Proteja-se das condições meteorológicas adversas!
Escrito por AVfm em 27/02/2018
A Autoridade Nacional de Proteção Civil alerta para um quadro de forte instabilidade meteorológica, o qual irá persistir ao longo dos próximos dias; deixando um alerta à população para que não menospreze as previsões do Instituto do Mar e da Atmosfera. Não vão faltar motivos para ter cuidado: PRECIPITAÇÃO, QUEDA DE NEVE, VENTO e AGITAÇÃO MARÍTIMA vão ser uma realidade:
- A PRECIPITAÇÃO, pontualmente forte e localizada (>10 mm/h), será persistente ao longo dos próximos dias, intensificando-se a partir do final do dia de hoje em todo o território, embora de forma mais expressiva nas regiões do litoral Norte e Centro, podendo ocorrer associada a trovoada e queda de granizo;
- A QUEDA DE NEVE, acima dos 400/600 m, será mais significativa durante a próxima madrugada nas regiões do interior Norte e Centro, com a cota a subir gradualmente no dia de amanhã (28FEV) para os 1000/1200 m;
- O VENTO, mais intenso a partir da tarde de hoje (27FEV) do quadrante Sul, será moderado a forte no litoral e nas terras altas com rajadas que podem atingir os 90 Km/h. Entre 28FEV e 02MAR (4ª a 6 feira) prevê-se o agravamento com as rajadas a poderem atingir os 100 Km/h nas terras altas e 80 Km/h no restante território. Não se de exclui a possibilidade de ocorrerem fenómenos localizados extremos de vento;
- A AGITAÇÃO MARÍTIMA espera-se de sudoeste até 5-7 m, com picos máximos da ordem dos 10/12 m (com forte rebentação na costa) essencialmente a Sul do cabo Raso, a partir de 4.ª feira (28FEV).
Assim, ao longo dos próximos dias poderemos ser confrontados com as seguintes situações:
- Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo;
- Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano devido a acumulação de águas pluviais ou insuficiência dos sistemas de drenagem;
- Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas mais vulneráveis;
- Inundações de estruturas urbanas subterrâneas devido a condições de drenagem deficientes;
- Danos em estruturas montadas ou suspensas;
- Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente durante períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais mais vulneráveis;
- Queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte;
- Acidentes na orla costeira;
- Fenómenos geomorfológicos de instabilidade de vertentes devido à saturação dos solos e perda de consistência dos terrenos.
A Autoridade Nacional da Proteção Civil apela ao cuidado da população, sugerindo que se adotem comportamentos adequados e de autoproteção, em função das condições meteorológicas de cada momento. E aponta exemplos:
- Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e não retirar inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
- Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível acumulação de neve e formação de lençóis de água nas vias;
- Evitar atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
- Proceder à colocação das correntes de neve nas viaturas, sempre que se circular nas áreas atingidas pela queda de neve;
- Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
- Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento à queda de ramos e árvores em virtude de vento mais forte;
- Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando, se possível, a circulação e permanência nestes locais;
- Evitar praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima.
Tenha, pois, cuidado e lembre-se sempre de dois ditados populares: “mais vale prevenir que remediar” e “quem te avisa teu amigo é“!
As previsões meteorológicas podem ser acompanhadas online no site do IPMA.
Fotos: Direitos Reservados
Texto: Jaime Valente