Faixa Atual

Título

Artista

Atual

Passe de Letra

19:00 20:00

Atual

Passe de Letra

19:00 20:00


Ovarense Gavex despede-se da fase regular, com a vitória a fugir-lhe duas vezes por “entre os dedos”

Escrito por em 23/04/2021

À entrada do último jogo da jornada, ambas as formações sabiam que o seu destino, para lá da fase regular, já estava traçado. De um lado a Ovarense, que sabia que iria disputar os play-outs, faltando apenas saber em que posição e com que adversário. Do outro, um Vitória SC que ambicionava ainda a sétima posição, fugindo assim ao líder Sporting CP. No final, tudo igual nessa tabela, mas acabamos por ter um dos melhores espectáculos de basquetebol da liga. O confronto de estilos proporcionou dois tempos extra, e um vencedor na perseverança. Infelizmente, ela foi mais forte para a formação de Guimarães…

Os estilos não se discutem…

Apesar da falta de pressão, ambas as formações pareciam estar a querer provar que tinham qualidade suficiente para poder fazer parte dos play-offs. A forma como o demonstravam é que era distinta, sobretudo no que diz respeito às operações ofensivas.

De um lado uma Ovarense que procurou sempre transformar a defesa na sua melhor arma ofensiva. Uma defesa muito móvel e pressionante, que provocou diversos turnovers do lado do Vitória e transformou, na maior parte dessas ocasiões, em pontos fáceis do outro lado. E quando tinham de jogar no meio campo ofensivo de forma mais organizada, procuraram sempre a movimentação rápida do esférico para fazê-lo chegar sobretudo ao seu tiro exterior (que, à excepção de Pedro bastos, já viu melhores dias).

Do outro lado, um Vitória que no processo defensivo sempre se manteve forte na pressão da linha exterior dos vareiros, parecendo querer desafiar a Ovarense a ir em busca de terrenos mais interiores, onde estavam as suas torres. E, por falar em torres, no processo defensivo sempre dependeram muito dessas mesmas torres, Ricardo Monteiro e Coreontae Berry, que conquistaram diversos ressaltos ofensivos, além de outros colegas, e criaram pontos fáceis perto do cesto.

Por duas vezes, o “galo quase cantava”…

Num encontro sempre muito equilibrado nos confrontos de estilo, e com uma Ovarense Gavex em crescendo ao longo do mesmo, por duas vezes podia ter soado o “sino” da vitória. Na fase regular, os caseiros chegaram a ter 4 pontos de vantagem com menos de um minuto para o fim, mas através de dois pontos rápidos dos vimaranenses e um erro na saída da bola que originou o empate logo de seguida, nem os 3 segundos finais ajudaram Marcus a dar a vitória aos alvinegros.

Depois, repetiria-se a dose, já no primeiro prolongamento. Começaram os opositores mais fortes com os 5 primeiros pontos, mas apelando ao seu “ADN” os comandados de Pedro Nuno, estiveram à entrada da última jogada do ataque dos visitantes, na frente por dois pontos. Foi nessa altura que aconteceu o maior erro do experiente capitão Cristóvão Cordeiro na partida. A bola ficou nas mãos de Peacok para o tiro exterior, não sendo este um exímio executante nesse capítulo (longe disso), acabando o capitão, na ânsia de encurtar a distância, por tocar com a perna do norte-americano. Do lance-livre, “felizmente” que o melhor que Peacok conseguiu, foi um novo prolongamento.

Já não deu para mais, toca a mudar a ficha…

O segundo prolongamento foi excessivo, e a Ovarense Gavex deixou o Guimarães recorrer ao que melhor fazia (bola no Berry) e criou um fosso, dada a falta de energia dos vareiros.

No final sabiam, pelo menos, que hoje se iam encontrar com o Esgueira para demonstrarem que a qualidade exibida nos últimos jogos, até meses, serão suficientes para confirmar mais uma campanha dentro das principais equipas do campeonato português.

Exibições à lupa…*

– Ovarense Gavex-

Marcus Lovett Jr. – 9
(31 pts; 3 rt; 6 ass; 3 rb; 10/10 LL)
Já não há adjectivos paa a qualidade ofensiva do norte-americano, que acabou mesmo a época regular com uma média de pontos superior a 20 por jogo, e como tal, o melhor marcador da Liga Placard. Não foi uma exibição tão eficaz, mas esteve sempre nas alturas certas a puxar pela sua equipa.

Pedro Bastos – 7
(16 pts; 4 trpl; 2 ass; 4 rb)
O verdadeiro “farol” do tiro exterior da formação vareira. Numa tarde desinspirada colectivamente, o atirador português era o grande exemplo a ser seguido por todos no final.

George Beamon – 7
(18 pts; 6 rt; 4 ass; 2 rb; 1 dl)
Começou lento no início, mas aos poucos foi melhorando e acabou mesmo a partida com uma exibição bem arredondada. Ainda procura um pouco o seu espaço na formação, todavia sendo sempre um “pequeno” bom contribuinte no capítulo ofensivo.

Christopher Knight – 7
Brock Gardner – 7
Pedro Oliveira – 6
Trey Moses – 6
Cristóvão Cordeiro – 4
Rodrigo Soeiro – 4

– Vitória SC –

Jaron Hopkins – 9
(28 pts; 12 rt; 2 ass; 4 rb, 1 dl)

Carlos Cardoso – 7
(16 pts; 3 rt; 4 ass; 1 rb)

Alfred Parrish – 7
(15 pts; 7 rt; 2 ass; 1 rb; 1 dl

Ricardo Monteiro – 7
Coreontae Berry – 7
André Bessa – 6
João Ribeiro – 6
Alexander Peacok – 5
Tyler Seibring – 5
Afonso Soares – _______________ (não jogou o suficiente)

Fiquem com as declarações dos técnicos da Ovarense Gavex e do Vitória SC no final da partida, recolhidas pelo repórter no local, Pedro Silva:

Treinador Ovarense Gavex | Pedro Nuno
Treinador Vitória SC | Carlos Seixas

Liga Placard – Fase Regular – Jornada 26 – Ovarense Gavex x Vitória Sc

Ovarense Gavex
5 inicial: Marcus Lovett Jr., Pedro Bastos, Pedro Pinto, Brock Gardner e Christopher Mcknight.
suplentes utilizados: George Beamon, Pedro Oliveira, Trey Moses, Cristóvão Cordeiro (c), Rodrigo Soeiro e André Silva .
treinador: Pedro Nuno

Vitória SC
5 inicial: Carlos Cardoso, Alfred Parrish, Jaron Hopkins, Tyler Seibring e Ricardo Monteiro.
suplentes utilizados: João Ribeiro, André Bessa, Alexander Peacok, Coreontae Berry e Afonso Soares.
Treinador: Carlos Fecha.

Resultado ao intervalo – 36 x 38

Resultado ao final de 4 períodos – 81 x 81

Resultado 1.º Prolongamento – 93 x 93

Resultado final: Ovarense Gavex – 108 x Vitória SC – 118

MVP jogo: Jaron Hopkins (Vitória SC) (28 pts; 12 rt; 2 ass; 4 rb; 1 dl) – Pontuação – 9

* – Os valores atribuídos têm por base uma escala numérica de 0 a 10, sendo que os 3 melhores jogadores de ambas as formações têm um destaque diferenciado na escala


Fotos: Federação Portuguesa de Basquetebol
Texto: Helder Ferreira
Áudio: Jaime Valente
Reportagem: Pedro Silva e Helder Ferreira

Opnião dos Leitores

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios estão marcados com *