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Hospital de Campanha “Anjo d’Ovar” foi hoje desativado

Escrito por em 05/06/2020

Teve hoje início o processo de desativação do Hospital de Campanha “Anjo d’Ovar”, que entrou em funcionamento no dia 13 de abril, instalado na Arena de Ovar, espaço multiusos dedicado principalmente a eventos desportivos, ou não seja a sede da Ovarense Basquetebol.

Esta unidade hospitalar foi encarada como uma enfermaria adicional do Hospital, exclusivamente dedicada a doentes infetados com o SARS-COV-2, tendo mantido os padrões de profissionalismo e conforto do Hospital Dr. Francisco Zagalo, entidade que assumiu a sua coordenação.

Deste tipo de espaços, o “Anjo d´Ovar” foi o primeiro a entrar em funcionamento em todo o país, no âmbito do combate à pandemia Covid-19. Com capacidade instalada de 38 camas, foi projetado para poder chegar às 64, em caso de necessidade, conforme relembrou o Presidente do Conselho Diretivo do Hospital Dr. Francisco Zagalo, Luís Miguel Ferreira.

A unidade acolheu durante o seu funcionamento 26 infetados no total, tendo sido de 13 o registo de maior ocupação do espaço. Poderá ser reativado, caso a situação do concelho venha a piorar ou ocorra uma segunda vaga da pandemia. No dia em que foi desativado mantinha ainda um doente internado, que foi transferido para outra unidade, onde continuará o seu tratamento.

Sobre os custos da operação, Luís Ferreira admitiu que ainda não há um valor final apurado, já que ainda estão a ser realizados relatórios e ajustamentos de contratos, uma vez que o espaço está a ser encerrado mais cedo do que pensado inicialmente.

Explicou ainda que algumas despesas foram partilhadas com a Câmara Municipal de Ovar, tendo o Hospital ficado responsável pelos custos relativos “à farmácia, material clínico, rouparia, tratamento de resíduos, alimentação, assistentes técnicos, equipamentos vários e recursos humanos”; enquanto a autarquia assumiu gastos “com assistentes operacionais, água, luz, gás, oxigénio e algum equipamento médico”, verbas que se encontram incluídas numa previsão global de custos, apresentada pelo edil em reunião de Câmara, na ordem de 1,3 milhões de euros.

Agora, as ferramentas e materiais adquiridos à responsabilidade do Hospital de Ovar serão reencaminhados para a própria unidade hospitalar, enquanto que os adquiridos pela Câmara Municipal terão o destino que esta achar mais indicado.

O balanço a retirar da existência do “Anjo d’Ovar” é que serviu o seu propósito ao acolher doentes infetados, embora “felizmente, a taxa de ocupação tenha ficado muito abaixo da capacidade instalada, ainda que, na altura em que se resolveu montar esta estrutura, fosse determinante acautelar uma resposta apta para o caso de os números cá serem semelhantes aos que se iam verificando noutros países, como Espanha ou Itália”, admitiu Luís Ferreira.

Para já, apenas poderão ser retirados materiais e equipamentos da “zona limpa”, permanecendo a maior parte da área em quarentena ao longo de cerca de 2 semanas. Só após esse período e uma operação de desinfeção se dará início ao desmantelamento propriamente dito.


Fotos: Direitos Reservados
Texto: Irina Silva


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