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Vida do pugilista vareiro José Santa “Camarão” revisitada no Museu de Ovar

Escrito por em 24/10/2020

A exposição «Memórias de um vareiro – José Santa “Camarão”», sobre a vida do mítico pugilista de Ovar, já pode ser visitada no Museu de Ovar. Inaugurada a 17 Outubro, a mostra estará patente até 16 de Janeiro de 2021.

Um pugilista de Ovar

José Soares Santa, com a alcunha de família “Camarão”, nasceu a 25 de Dezembro de 1902, na cidade vareira. O ilustre atleta estava em Lisboa, como fragateiro, assistindo a uma sessão de luta livre no Coliseu dos Recreios, quando acabou acidentalmente por se tornar parte dela, tendo uma prestação de sucesso.

Alexandre Cal reparou na sua figura e trouxe-o para o Porto, onde começou a treinar boxe numa sala do Futebol Club do Porto. Com uma altura de 2,02 metros, pesava 114 quilos e calçava 49,5!

Embora nem o desporto, nem o pugilista fossem ainda muito populares, “Camarão” estreou-se no Porto, em Abril de 1925, numa luta contra Joaquim Branco, que venceu.

Rapidamente o seu nome ultrapassou barreiras geográficas, tornando-se conhecido internacionalmente e tornando-se profissional. O vareiro descobriu então um novo mundo, onde reinava a falta de honestidade desportiva, tendo, ainda assim estado bem perto de um título mundial.

Entre 1930 e meados de 34, Santa tornou-se num espantoso símbolo de portugalidade para a Comunidade emigrada na Califórnia, que lhe prestou as mais emocionadas homenagens. Em 1932 casou com Mary Loreto, uma luso americana, filha de açorianos.

Em cerca de 1000 combates, ao longo de quase uma década de carreira, Santa “Camarão” obteve uma esmagadora maioria de vitórias. Combateu com Max Baer, com quem perdeu, e com Primo Carnera contra quem desistiu ao 6º round. Já no declínio, em 1934, realizou o seu último combate.

Regressou a Ovar, onde teve uma curta experiência de proprietário de um estabelecimento comercial (café) e foi pai de Reinaldo, levado pela mãe para os Estados Unidos da América.

Apesar de uma vivência discreta, não foi esquecido por jornalistas tais como João Sarabando. Beatriz Costa dedicou-lhe um texto no seu livro “Sem papas na língua” editado nos anos setenta.

Participou com entusiasmo no Carnaval de Ovar. Apareceu em festas de beneficência, visitas regulares de admiradores e o civismo da sua personalidade serena deixou uma lembrança luminosa no imaginário popular.

Faleceu em Ovar, aos 65 anos, no dia 5 de abril de 1968, sendo a causa da morte um enfarte do miocárdio. Projetando o nome da cidade de Ovar por onde passou, o Município prestou-lhe uma homenagem póstuma, com a atribuição do nome “Largo Santa Camarão” ao largo junto da sua residência, onde também foi colocado mais tarde um pequeno monumento em sua memória.

Reveja alguns momentos da Inauguração da Exposição:

« de 17 »

O Museu e a Pandemia

De maneira a cumprir as regras sanitárias estabelecidas pelas autoridades de saúde, no âmbito do combate à pandemia Covid-19, foram adotadas algumas medidas para a visita ao espaço, como a presença máxima de 5 pessoas por 100m2, o cumprimento da distância de segurança, o uso de máscara e a desinfeção das mãos à entrada das instalações.

Para mais informações ou visitas:
Morada: Rua Heliodoro Salgado 11 – 3880-232 Ovar
Contato: 256 572 822
Facebook: Museu de Ovar


Fotos: Direitos Reservados
Galeria: António Dias e José Lopes
Texto: Irina Silva


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