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Torreira: Pescadores ajudaram tartaruga gigante a voltar ao mar

Escrito por em 26/08/2020

Os pescadores da Torreira começam a ficar habituados a ter nas suas redes espécies pouco comuns… Depois de, há semanas atrás, o saco da rede da arte xávega ter trazido ao areal uma família de golfinhos, ontem a surpresa foi ainda maior: inadvertidamente tinham acabado de capturar uma tartaruga de enormes dimensões!

Inquestionável é o sentido de responsabilidade ambiental dos homens das companhas. Assim que se apercebem que há presas nas redes que não deveriam lá estar, num ápice tratam de resolver o problema, libertando os animais o mais rapidamente possível, sem mesmo se importarem se para isso terão que estragar as redes de pesca…

Ao que tudo indica, ontem terá sido uma tartaruga-de-couro a chegar a terra na Torreira, juntamente com o peixe que é o ganha pão daquelas gentes. Enorme, mexia-se sem grandes dificuldades, que não as impostas pelo seu peso. Sem aparentes mazelas foi de imediato devolvida ao mar pelos pescadores locais.

O insólito foi registado e partilhado nas redes sociais por vários populares, que se juntaram aos pescadores. No vídeo abaixo, é possível ver a rápida intervenção dos locais, uma vez que conseguiram abrir a rede, libertar e devolver o animal ao mar em poucos minutos.

Com um último empurrão, é possível ver o réptil gigante mergulhar em liberdade no Oceano Atlântico!

A Tartaruga-de-couro

Pela morfologia do animal, tudo indica tratar-se de uma tartaruga-de-couro, também conhecida por tartaruga de cerro ou de quilhas, pelas saliências visíveis na sua carapaça negra.

Da família Dermochelyidae, o seu nome científico é Dermochelys coriácea. Caracteriza-se por pertencer à maior espécie de tartarugas e pela sua aparência singular. Pode alcançar os 2 metros de comprimento e 1,5 de largura, chegando a pesar 500Kg.

Passa a maior parte da sua vida em alto mar, sobretudo no Oceano Atlântico, contudo pode ser atraída para a costa durante o período da desova ou na procura de águas-vivas (medusas e alforrecas) e ascídias, de que se alimenta.
Em alto mar chega a deslocar-se a 35Km/h.


Fotos: Direitos Reservados
Texto: Irina Silva


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