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Músicas do Mundo, Romantismo e Pop experimental fizeram parte do menu alternativo do segundo dia de Ovar Expande

Escrito por em 28/10/2022

Na passada sexta-feira, 21 de outubro, teve lugar o segundo dia do ciclo de concertos da terceira edição do Ovar Expande, na Escola de Artes e Ofícios de Ovar.

O evento, promovido pela Câmara Municipal, surgiu com um novo formato, desde logo presencial, disponibilizando um novo espaço designado Palco Galeria. Conversas e oficinas fizeram parte da programação, fortalecendo a ligação entre os vários artistas e o público.

Podemos afirmar que a Escola de Artes e Ofícios se aprumou a rigor para acolher de forma diferente um evento que, por ser classificado como alternativo, ditou uma nova dinâmica, na qual os detalhes foram importantes. Informal quanto baste, o Ovar Expande teve resposta positiva do público e encantou os artistas que por lá passaram ao longo de 3 dias de espetáculos de grande diversidade e bem representativos do panorama da Música Portuguesa que acontece fora do circuito mainstream.

A segunda noite de concertos começou com a atuação de Rita Braga, no Palco Galeria. A artista aproveitou para interpretar temas do seu terceiro álbum “Time Warp Blues”. Seguiu-se o concerto de Valter Lobo, na Sala Expande, dando a conhecer o recente trabalho discográfico, “Primeira parte de um assalto”. A noite terminou com a prestação de Fumo Ninja, coletivo que aproveitou para rodar “Olhos de Cetim” à mistura com muito improviso.

Rádio AVfm esteve presente no Ovar Expande, assistiu aos concertos, e ainda teve tempo para conversar com os artistas.

Rita Braga

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Rita Braga, que canta em várias línguas e toca outros tantos instrumentos, afirmou que gosta de variar e de não se “prender” a um único conceito. A beber influências dos estilos contry, blues, música infantil e com referências de musicais da Broadway e música eletrónica, a artista destaca o domínio da pop do início do século XX.

A cantautora elogiou o espaço do Palco Galeria e o próprio evento, afirmando ter sido bem recebida pelo público e ficado surpreendida com a sala cheia. A artista, que gosta mesmo é de tocar ao vivo e apresentar o seu trabalho ao público, comentou que a aposta da organização em estilos alternativos beneficia a diversidade da oferta cultural e permite aos músicos uma oportunidade de apresentar o seu trabalho.

Rita Braga lançou o seu último álbum em 2020 e já está a preparar um novo lançamento para 2023, com o single de avanço a ser divulgado já no próximo mês. O seu trabalho pode ser acedido através do bandcamp e das plataformas digitais habituais, tais como Youtube ou Spotify.

Valter Lobo

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Valter Lobo, que já conhecia Ovar de outras ocasiões, explicou que a sua performance é realizada com uma certa naturalidade e até facilidade, uma vez que faz e exprime aquilo que sente no momento, os seus sonhos e pensamentos.

O cantor partilhou ser um romântico, às vezes com uma capa, e um amante do papel e da caneta, fascinando-se com os cadernos e blocos de notas e com o processo de escrever.
Confidenciou que possui imensos caderninhos preenchidos com frases, títulos, letras e músicas que um dia se poderão tornar públicas ou não, por vezes cumprindo apenas a função de refletir ou desabafar.

O músico, que editou no mês de março o disco “Primeira parte de um assalto“, afirmou que está sempre em processo de criação. Embora não tenha para já novos temas para lançar, deu a entender que é possível que, em pouco tempo, aumente a sua discografia.

O seu trabalho pode ser ouvido através das plataformas digitais, exemplificando com Spotify e Youtube.

Raquel Pimpão e Leonor Arnaut | Fumo Ninja

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Fumo Ninja considera que os concertos são uma ótima ocasião para improvisar, tanto para dar vida e uma nova roupagem a uma canção, como para proporcionar experiências diferentes ao público que assiste ao concerto.

O nome da banda que se alinha pelos estilos pop, free style e “alienígena” teve origem no verso da letra de uma canção, “Mangas de Camisa“. As composições do novo trabalho discográfico são na maioria do baixista Norberto Lobo, com o grupo a adaptar e a acrescentar as suas ideias, até as músicas ganharem o “aspeto” que têm hoje. Cantar em português continua a ser um desafio que a banda tem aceite.

O coletivo considerou que este tipo de eventos, de promoção de música alternativa, são uma oportunidade para alargar o conhecimento e os gostos do público, bem como para reconhecer a qualidade e o talento de outros géneros musicais e artistas.

Olhos de Cetim“, com os surpreendentes 10 temas do álbum primogénito da banda pode ser ouvido e/ou comprado no bandcamp, com Fumo Ninja a marcar presença noutras plataformas digitais, como Spotify e Youtube.

O segundo dia também foi marcado pela oficina de escrita de canções e produção musical, liderada por Benjamim, cuja participação foi aberta a músicos profissionais, amadores ou estudantes.

Reveja instantâneos da segunda noite de concertos do Ovar Expande 2022:

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Áudio: Jaime Valente
Fotos: António Dias
Texto: Irina Silva

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