Rastreio precoce da Doença de Alzheimer: equipa de Neurologia do CHEDV recebe bolsa para projeto inovador
Escrito por AVfm em 16/05/2022
A equipa do Serviço de Neurologia do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (CHEDV), com sede no Hospital São Sebastião, em Santa Maria da Feira, ganhou uma das bolsas atribuídas pelo programa “Building Better Tomorrow”, liderado pela Roche, companhia suíça que investiga e fabrica produtos farmacêuticos desde 1896.
No âmbito do programa, foram distinguidas quatro candidaturas de empresas startup, que vão avançar para seis projetos-piloto em hospitais e unidades de saúde portugueses. A intenção é aplicar soluções inovadoras, que melhorem a vida das pessoas com demência.
No grupo hospitalar público feirense será implementado o projeto “NeoNeuro”. Através de uma análise ao sangue, com protocolo e equipamento próprios, será possível fazer o despiste da Doença de Alzheimer em utentes, de forma simples e não invasiva. A nova técnica será aplicado pela equipa da Consulta de Memória do Serviço de Neurologia do CHEDV, em colaboração com o Serviço de Patologia Clínica.
Os Outros Projetos
No Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, e na rede Luz Saúde, será implementado o projeto “iLoF” que, usando inteligência artificial, irá analisar uma base de perfis biológicos e biomarcadores, fornecendo ferramentas para uma triagem mais rápida e portátil de risco de demência.
No Campus Neurológico Sénior e no Grupo CUF, será aplicado o projeto “Somatix”, o qual, através de uma bracelete, deteta gestos e movimentos, permitindo monitorizar o ritmo de sono, o risco de quedas e os níveis de hidratação, entre outros fatores. Reduzir internamentos e consultas desnecessárias é o objetivo.
O quarto projeto designa-se “Virtuleap” e será implementado nos Hospitais Lusíadas. Partindo da utilização de óculos de realidade virtual e de uma aplicação de analise da capacidade cognitiva, irá prever sinais de demência, permitindo aos profissionais um melhor acompanhamento de cada doente.
Até setembro deste ano, as startup vão estar focadas em explorar soluções adaptadas a três desafios-chave estabelecidas pelos parceiros: educação e prevenção da doença, diagnóstico precoce e melhorado e gestão da doença e apoio a doentes e cuidadores.
Posteriormente, as soluções serão testadas em contexto real e apresentadas ao ecossistema de saúde.
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