não foi desta que se livraram do sabor das derrotas. A perda de confiança da equipa começa a ser um sinal preocupante tendo em conta o trajecto longo que ainda têm pela frente.

Quem aproveitou foi o Famalicão que, apesar do favoritismo pertencer aos da casa, aproveitou para juntar mais 3 pontos aos escassos 7 que tinha conquistado até à altura.

O jogo cinzento dos «Guerreiros da Barrinha», culminado em erros defensivos fatais (não obstante as várias oportunidades de que dispuseram e que poderiam ter permitido um resultado diferente), fez com que o 1-3 sorrisse aos forasteiros, equipa que revelou sempre boa atitude em campo.

Mas antes da análise ao jogo, passemos às formações iniciais de ambas as equipas…

Do lado da casa, Narciso Ratinho promoveu ligeiras alterações na predisposição da equipa em campo, forçadas em parte pela saída de Rúben Pereira. Alinhou com Renato Lopes na baliza; João Dias, Fábio Gonçalves, Ruca e Breno na defesa; Pedro Godinho, Filipe Leite e Kalunga bem no centro do campo; e João Alves, Raphael Silva e João Carvalho mais à frente.

Por seu turno, Paulo Esgueirão, técnico do Famalicão, no meio de muita juventude, decidiu apostar em Diogo Neves para a baliza; João Melo, Diego Avelino, Miguel Heleno e André Neto na defesa; André Filipe, Danilo Andrade e Joel Figueiredo no miolo; e Gonçalo, Gabriel Rodrigues e Ibrahim para a frente de ataque.

Até foi o Esmoriz quem começou a dar sinais de querer mandar no jogo e resolver as coisas cedo, quando, aos 6’, endereçou a bola ao poste direito, após cabeceamento de Ruca. Excelente iniciativa de Breno, pela direita, ao tirar o adversário do caminho com uma primeira simulação e a cruzar direitinho para a cabeça do jovem atacante.

3 minutos volvidos e Kalunga teve nos pés uma excelente oportunidade de usar a sua explosão para se isolar na cara de Diogo Neves. Mas o médio ofensivo acabou por adiantar em demasia a bola, permitindo o corte a dois tempos do guardião visitante.

Apesar dos primeiros 10 minutos terem sido de maior ímpeto por parte dos anfitriões, logo após a jogada de Kalunga, o ACF teve uma excelente oportunidade de golo, por Ibrahim. O avançado nigeriano apareceu entre os dois centrais a receber um passe em profundidade e optou pelo drible sobre Renato Lopes em vez de procurar o remate. O redes esmorizense saiu-se bem aos pés do dianteiro e esticou-se para o desarme com a ponta da luva esquerda, atrasando assim o golo inaugural.

Depois destes primeiros minutos de emoção, o jogo tornou-se monótono, com as formações a disputarem bastante a posse bola a meio campo, num terreno que já tinha visto melhores dias. Até ao intervalo, o melhor apontamento foi mesmo um tiro longo de Filipe Leite que passou rente à trave, mas sem causar grande receio a Diogo Neves.

Terminava assim o primeiro tempo, com uma exibição sem grande brilho e muito inconsequente da equipa vareira, deixando apreensiva a falange de apoio que se deslocou ao Estádio da Barrinha.

Para piorar a situação, no reatar da segunda parte, logo ao minuto 47, os arcoenses chegaram mesmo à vantagem num lance em que Renato Lopes ficou muito mal na fotografia.

O Famalicão conquistou um livre na esquerda do ataque e foi Joel Figueiredo a cruzar arqueado para a grande área. A bola passou por vários jogadores, sem que nenhum lhe tocasse e, ao tentar segurar o esférico, Renato Lopes deixou-o passar por entre as pernas e viu-o entrar na sua baliza. Muito má abordagem do guardião que nos últimos jogos vem revelando alguma insegurança incaracterística.

Com o golo da vantagem, os visitantes resguardaram-se no seu reduto, aproximando as 3 linhas de campo, mas sem nunca abandonarem as saídas rápidas de contra-ataque sempre que podiam.

Espelho disso foi uma oportunidade criada ao minuto 57, numa jogada rápida de Figueiredo, pela direita da área, ao efectuar um cruzamento-remate muito perto do poste da baliza de Renato Lopes.

