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Detetive Lupas & Companhia ajudam crianças de Esmoriz a explorar emoções, minimizando o impacto da Covid-19 nas escolas

Escrito por em 20/04/2022

O Centro Comunitário de Esmoriz (CCE) está a ajudar crianças de nove jardins-de-infância a lidar com os seus sentimentos através do projeto “Lupas: O Detetive de Emoções”.

Em suma, estas ações assinalam a chegada às escolas públicas do projeto inovador que foi testado no estabelecimento privado “A Nossa Casa”, após ter sido premiado pela Fundação La Caixa do Banco BPI. O financiamento a que o CCE teve acesso possibilitou que o apoio comunitário chegasse às instituições escolares do Agrupamento Ovar Norte, focado num universo de 350 crianças, dos 3 aos 6 anos de idade.

Na prática, profissionais educativos disfarçam-se com fatos de espuma, imaginados por Bruno Gaspar e fabricados pela empresa Linha Limão. A coberto das personagens “Detetive Lupas” e “Assistente Mi“, aproximam-se das crianças, ajudando-as a identificar e a perceber as suas próprias emoções.

Jacinta Valente, diretora do CCE, explicou que o conceito do programa é ajudar cada criança a entender o que está a sentir e como pode mitigar a situação, apresentando-lhe estratégias para lidar com emoções tais como alegria, tristeza, medo, raiva, vergonha, surpresa e nojo.

Às personagens de espuma, junta-se ainda a “Mãozinhas“, caracterizada pela sua touca e bata, com a função de apoiar as crianças na execução de trabalhos manuais, relacionados com os temas a abordar. Assim, as profissionais Ana Coelho, Ana Carvalho e Marisa Alves mascaram-se a valer, assumindo personagens que proporcionam experiências diferentes, tendo cada uma funções bem definidas no espaço da sala de aulas.

Mi e Lupas

Nas sessões são produzidos manualmente pelas crianças talismãs, que ajudam a compreender e a ultrapassar as emoções, havendo já exemplos como um chapéu de alegria, uma varinha mágica contra a tristeza, um pote de calma e recentemente um cão contra o medo.

A criação desses objetos é, aliás, um dos grandes desafios do projeto. Multiplicando 7 talismãs (relativos a 7 emoções) por 350 crianças, será necessário criar 2.450 amuletos. Habitualmente assumem forma através de peças de costura ou de bricolage, sendo na sua maioria executadas por Marisa Alves e personalizas pelos mais novos.

Consequências da Covid-19 no desenvolvimento das crianças

Além da abordagem das diferentes emoções que podemos sentir, o projeto “Lupas: O Detetive de Emoções” também procura identificar consequências da pandemia Covid-19 no desenvolvimento da vida social das crianças, como o retraimento e o isolamento.

Com a população vareira a sofrer várias restrições, algumas específicas como o cerco sanitário e um confinamento mais severo, o “Detetive de Emoções” também se encontra alerta para verificar problemas emocionais e psicológicos surgidos ou agravados desse episódio ou em datas posteriores, uma vez que a pandemia ainda é algo do presente.

Jacinta Valente alertou pais e professores para, sem alarmismos, estar atentos aos comportamentos dos filhos e alunos, uma vez que é “nestas faixas etárias que a inteligência emocional se desenvolve e a Covid-19 mudou o que devia ser o crescimento normal destas crianças”.

Segundo a psicóloga da instituição, Ana Carvalho, já existem crianças identificadas, mas também casos que ainda não foram sinalizados. As primeiras já puderam usufruir de acompanhamento especializado, com consultas de psicologia infantil.
Explicando que existe uma tendência para a alteração de comportamentos ser “desvalorizada” pelo crescimento, a profissional sublinhou que existem duas mudanças que os responsáveis devem estar particularmente atentos: o isolamento, a tristeza e o pouco à-vontade numa criança que já era reservada e a explosividade e irritabilidade numa criança que até era calma.

Lupas, o Detetive e a sua Assistente Mi, andam à descoberta das Emoções com as crianças das pré escolas do Agrupamento de Escolas Ovar Norte e da “A Nossa Casa”… e não é que têm apreendido que as Emoções são Nossas Amigas?!!! BPI Solidariedade Fundação “la Caixa”

Publicado por CENTRO COMUNITÁRIO DE ESMORIZ em Terça-feira, 15 de março de 2022

A forma como os adultos encaram a pandemia reflete-se no modo como as crianças reagem. Segundo a educadora Esequiela Resende na sua turma não há muitos problemas relacionados com a pandemia. Para além de não ter muitas crianças tímidas na sala, o assunto em si não domina a vida social, as brincadeiras e as atividades desenvolvidas. Dessa forma, as crianças estão conscientes da realidade, mas distraídas “do que se passa lá fora”.

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Fotos: Direitos Reservados
Texto: Irina Silva

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