“Outubro Rosa” sensibiliza para a prevenção e diagnóstico precoce do Cancro da Mama

O mês de outubro dá especial atenção ao Cancro da Mama e utiliza a cor rosa para homenagear as vítimas da doença, sensibilizar a comunidade para a prevenção e o diagnóstico precoce.

O movimento “Outubro Rosa” surgiu nos Estados Unidos da América, durante a década de 90, e pretende inspirar a mudança e mobilizar a sociedade para a luta contra este cancro.

Por cá, é a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), em representação da EUROPA DONNA (Coligação Europeia Contra o Cancro da Mama) e através do Movimento “Vencer e Viver”, que dá a conhecer a iniciativa “Outubro Rosa”, promovendo o diagnóstico precoce através do rastreio, a divulgação de informação e a disponibilização de apoio às vítimas e familiares.

Durante o “Outubro Rosa”, a LPCC desafia a comunidade, coletividades e instituições a aderir ao movimento, propondo o desenvolvimento de iniciativas solidárias que reflitam sobre a temática, com particular destaque para os dias em que se assinalam as efemérides:
​– 13 de outubro: Dia Mundial do Cancro da Mama Metastático
– 15 de outubro: Dia da Saúde da Mama (Breast Health Day)
– 30 de outubro: Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama

Em Ovar, a Câmara Municipal voltou a associar-se ao “Outubro Rosa”, decorando o edifício dos Paços do Concelho com os laços e iluminação cor-de-rosa.

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O Cancro da Mama

O cancro da mama é um relevante problema de saúde pública, sendo este o tipo de cancro mais prevalente em Portugal e em todo mundo.

Em 2020, estima-se que 7.000 mulheres tenham sido diagnosticadas com cancro da mama e 1.800 tenham morrido com esta doença no nosso país. Apesar de ser o tipo de cancro mais incidente na mulher (com maior número de casos), cerca de 1 em cada 100 cancros da mama desenvolvem-se no homem.

Não são conhecidas as causas exatas do cancro da mama. No entanto, foram identificados alguns fatores de risco que importa conhecer:

• O maior fator de risco para o cancro da mama é a idade (80% de todos os tipos de cancro da mama ocorre em mulheres com mais de 50 anos);
• Uma pessoa que já tenha tido cancro numa das mamas tem maior risco de ter esta doença na outra;
• As alterações em determinados genes, transmitidas pelos pais, estão na origem de cerca de 5% a 10% dos casos de cancro da mama;
• O excesso de peso aumenta o risco de desenvolvimento de cancro da mama;
• O consumo de tabaco ou o consumo excessivo de álcool estão associados ao desenvolvimento de vários cancros, incluindo o da mama;
• A primeira menstruação em idade precoce (antes dos 12 anos) e uma menopausa tardia (após os 55 anos) são fatores de risco para o cancro da mama.​

Se diagnosticado e tratado precocemente, o cancro da mama tem uma taxa de cura superior a 90%. A prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais para o aumento da sobrevivência e manutenção da qualidade de vida da mulher.

O Rastreio de Cancro da Mama

O Rastreio de Cancro da Mama é uma atividade de medicina preventiva, de base comunitária através do qual se pretende o diagnóstico precoce, descobrindo tumores muito pequenos, muitas vezes não palpáveis e só vistos em mamografia ou ecografia ou em fase evolutiva não invasiva permitindo, assim, tratamentos menos mutilantes e traumatizantes e uma sobrevida livre de doença e global mais longa.

O Programa de Rastreio de Cancro da Mama, desenvolvido em colaboração com os Cuidados de Saúde Primários, utiliza sobretudo Unidades Móveis que se deslocam de 2 em 2 anos a cada concelho e Unidades Fixas.
São enviadas cartas-convites às mulheres em idade rastreável, dos 50 aos 69 anos, inscritas nos Centros de Saúde, para realizar uma mamografia (exame gratuito).

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Fotos: Direitos Reservados
Texto: Irina Silva