Já com Moses em campo, ao passar dos 75’, Kalunga desperdiçou uma oportunidade claríssima de golo na sequência de um mau alívio de Diogo Neves. Filipe Leite furou pela defensiva e, já do lado direito da grande área, cruzou para ver o guardião forasteiro desviar directamente para os pés de Kalunga. Este, com o guarda-redes prostrado no relvado, precipitou-se e encheu o pé para atirar a bola por cima da trave. Apesar da compensação de um ou outro defesa a Diogo, o centro campista zambiano teve tudo para ser bem mais eficaz na finalização.

Para complicar as coisas, aos 80’, Renato Lopes voltou a ser infeliz na abordagem que fez a um lance. A formação da Barrinha estava toda balanceada no ataque quando uma recuperação rápida dos atletas arcoenses originou uma bola nas costas do Esmoriz. O lance gerou uma hesitação entre os defensores e o guardião, levando Renato a chegar à bola fora da área quando estava já pressionado por Ibrahim e a cometer mais uma autêntica fífia. Ao tentar aliviar o esférico, o guarda-redes acertou-lhe de raspão, proporcionando um efeito contrário ao desejado e escancarando as suas redes. Ibrahim não teve dificuldades em dar o último toque para a baliza deserta, agradecendo pela tarde desinspirada do guardião esmorizense.

Ainda antes dos descontos, aos 87’, o Esmoriz viria a reduzir o marcador da marca da grande penalidade, por intermédio de Pedro Godinho. Filipe Leite, em mais uma das suas incursões pela direita, sofreu uma carga e, da grande marca, o capitão não teve qualquer dificuldades em endereçar a bola para o lado contrário do movimento de Diogo Neves. Reduzia o SCE e os adeptos acreditavam que ainda poderia ser possível, pelo menos, o empate.

Só que, já dentro da compensação, no penúltimo minuto dos 5 extra que foram exibidos, e mais uma vez quando o Esmoriz estava bem lá na frente para a última pressão, Gabriel Rodrigues iria colocar um ponto final na decisão da partida, novamente através de um penálti. Após mais um ataque rápido pela esquerda, a bola acabaria por entrar do outro lado da área onde apareceu o marcador do golo a sofrer uma carga pelo guarda-redes do Esmoriz. Na execução do penálti, Renato ainda adivinhou bem o lado para onde a bola se dirigiu mas, dada à boa colocação do esférico, nada pôde fazer para impedir o terceiro golo do Famalicão. Fica a sensação de que o guardião poderá ter tido uma quota parte de responsabilidade na origem da grande penalidade, pela sua saída que talvez tenha sido demasiado agressiva.

Terminaria pouco depois o encontro que acabou com uma vitória dos visitantes e que premiou a garra que demonstraram em campo e a sua boa organização defensiva. Uma tarde que passou completamente ao lado de Renato Lopes, guarda-redes que até tinha dado muitos bons apontamentos durante grande parte da época.

Helder Ferreira foi o repórter da Rádio AVfm no local. Ouça as declarações dos técnicos:

  • Declarações SC Esmoriz | Narciso Ratinho:

 

  • Declarações AC Famalicão | Paulo Esgueirão:

 

Na próxima jornada, o SC Esmoriz vai deslocar-se ao terreno do décimo terceiro classificado, o SC Alba. Há bem pouco tempo, o Esmoriz foi eliminado da Taça de Aveiro pela equipa de Albergaria, mas deverá focar-se em finalmente dar o pontapé neste momento negativo que atravessa na temporada.

A ver vamos se a equipa consegue tranquilizar-se e estar concentrada num jogo que promete criar muitas dificuldades aos comandados de Narciso Ratinho.

Veja a fotogaleria do jogo:

 


Fotos:  António Silva
Texto:  Helder Ferreira
Áudio: Jaime Valente


Opnião dos Leitores
  1. Rui Pereira   Em   18/01/2018 em 21:57

    Devem rever mais vezes os nomes dos jogadores quando fazem a análise do jogo. Ex. o livre que dá o 1º golo não é batido pelo Ibrahim, mas sim pelo Joel Figueiredo, e o cabeceamento aos 6 minutos não só não bate no poste como não é o João Carvalho a cabecear a bola, mas sim o defesa Ruca.
    Uma nota de atenção, de resto bom trabalho.

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