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Arada arranca luta pela manutenção confiando «na qualidade do trabalho»

Escrito por em 13/09/2021

Depois de um ano de estreia no Campeonato Grande Hotel do Luso extremamente atribulado – devido à pandemia – o Arada AC quer fazer da temporada 2021/22 a sua época de afirmação na elite do futsal aveirense. Para isso, o conjunto aradense já iniciou os trabalhos e traz muitas novidades para o seu plantel, depois de um defeso pródigo em entradas e saídas.

Ainda antes do começo da pré-época, Ricardo Rodrigues, treinador principal da equipa, em entrevista à AVfm, falava de uma construção de plantel baseada em jogadores com formação, mas acima de tudo numa aposta clara «em atletas que queiram evoluir e que vejam no Arada uma plataforma para isso.»

Sem a capacidade financeira de outros conjuntos do mesmo patamar, o Arada traça a manutenção como «o primeiro grande objetivo» da temporada. «Para nós, o antídoto para combater o poderio e estatuto dos outros clubes será a qualidade do nosso trabalho. Temos uma equipa técnica preparada, vamos fazer com que os atletas acreditem que é possível e não esperamos menos do que esforço e foco ao longo da próxima época.»

«Estamos num campeonato onde jogam os melhores e, por isso, precisamos de uma equipa de qualidade, com reforços de qualidade. A experiência que tivemos na época passada serviu para ver que há equipas muito organizadas, com jogadores que fazem a diferença e com treinadores com experiência de nacionais e que já andam nestas andanças há muitos anos.»

Nesse sentido, Ricardo Rodrigues e os seus adjuntos, António Silva e Vítor Resende, contam já com um plantel composto por 15 atletas, entre os quais vários que são novidade para o emblema aradense.

SAÍDAS DE RELEVO FORAM COMPENSADAS COM 9 CONTRATAÇÕES

Embora sem muitas das peças de relevo das últimas temporadas – casos como os de Ricardo Crasto, João Farinhas, Fábio Andrade ou Renato Pichel -, o Arada tem preenchido o seu elenco com atletas que, ora rejuvenescem o plantel e chegam com a tarimba de clubes formadores, ora entram para acrescentar anos de experiência e qualidade cifrada.

Apenas 6 jogadores renovaram (até ao momento) para o projeto de 2021/22: os guarda-redes, Emanuel Silva e Eduardo Pires; o fixo Leandro Bernardes; os fixos/alas Bruno Magalhães e Rafael Bernardes; e o pivô Jorge Gomes. Já ao nível das contratações, no reverso da medalha, essas têm sido o prato forte do verão, com destaque para a capacidade que o Arada tem tido para se reforçar junto do vizinho, CCR Maceda.

Os alas Xavier Preto, André Duarte, Tiago Costa e Ramiro Vasconcelos ingressam no Arada depois de terem representado o CCR Maceda, na época passada. Destaques evidentes para Tiago Costa, que fez duas boas temporadas na 2ª Divisão Distrital; e ainda para Ramiro Vasconcelos que, com apenas 18 anos, foi um dos grandes destaques do conjunto macedense na época transata, tanto na fase regular como na Prova Final da AFA.

Vindos do CD Cucujães chegam mais dois jogadores, o fixo Tiago Lopes e o ala André Castro. Ao contrário dos atletas vindos do Maceda (todos eles Sub-21), as duas contratações oriundas do conjunto de Oliveira de Azeméis acrescentam muita experiência ao plantel do Arada: Tiago Lopes é um atleta de 39 anos, extremamente batido a nível distrital, com passagens de sucesso por clubes como ACD Azagães, Dínamo Sanjoanense ou CCDR Fundo de Vila; André Castro tem 32 anos, muitos golos apontados pelo CD Cucujães, e já representou os emblemas do Dínamo Sanjoanense, Arrifanense ou CD Feirense.

Vindo do Branca Activa SC chega Bruno Oliveira. O pivô (que também pode atuar como ala) tem 24 anos e foi um dos artilheiros do conjunto de Albergaria-a-Velha na época de subida de divisão ao Campeonato Grande Hotel do Luso, em 2019/20. Na época passada, muito pela paragem forçada pela pandemia, Oliveira realizou apenas 4 jogos, marcando um golo.

Sem clube estavam Renato Farraia e Filipe Ferreira, eles que também farão parte do projeto do Arada para o ataque a 2021/22. Renato Farraia, ala de 22 anos, é um velho conhecido da casa que, depois de um ano de interregno, volta ao ativo pelo Arada e procura ajudar como fez, em 2019/20, quando o Arada fez boa figura na 2ª Divisão Distrital. Por seu turno, Filipe Ferreira é um atleta com algum histórico na Liga Census, com passagens por CCR Válega e Aura FC, mas sem qualquer registo a nível distrital.

ZONA NORTE SERÁ TESTE DURO

Composto por 20 equipas, o Campeonato Grande Hotel de Luso divide-se em duas séries, por aproximação geográfica. O Arada fica, portanto, inserido na Zona Norte, muito marcada pela qualidade imprimida por conjuntos de Santa Maria da Feira.

A estreia está agendada para o dia 9 de Outubro, numa receção à formação do Lusitânia de Lourosa FC. De resto, o mês de Outubro será atarefado, com o Arada a visitar ainda os pavilhões de Pindelo e Branca Activa e a receber a AJ Fiães no seu Gimnodesportivo.

À margem do sorteio do calendário, realizado no passado dia 1 de Setembro, Ilídio Resende e André Sapata, elementos da direção da AF Aveiro, deixaram a nota do entusiasmo que o futsal está a gerar depois do complicado período pandémico: «Podemos esperar golos, emoção e competitividade. São os predicados dos campeonatos distritais da AFA. Queremos que volte o espetáculo e a magia, e que nos ajudem a esquecer os momentos difíceis das últimas épocas.»

A Rádio AVfm acompanhará de perto o percurso do Arada, tal como tem feito desde o início do futsal no clube. Com relatos regulares dos jogos aradenses e ainda rescaldos pormenorizados nos programas desportivos e plataformas online, somos a única rádio do distrito a levar aos seus ouvintes as emoções do futsal distrital aveirense in loco.


Imagem: Direitos Reservados
Texto: Pedro Silva

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